sábado, 31 de maio de 2014

UM ALERTA! MAIS UMA AMEAÇA À DEMOCRACIA.

Dilma decidiu extinguir a democracia por decreto. É golpe!

Atenção, leitores!
Seus direitos, neste exato momento, estão sendo roubados, solapados, diminuídos. A menos que você seja um membro do MTST, do MST, de uma dessas siglas que optaram pela truculência como forma de expressão política.
De mansinho, o PT e a presidente Dilma Rousseff resolveram instalar no país a ditadura petista por decreto. Leiam o conteúdo do decreto 8.243, de 23 de maio deste ano, que cria uma tal “Política Nacional de Participação Social” e um certo “Sistema Nacional de Participação Social”. O Estadão escreve nesta quinta um excelente editorial a respeito. Trata-se de um texto escandalosamente inconstitucional, que afronta o fundamento da igualdade perante a lei, que fere o princípio da representação democrática e cria uma categoria de aristocratas com poderes acima dos outros cidadãos: a dos membros de “movimentos sociais”.
O que faz o decreto da digníssima presidente? Em primeiro lugar, define o que é “sociedade civil” em vários incisos do Artigo 2º. Logo o inciso I é uma graça, a saber: “I – sociedade civil – o cidadão, os coletivos, os movimentos sociais institucionalizados ou não institucionalizados, suas redes e suas organizações”.
Pronto! Cabe qualquer coisa aí. Afinal, convenham: tudo aquilo que não é institucional é, por natureza, não institucional. Em seguida, o texto da Soberana estabelece que “todos os órgãos da administração pública direta ou indireta” contarão, em seus conselhos, com representantes dessa tal sociedade civil — que, como já vimos, será tudo aquilo que o governo de turno decidir que é… sociedade civil
Todos os órgãos da gestão pública, incluindo agências reguladoras, por exemplo, estariam submetidos aos tais movimentos sociais — que, de resto, sabemos, são controlados pelo PT. Ao estabelecer em lei a sua participação na administração pública, os petistas querem se eternizar no poder, ganhem ou percam as eleições.
Isso que a presidente está chamando de “sistema de participação” é, na verdade, um sistema de tutela. Parte do princípio antidemocrático de que aqueles que participam dos ditos movimentos sociais são mais cidadãos do que os que não participam. Criam-se, com esse texto, duas categorias de brasileiros: os que têm direito de participar da vida pública e os que não têm. Alguém dirá: “Ora, basta integrar um movimento social”. Mas isso implicará, necessariamente, ter de se vincular a um partido político.
A Constituição brasileira assegura o direito à livre manifestação e consagra a forma da democracia representativa: por meio de eleições livres, que escolhem o Parlamento. O que Dilma está fazendo, por decreto, é criar uma outra categoria de representação, que não passa pelo processo eletivo. Trata-se de uma iniciativa que busca corroer por dentro o regime democrático.
O PT está tentando consolidar um comissariado à moda soviética. Trata-se de um golpe institucional. Será um escândalo se a Ordem dos Advogados do Brasil não recorrer ao Supremo contra essa excrescência. Com esse decreto, os petistas querem, finalmente, tornar obsoletas as eleições. O texto segue o melhor padrão da ditadura venezuelana e das protoditaduras de Bolívia, Equador e Nicarágua. Afinal, na América Latina, hoje em dia, os golpes são dados pelas esquerdas, pela via aparentemente legal.
Inconformado com a democracia, o PT quer agora extingui-la por decreto.

Por Reinaldo Azevedo

segunda-feira, 19 de maio de 2014

EX-MENINO DE RUA CRIA AGÊNCIA DE TURISMO BILIONÁRIA


Conheça a emocionante e motivante história do Sr. Eloi, dono da Agência FlyTour.

Que a história de vida do Sr. Eloi contnue a servir de exemplo para tantos jovens do Brasil que pensam não ter mais nenhuma saída para as suas vidas.


Dono da Flytour, companhia de turismo com faturamento anual de R$ 4 bilhões, Eloi de Oliveira fugiu de casa aos oito anos para escapar dos maus-tratos do cunhado alcoólatra.
Foi menino de rua, dormiu em albergues e, com os dentes quebrados, teve dificuldades para arrumar um emprego até encontrar Stella Barros, que lhe deu uma oportunidade de trabalho e um sofá para dormir na maior agência do país à época.

Eloi de Oliveira, presidente do grupo Flytour, no sofá que mantém para lembrar a origem humilde

"Sou de uma família pobre, de Esteio, no Rio Grande do Sul. Fui o 14º de 15 filhos. Quando minha mãe faleceu no parto do último, meu pai começou a dar as crianças a amigos e parentes. Foi minha irmã, que tinha 14 anos e já era casada, quem me pegou e quis me criar, em Porto Alegre. Ela fazia pastéis, e eu, um menino gago, vendia depois da escola.

Hoje tenho uma empresa de turismo que fatura R$ 4 bilhões por ano, com 2.700 funcionários e 220 escritórios. A Flytour tem 40 anos, sempre atendendo só clientes corporativos e agências. Mas daremos um novo passo neste ano. Entramos no varejo. Vamos vender lazer diretamente para a pessoa física. Até 2018, serão 426 novas lojas, principalmente em shoppings, para concorrer com CVC, Marsans e outros.

Eu tinha oito anos quando fugi de casa pela primeira vez. O marido da minha irmã bebia muito. Ele era agressivo e isso ficou insuportável. Escapei num dia em que ele me deu dinheiro e mandou ir buscar pinga.
Fiquei no centro da cidade, até que o juizado de menores me prendeu. Então eu tive que voltar a vender pastéis. Mas, na primeira oportunidade, fugi de novo.

Nas ruas, eu ouvia falar de São Paulo. Por isso resolvi pedir carona e viajar. Ia de cidade em cidade, mentindo que tinha uma tia na cidade seguinte. Na época era fácil.

Assim cheguei à praça da Sé e fiquei lavando carro até ser preso de novo pelo juizado e mandado de ônibus a Porto Alegre. Quando cheguei, entrei numa loja e inventei que era de São Paulo. Ajudaram-me com uma vaquinha e eu viajei de volta.

Numa dessas viagens, parei para trabalhar numa padaria. Por acidente, derrubei os pães e o padeiro me xingou. Chamei-o de "corno", ele me deu um soco na boca e perdi os dentes.

Na segunda vez em São Paulo, fui para a rodoviária. Tinha nove anos. Engraxei e vendi jornais, mas sentia medo de ser preso. Um dia, um senhor me viu e me levou para a casa dele, onde trabalhei areando panela e cuidando dos netos. Enquanto isso, arrumei também serviço numa casa de malas.

Fiquei assim até os 12 anos, quando decidi ir embora para o Rio com dois amigos adolescentes. Acho que trabalho no turismo porque viajar está no sangue. Toda criança nasce com um dom. Então eu deixei o serviço e a casa e fui fazer meus documentos num cartório no viaduto do Chá. Senti como se eu tivessevoltado para a rua e pensei em me jogar do viaduto. Mas resisti. Consegui os documentos e viajamos.

Perto do Copacabana Palace, fui para o que sabia fazer bem: lavar e guardar carro. Sempre fui bom vendedor. Acabei fazendo amizade com um guia turístico que me deixava cuidar das vans. Ele me ofereceu um emprego fixo na Stella Barros, que era a maior agência do país. Virei office boy. Naquela época, usavam muito boy, pois quem emitia a passagem era a companhia aérea.

Quando soube que não tinha onde dormir, vovó Stella me deixou usar o sofá da empresa. Eu tinha que levantar antes que todos chegassem e só podia me deitar quando o último funcionário saísse. O sofazinho eu mantenho até hoje, em todas as nossas agências, porque eu acho que quando você cresce tem que lembrar de onde veio. Humildade é uma coisa que nunca quero perder, mesmo que eu ganhe muito dinheiro. Arrogância é ignorância.

Lembre-se que eu não tinha os dentes. É difícil achar emprego sem dente. Foi vovó Stella que me levou na faculdade de odontologia e os alunos fizeram o tratamento. Ela também me ensinou a falar o português correto.

Não voltei à escola, mas tenho uma coleção de 4.500 crachás de congressos de que participo e palestras que dou. É meu diploma, minha formação. Enquanto fiquei no Rio, com frequência visitava minha irmã no Sul. Passava em São Paulo, corria na rua José Paulino para comprar malhas e subia em outro ônibus para Porto Alegre, onde ganhava um dinheiro vendendo as roupas. Você nasce vendedor, mas, quando tem dificuldade, fica melhor.

No Rio, fiquei até os 17 anos, quando minha irmã se mudou para São Paulo com seis filhos. Resolvi ajuda-la. Consegui emprego no Bradesco e ficamos num cortiço na Barra Funda. Aos 20 anos, me casei e aluguei um apartamento no Copan. Hoje tenho minha esposa e quatro filhos. Mas começamos do zero. Eu trabalhava no Bradesco, na LAP (Linhas Aéreas Paraguaias) e na rodoviária, como fiscal de plataforma, até a meia-noite.

Aí roubaram nosso fusquinha, perdi o emprego e meu sogro quis buscar minha mulher porque estávamos em muita dificuldade. Mudamos para a casa dele e comecei tudo de novo, três empregos simultâneos. Hoje, tenho de novo um fusquinha preto, que uso para vir trabalhar.

Quando meu filho nasceu, eu já tinha alugado um apartamento e estava muito bem, como diretor de vendas na LAP, para onde tinha voltado. Infelizmente, a empresa teve nova crise e fui mandado embora mais uma vez. Neste país, quando você perde o emprego, perde a dignidade. Fiquei desesperado.

Aí encontrei um hoteleiro, da Panamericana de hotéis, que me chamou para ser representante dele no Brasil. Ele me deu a oportunidade de abrir um escritório próprio. Assim, em uma mesa emprestada dentro de um hotel, nasceu a EDO, que hoje é a Flytour, em 1974. Empreender é saber vender. Por isso eu coloco um V no meio da palavra: emprevendedor.


Fonte: Folha Online