sábado, 25 de outubro de 2014

ÚLTIMA PESQUISA ISTOÉ/SENSUS: AÉCIO ABRE 4 PONTOS DE VANTAGEM

Aécio abre quatro pontos de vantagem e consolida

liderança a um dia da eleição

Pesquisa Istoé/Sensus divulgada a menos de 12 horas das

eleições mostra Aécio com 52,1% das intenções de voto e Dilma 

com apenas 47,9%


Da redação
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 Pesquisa ISTOÉ/Sensus realizada entre os dias 24 e 25 de outubro mostra a consolidação da liderança do candidato do PSDB, Aécio Neves, a um dia das eleições. Segundo o levantamento que entrevistou dois mil eleitores de 24 Estados, Aécio soma 52,1% dos votos válidos, contra 47,9% da presidenta Dilma Rousseff. A diferença é de 4,2 pontos percentuais, o equivalente a 5,8 milhões de eleitores. Se for considerado o número total de votos, Aécio aparece com 45,7% e Dilma com 42%.  
Em se tratando da véspera do dia da eleição, é uma vantagem que praticamente decide a disputa em favor do tucano, que, em franca ascensão, tem atraído o maior número de eleitores indecisos nesta reta final. Esse movimento passou a ficar mais evidente na esteira das denúncias de corrupção que associam a presidenta Dilma ao escândalo da Petrobrás e depois do debate da TV Globo, realizado na sexta-feira.
A pesquisa realizada em cinco regiões do País e em 136 municípios ainda revela que o índice de rejeição à candidatura da petista Dilma Rousseff permanece bastante elevado – 42,5% dos eleitores afirmaram que não votariam na presidenta de forma alguma. A rejeição a Aécio é de 35,3%. A taxa de rejeição, segundo Ricardo Guedes, diretor do instituto, indica a capacidade de crescimento dos candidatos. Quanto maior a rejeição, menor a possibilidade de ascensão.   

PESQUISA ISTOÉ/SENSUS
Realização – Sensus
Registro na Justiça Eleitoral
BR-01193/2014
Entrevistas – 2000, em cinco regiões, 24 Estados e 136 municípios do País
Metodologia – Cotas para sexo, idade, escolaridade, renda e urbano e rural
Campo – Entre 24 e 25 de outubro
Margem de erro - +/- 2,2%, Confiança = 95%

MUDAR NÃO É PRECISO. É FUNDAMENTAL.

Mudar não é preciso. É fundamental!

Publicado por Lucas Ribeiro - 1 dia atrás
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Como sempre faço com ou sem período eleitoral, registro meus pensamentos sobre o pouco do que eu acho sobre o panorama político que passamos.
Primeiro, que fique claro: sou ANTI extremismo e radicalismo. Ou seja, sou anti aos anti-Petistas e aos anti-Tucanos - ou "PTralhas" ou "reaças", expressões que tem meu total repúdio - até porque, como todos hão de saber, não há mais aquela essência partidária tal como se dizia antigamente e o que há, na minha humilde opinião, é uma briga incessante pelo poder sendo feita qualquer tipo de união e coligação para se atingir o fim colimado: tirar o lado opositor da situação.
Enfim, sou totalmente contra essa ideia separista de generalizar tudo e a todos, afinal, nem todo petista é ladrão, nem todo tucano é burguês e leitor da Veja; nem todo sulista é preconceituoso e nem todo baiano é preguiçoso. Houveram fatos PONTUAIS que a sociedade resolveu generalizar e eu não compartilho desse pensamento.
Quanto ao cenário atual, seguem minhas pontuações.
Não tenho dúvidas que a prioridade para o lado social que o PT promoveu foi essencial para o Brasil chegar onde chegou. O pobre não é mais tão miserável como outrora. Acesso ao ensino superior e técnico, ao crédito que permitiu a maior poder de compra dos brasileiros, financiamentos de automóveis e imóveis, maior geração de renda e diminuição da desigualdade social. Nesse quesito eu não hesito em dizer que o governo do PT (principalmente os 4 primeiros anos com Lula) foi extremamente eficaz.
Ocorre, porém, que o Brasil não foi descoberto pelo PT, nem passou a funcionar com a chegada deste. Como disse a presidente Dilma em seu programa eleitoral, "ninguém é um ilha". De fato, não somos, assim como muitos dos avanços do PT só existiram por um trabalho realizado antes desta administração que, coincidentemente, foi promovido pelo PSDB, partido historicamente opositor da Estrela Vermelha, capitaneado pelo ex-presidente FHC.
Imaginemos o seguinte: diz a sabedoria popular quando um filho não é criado pelo seu pai biológico que "pai é quem cria". Isso se aplica ao nosso tão falado Bolsa Família. Diria que FHC fez o filho, criou até a infância, deu-lhe ensinamentos básicos - porém necessários - mas quem o criou, estimulou e o fez crescer positivamente foi o PT.
Com base nesse fato é que penso que mudar é bom, faz parte da vida cíclica que possuímos. Vejo que foi muito bom o PT chegar após FHC, assim como vejo que foi muito bom a mudança de gestão de Salvador, por exemplo, Vejo o quão proveitoso foi aprimorar e maximizar projetos existentes no plano federal, assim como extirpar os que não tinham futuro, além de criar novos tão proveitosos quanto.
Diante disso, votarei pela mudança, por um olhar um pouco diferente do atual, confiante na ideia de que serão ainda mais aproveitados os programas de governo existentes, assim como serão modificados e aprimorados aqueles que podem ainda atingir melhores números, além de serem criados outros que possam suprir lacunas ainda existentes no país.
Aécio, domingo, assim como no primeiro turno, te dou meu voto de confiança. Aproveite-o.
Lucas Ribeiro
Advogado, pós-graduando em Direito Público Municipal pela Universidade Federal da Bahia, com atuação precípua na áreas do Direito Administrativo e Eleitoral. Criador do programa de Rádio "Compartilhando Utilidade" que leva, semanalmente, informações os mais variados temas do direito, de forma clara...

QUANTOS JORNAIS DILMA PRETENDE PROCESSAR?

Blogs e Colunistas
25/10/2014
 às 6:49

Folha e Estadão apuram o mesmo que VEJA: Youssef disse à PF e ao MP que Dilma e Lula sabiam dos crimes na Petrobras. Dilma vai processá-los também?

Neste sábado, tanto o Estadão como a Folha (em manchete) trazem reportagens com as informações publicadas por VEJA na edição que começou a circular nesta sexta, a saber: Alberto Youssef afirmou à Polícia Federal e ao Ministério Púbico que Dilma e Lula sabiam dos malfeitos na Petrobras. A revista informou, por exemplo, que, segundo o doleiro, José Sérgio Gabrielli, então presidente da estatal, ordenou que o esquema pagasse R$ 1 milhão a uma agência de publicidade que ameaçava denunciar o esquema. Segundo apurou o Estadão, Youssef afirmou que foi Lula quem mandou Gabrielli agir. Pois é…
No horário eleitoral do PT, Dilma atacou a revista VEJA e anunciou que pretende processá-la. Repetiu a ladainha no debate da Globo. Isso é com a governanta. Qualquer um que tenha acompanhado a fala da candidata sabe que VEJA é que tem motivos para processá-la. Mas isso também não é comigo. Meu ponto aqui é outro. Pergunto: a petista pretende ir à Justiça também contra a Folha e o Estadão, porque trazem as mesmas notícias, ou tão notável privilégio só é concedido à VEJA?
Indaguei aqui e já tenho a resposta: que veículo de comunicação sério deixaria de publicar a informação que VEJA publicou? Notem que os dois jornais não se limitaram a reproduzir o que disse a revista. Eles também foram apurar. E chegaram praticamente às mesmas informações.
Uma dezena de celerados fascistoides, estimulados pela fala irresponsável de Dilma, foram fazer bagunça ontem na portaria da Abril. Largaram lá um monte de papel picado e picharam algumas placas. Essa gente expressa o que entende por democracia. Mas é importante notar: o estímulo veio de cima. Não tem jeito, isto não varia, igual em toda parte e em qualquer tempo: os principais inimigos dos autoritários é a imprensa livre. Vejam o que se deu na Venezuela. E vejam como está a Venezuela. Vejam o que se deu na Argentina. E vejam como está a Argentina.
Folha e Estadão fizeram, insisto, suas próprias e respectivas apurações e chegaram ao lugar a que havia chegado VEJA. Também eles não esperaram para publicar a informação depois do segundo turno. Pergunto outra vez: quantos veículos mais Dilma pretende processar?
Por Reinaldo Azevedo

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

EU NÃO POSSO VOTAR...

EU NÃO POSSO VOTAR...

Eu não posso votar em um governo que institucionaliza a situação análoga a de escravo por meio de um programa de governo. Não é porque são médicos, e sim porque são gente! Não posso ser cúmplice através do voto de um governo ditatorial como o cubano que tira do seu povo o que temos de mais precioso: a nossa liberdade! Eu me coloco no lugar daqueles que recebem uma ínfima parte do seu salário e tem sua liberdade vigiada mesmo estando em outro país, como se fossem criminosos. Este é um desserviço ao povo cubano, fortalecemos a ditadura cubana com os nossos tributos, por meio do Mais Médicos e também pelos bilhões gastos no porto em Cuba.
Não posso votar em um governo que importa médicos para sua população sem se preocupar com a qualidade destes profissionais e sem exercer o menor controle sobre a capacidade técnica dos mesmos. As pessoas precisam de médicos de qualidade, e não só deles, mas de estrutura, remédios, uma rede organizada. Médico é apenas médico, não milagre. Sozinho não resolve quase nada. Imagina um médico despreparado.... Se eles são bons, ótimo, passariam no Revalida. Se não, protegeríamos a nossa população de maus profissionais.
Não posso votar em uma candidata que afirma nunca saber dos escândalos de corrupção que acontecem embaixo do seu nariz. Que com suas atitudes perpetua a velha e terrível impunidade. Não posso ser cúmplice, dando meu voto.
Não posso votar em uma candidata que propõe o diálogo com extremistas, afirma existir uma mulçumanofobia e não se indigna com o assassinato de milhares de cristãos (como é a maioria da população ) por estes extremistas.
Não posso votar em um partido cujo discurso é a distribuição da riqueza e a prática é seu líder e o filho enriquecerem de maneira duvidosa e espantosa, para não dizer outra coisa. "Faça o que eu digo não faça o que eu faço"?
Não posso votar em um partido que instiga a luta entre as classes e entre as regiões do meu país porque juntos somos mais fortes. Norte, Sudeste, Nordeste, Sul, Centro-oeste, classes A,B,C, D...o alfabeto inteiro. Não se pode alimentar o preconceito, seja ele qual for, como se ser rico, às custas de trabalho fosse feio, errado, e bonito fosse ser dependente de programas sociais. Não! Assistencialismo corrompe, acomoda. O que muda a pobreza e a desigualdade é educação, valorização do trabalho, meritocracia. Dar o peixe apenas enquanto a pessoa está aprendendo a pescar e depois incentivá-la a puxar suas próprias redes.
Não posso votar no que está aí porque estou farta, porque acredito na democracia e entendo que a alternância de poder é o melhor caminho para a oxigenação do país.
"Em time que está ganhando não se mexe", mas o time que está aí, tal como a nossa seleção para a alemã, já perdeu de goleada! Hora de fazermos uma nova escalação e se não era apenas pelos vinte centavos, foi para isso que fomos às ruas ano passado! Porque estávamos todos fartos de tanta corrupção, de tanto desmando. Claro que existiram coisas boas, porém o preço foi tão caro quanto a nossa Copa!
Estes são alguns dos motivos pelos quais não posso votar na candidata do governo....
Autora: Larissa Porpino

ÚLTIMA PESQUISA SENSUS/ISTOÉ: AÉCIO 54,6 E DILMA 45,4%

Aécio lidera com nove pontos de vantagem sobre Dilma
Pesquisa ISTOÉ/Sensus mostra que o candidato do PSDB chega à reta final da campanha com 54,6% das intenções de voto, enquanto a petista soma 45,4%
Da redação
 Pesquisa ISTOÉ/Sensus realizada a partir da terça-feira 21 reafirma a liderança de Aécio Neves (PSDB) sobre a petista Dilma Rousseff nos últimos dias da disputa pela sucessão presidencial. Segundo o levantamento que entrevistou 2 mil eleitores de 24 Estados, o tucano soma 54,6% dos votos válidos, contra 45,4% obtidos pela presidenta Dilma Rousseff. Uma diferença de 9,2 pontos percentuais, o que equivale a aproximadamente 12,8 milhões de votos. A pesquisa também constatou que a dois dias das eleições 11,9% do eleitorado ainda não decidiu em quem votar. “Como no primeiro turno, deverá haver uma grande movimentação do eleitor no próprio dia da votação”, afirma Ricardo Guedes, diretor do Instituto Sensus. Se for considerado o número total de votos, a pesquisa indica que Aécio conta com o apoio de 48,1% do eleitorado e a candidata do PT 40%.

Aécio Neves seria eleito presidente do Brasil se a eleição fosse hoje, afirma Sensus

De acordo com Guedes, a pesquisa realizada em cinco regiões do País e em 136 municípios  revela que o índice de rejeição à candidatura de Dilma Rousseff se mantém bastante elevado para quem disputa. 44,2% dos eleitores afirmaram que não votariam na presidenta de forma alguma. A rejeição contra o tucano Aécio Neves é de 33,7%. Segundo o diretor do Sensus, a taxa de rejeição pode indicar a capacidade de crescimento de cada um dos candidatos. Quanto maior a rejeição, menor a possibilidade de crescimento. Outro indicador apurado pela pesquisa Istoé/Sensus diz respeito á votação espontânea, quando nenhum nome é apresentado para o entrevistado. Nessa situação, Aécio também está à frente de Dilma, embora a petista esteja ocupando a Presidência da República desde janeiro de 2011. O tucano é citado espontaneamente por 47,8% dos eleitores e a petista por 39,4%. 0,2% citaram outros nomes e 12,8% disseram estar indecisos ou dispostos a votar em branco.

Para conquistar os indecisos as duas campanhas apostam as últimas fichas nos principais colégios eleitorais do País: São Paulo, Minas e Rio de Janeiro. O objetivo do PSDB e ampliar a vantagem obtida em São Paulo no primeiro turno e procurar virar o jogo em Minas e no Rio. Em São Paulo, Aécio intensificou a campanha de rua, com a participação constante do governador reeleito, Geraldo Alckmin, e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. De acordo com as pesquisas realizadas pelo comando da campanha de Aécio, em Minas o tucano já estaria na frente de Dilma e a vantagem veio aumentando dia a dia na última semana. Processo semelhante ocorreu em Pernambuco, depois de Aécio receber o apoio explícito da família de Eduardo Campos e do governador eleito, Paulo Câmara. Os mesmos levantamentos indicam que no Rio de Janeiro a candidatura do senador mineiro vem crescendo, mas ainda não ultrapassou a presidenta. Para reverter esse quadro, Aécio aposta no apoio de lideranças locais, basicamente de Romário, senador eleito pelo PSB, que deverá acompanhá-lo nos últimos atos de campanha. Para consolidar a liderança, Aécio tem usado os últimos programas no horário eleitoral gratuito para apresentar-se ao eleitor como o candidato da mudança contra o PT. Isso porque, as pesquisas internas mostram a maior parte do eleitor brasileiro se manifesta com o desejo de tirar o partido do governo.

No comando petista, embora não haja um consenso sobre qual a melhor opção a ser colocada em prática nos dois últimos dias de campanha, a ordem inicial é a de continuar a apostar na estratégia de desconstrução do adversário. Nas duas últimas semanas, o que se constatou é que, ao invés de usar parlamentares eleitos para esse tipo de ação – como costumava fazer o partido em eleições passadas -- os petistas escalaram suas principais lideranças para a missão, inclusive o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a própria candidata. Os petistas apostam no problema da falta d’água para tirar votos de Aécio em São Paulo e numa maior presença de Dilma em Minas para procurar se manter á frente do tucano no Estado.   


PESQUISA ISTOÉ/Sensus

Realização – Sensus
Registro na Justiça Eleitoral – BR-01166/2014
Entrevistas – 2.000, em cinco regiões, 24 estados e 136 municípios do País
Metodologia – Cotas para sexo, idade, escolaridade, renda e urbano e rural
Campo – De 21 a 24 de outubro
Margem de erro - +/- 2,2%
Confiança – 95%


quarta-feira, 22 de outubro de 2014

EM QUEM VOU VOTAR?

DIVULGO UM ARTIGO DO DR. WILLIAM DOUGLAS, PUBLICADO NO PORTAL JUS BRASIL.


Em quem vou Votar?

Como um juiz federal escolhe seu candidato à presidência. Confira argumentos e pontos relevantes para sua decisão.

 Várias pessoas estão me perguntando em quem eu vou votar. Sobre isso, respondo aqui. Não dá para responder de forma rápida e curta porque o que acho que vale para o leitor será validar ou não os critérios de raciocínio.
Minha escolha não importa, mas sim em discutirmos como deveria ser a melhor escolha. Embora seja um direito, acho errado alguém votar nulo ou branco já que o momento é extremamente grave. Escolha-se o menor pior, é o que sugiro. Qual é o menos pior? Escolha usando critérios razoáveis e lógicos.
Vamos lá:
1) Não acho que ninguém vai definir ou redefinir seu voto por causa da minha opinião, por isso realmente não acho que uma declaração minha faria diferença. Porém, acredito que em especial como professor (para quem assim me considera e me indaga em quem vou votar) devo informar critérios que podem ser seguidos para uma decisão mais racional. No caso, claro, os critérios que eu mesmo seguirei. Recomendo que vc escolha os critérios que acha melhor e os siga.
2) A doutrina mostra que o exercício do cargo de juiz não emascula seu exercente de sua cidadania e que a declaração de voto é lícita e legítima. Mesmo assim, não irei declarar meu voto.
3) O fato de ser cidadão, ter filhos que vão morar no país que escolhermos, de ser professor de Direito Constitucional, cristão e servidor público me obriga a votar e a votar da melhor maneira possível. Votar no menos pior. E para escolher o menos pior, mais que o direito, tendo o dever de responder ao aluno que me indaga sobre o assunto.
4) Me preocupa que o/a próximo/a Presidente irá escolher 5 ministros do STF, e isso é muito sério.
5) Me preocupa que ambos os candidatos, ainda que em graus diferentes, estejam mais preocupados em atacar a imagem do outro do que apresentar suas ideias e propostas. Igualmente, me preocupa que os candidatos possam não querer que sejam citados os erros cometidos por eles mesmos ou pelos partidos que os representam. O currículo do que os candidatos e os partidos fizeram de bom e de ruim tem que contar. Conta sim. Não se pode mentir, como estão fazendo, mas contar o que fizeram, isso pode e deve.
6) Me preocupa o uso da máquina pública para fins eleitorais, o que não é aceitável em nenhuma hipótese. Veja, por exemplo, a situação das acusações de uso eleitoral dos Correios. Algo a ser apurado e, se for o caso, punido.
7) Me preocupa o histórico de o quanto cada um dos candidatos cuidou dos concursos, dos servidores públicos, dos reajustes que impedem a desvalorização do serviço público, o quanto fizeram pela inclusão social e racial (bandeiras que sempre assumi).
8) Me preocupa o quanto se aceita de corrupção em nosso país. O que aconteceu com Petrobras, Abreu Lima, Pasadena, superfaturamento dos estádios da Copa etc. Deveria ter gerado multidões na rua como no ano passado. Me preocupa a acomodação do brasileiro a tanta corrupção.
9) Me preocupa que não olhemos, ao estudar em quem votar, o histórico de ambos candidatos e partidos. Não podemos esquecer quem foi que fez as coisas. Nem as ruins.
10) Me preocupa que não olhemos o passado para verificar os históricos de roubalheira dos dois partidos, ou seja, é preciso fazer um grande apanhado do que se sabe de cada um dos candidatos e de seus partidos para só então tomar alguma decisão razoável. Como é o PT que está no poder, a tendência é olhar mais o que há de elementos contra o PT, mas o certo é olhar os governos do PT e também os do PSDB, ou seja, analisar os governos federais e estaduais dos dois partidos em busca de qual é o que tem menos histórico de corrupção.
11) Me preocupa, dentro do princípio republicano, a alternância no poder, até para evitar aparelhamento (tanto lícito, como na escolha de membros do judiciário, quanto ilícito, no uso errado dos cargos em comissão). Por outro lado, por mais que a alternância no poder seja importante, não se pode apenas alternar por alternar. Este princípio pode contribuir para a decisão mas não defini-la. Sempre precisamos escolher o melhor ou, quando menos, o menos ruim.
12) Me preocupa o enriquecimento esplendoroso de alguns servidores públicos e seus familiares. Em suma, não é uma decisão fácil. Mesmo assim, entendo que tenho que votar no/a menos pior. Nestas circunstâncias, declaro não meu voto, mas princípios que julgo pertinentes para - neste momento - escolher em quem - mesmo contrariado - votar. Mesmo tendo restrições aos dois, escolherei a pessoa que considerar a menor pior.

Princípios básicos

O básico é o que devemos usar para se escolher qualquer sócio, patrão, empregado, parceiro, cônjuge, associação, empresa etc:
4.1. Honestidade/integridade.
4.2. Competência.
4.3. Energia/disposição para trabalhar.
4.4. Respeitar a lei dos relacionamentos, a lei do amor, a regra de ouro, ou seja, quem trata bem ao próximo.

Princípios específicos

a) Histórico de vida do/a candidato/a e seu respectivo partido.
b) Não aguento mais corrupção, votarei em quem considerar menos corrupto, tanto pessoalmente quanto o seu partido. Temos que tentar achar o/a menos comprometido/a com corrupção. Corrupção existe em tudo que é humano, mas temos que escolher o/a candidato/a e partido menos envolvido com isso.
c) Votarei em quem nos investimentos públicos prestigia meu próprio país.
d) Votarei por uma atuação brasileira no plano internacional que faça por merecer e faça existir respeito ao nosso país.
e) Idem, por um país que não apoie o terrorismo.
f) Votarei contra aparelhamento do Estado e em favor da busca de quadros técnicos ao invés da corriola de apadrinhados/cabos eleitorais exercendo cargos de liderança. Cargo em comissão bem usado, ok, mas para gente que não trabalha, ou que está lá só para cuidar de interesses pessoais, comissões, roubalheira etc., isso não dá.
g) Votarei em favor do concurso e do funcionalismo público não como valores em si, mas como valores que repercutem para a população (veja minha carta aberta sobre este tema).
h) Votarei pensando em inclusão social, lembrando que programa social tem que existir e que programa social bom é o que cria mais portas de saída do que portas de entrada.
i) Votarei pensando em quem respeita a diversidade, respeitando tanto religiosos quanto gays, impedindo qualquer ditadura ou opressão de um grupo pelo outro.
j) Quero alguém que entenda que estado laico não é estado ateu mas sim aquele que respeita e convive com todas as opções religiosas (inclusive o ateísmo).
Estou certo que em alguns pontos você, que me lê, imaginou que meu voto é para Aécio ou para Dilma (citei em ordem alfabética). Porém, noutro ponto, você deve ter invertido a resposta. Pois este é meu problema: tem coisas que prefiro em um, outras no outro. E coisas insuportáveis aqui, outras ruins ali. Os dois candidatos têm coisas ruins, e coisas boas. Tenderei a evitar o insuportável (grau de corrupção, já que não há a inexistência dela) e a decidir também pelo conjunto.

Conclusão

Vou votar pelo conjunto da obra olhando os princípios gerais e os específicos que citei. E você, que leu até aqui, quem você acha que está mais perto de atender, no conjunto, estes princípios?
William Douglas
William Douglas é Juiz Federal/RJ, professor universitário, autor. Considerado o maior especialista em concursos pela Revista Veja, Você S/A e Valor Econômico. Em 2012, figurou em 1º lugar nas principais listas de livros mais vendidos do país. Possui mais de 700mil livros vendidos e falou para mais ...

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

PASTOR ELINALDO ADVERTE: EM QUEM VOTAR NO SEGUNDO TURNO

EM QUEM VOTAR NO SEGUNDO TURNO DAS ELEIÇÕES 2014

AMADOS IRMÃOS E AMIGOS, PRECISAMOS ORAR MUITO PELO NOSSO BRASIL. A BÍBLIA DIZ QUE, SE ORARMOS A DEUS, ...COM HUMILDADE, ARREPENDIMENTO E CONVERSÃO, ELE NOS OUVE E SARA A NOSSA TERRA (2 Crônicas 7.14). Mas precisamos também VOTAR, no Segundo Turno para Presidente da República. Não só o País, mas a Igreja do Senhor sofre as consequências de decisões dessa ordem.
São dois candidatos. Uma, representa a continuidade de um sistema que, respaldado nos benefícios sociais para os menos favorecidos, que são muito bons, pretende PERPETUAR-SE NO PODER, através de SUCESSIVAS REELEIÇÕES. O Presidente do PT disse (09.10.14) que Lula poderá será candidato depois de Dilma. ISSO É UM VERDADEIRO DELÍRIO DE PODER! Mesmo que tivesse sido um governo ideal, a sede de manter-se no poder a qualquer custo não é desejável para a DEMOCRACIA.
Mas não o foi. Foi bem sucedido na distribuição de renda, através dos programas sociais, que não foram inventados pelo PT. Vieram do Governo FHC, com outros nomes. O PT renomeou-os e toma para si a paternidade de todos eles. Esse não é o problema. O PROBLEMA é que, sabendo que os mais carentes são numerosos, o PT idealizou uma forma de manter-se no poder por longos anos. Confiando em que os beneficiários jamais deixarão de votar em seus candidatos, mesmo que cometam as piores e mais indignas ações contra os ideais republicanos, e contra os princípios morais e éticos que devem nortear a nação.
POR ISSO, é que temos visto, nos últimos anos, um APARELHAMENTO DOS ÓRGÃOS públicos e EMPRESAS vinculadas ao Governo serem usadas de modo vergonhoso e desonesto, a serviço do PT. Causa-nos vergonha ver a cúpula do partido na prisão, mesmo em regime semiaberto. E o Presidente de Honra dizer que “não houve mensalão. O que houve foi Caixa Dois”, com a maior naturalidade!! A PETROBRÁS, a maior empresa do Brasil foi dominada pelo PT para desviar recursos em propinas e subornos para muitos de seus candidatos e de aliados. Assunto constrangedor, público e notório.
SE NÃO BASTASSE, o governo do PT não tem a menor consideração ou o menor escrúpulo em pisotear, lançando no chão da falta de respeito, os caríssimos princípios e valores cristãos. Ao longo desses 12 anos, 12 milhões de crianças foram assassinadas, com total apoio do governo, pelo crime hediondo do aborto!! E muitos que se dizem cristãos são cúmplices desse extermínio silencioso de seres humanos, no recôndito sagrado do ventre materno.
ESTÁ ESCRITO que “DEUS NÃO TEM O CULPADO POR INOCENTE” (Naum 1.3). A vida é Dom de Deus. Mas, para os ideólogos do PT, “aborto é questão de saúde pública”, ou seja, equivale a uma doença, uma chaga, uma epidemia, um vírus!! O Plano Nacional de Direitos Humanos do Governo (PNDH 03) do PT diz em seu Objetivo Estratégico III, Ação Programática “g) Considerar o aborto como tema de saúde pública, com a garantia do acesso aos serviços de saúde. Meus irmãos e amigos, DEUS NÃO DORME NEM COCHILA (Sl 121. 2). “Os ímpios serão lançados no inferno e todas as pessoas que se esquecem de Deus” (Sl 9.17).
Além disso, o PT aprova a prostituição, considerando-a profissão tão digna quanto ser professora, médica, advogada, etc. Em seu PNDH 03, no mesmo Objetivo Estratégico, está, ação programática "h) Realizar campanhas e ações educativas para desconstruir os estereótipos relativos às profissionais do sexo". Ou seja, o governo faz questão de defender a prostituição, pecado grave diante de Deus. O PT é dirigido por materialistas, ateus, que desprezam a palavra de Deus.
Para o PT, família não é o grupo social, formado por pai, mãe e filhos, conforme Deus, o Criador o fez. O PNDH 03, do Governo, diz, em seu objetivo Estratégico V, diretriz d): “Reconhecer e incluir nos sistemas de informação do serviço público todas as configurações familiares constituídas por lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, com base na desconstrução da heteronormatividade”.
Ser heterossexual não é normal. Precisa-se destruir essa ideia. Família, para o PT, pode ser formada de homem-mulher; homem com homem; mulher com mulher; travesti com travesti. Uma ignominiosa afronta a Deus, que disse: “Portanto, deixará O HOMEM, seu PAI e sua MÃE, e se unirá à sua MULHER, e serão os dois uma só carne (na relação sexual) (Gn 2.24). O PT defende e apoia o CASAMENTO GAY, considerada “Abominação ao Senhor” (Lv18.22; 20.13).
A candidata do PT representa tudo isso. O outro candidato, o Sr. Aécio, 45, não é evangélico. Nem é anjo, nem perfeito. Tem suas virtudes e defeitos. Quem não as tem? Mas representa a opção oportuna para mudar o governo do Brasil. É católico, e se comprometeu a defender os valores da família, do casamento, mesmo tendo que respeitar os direitos dos homossexuais, já definidos na legislação. Espero que os que votaram em nossa irmã Marina votem nesse candidato como esperança de mudança nos rumos políticos, morais e éticos da governança do nosso querido Brasil.

Elinaldo Renovato de Lima - Pastor

domingo, 19 de outubro de 2014

POR QUE DILMA MENTE?

Por que Dilma mente?
Uma análise da empiricus.com.br
Numa época de mentiras universais, dizer a verdade é um ato revolucionário. Se George Orwell estivesse por ai, seria prontamente acusado de terrorismo eleitoral.
Enquanto insistirem em falar mentiras sobre os “neoliberais”, cumprirei o compromisso de falar verdades sobre o governo.
Há dois elementos constrangedores envolvendo o governo Dilma: a incompetência e a desonestidade intelectual - essa última conhecida popularmente como hábito da mentira.
Inventam o que querem para evitarem a mudança de endereço. Abaixo listo as dez mentiras que mais me incomodam, cujas implicações ao seu patrimônio podem ser substanciais.
Restrinjo-me a questões de economia e finanças. Não imagino que a mitomania limite-se a essa área, mas prefiro manter-me no escopo, por uma questão de pertinência desta newsletter.
Ao não reconhecer os erros, mantém-se a rota errada da política econômica. Bateremos de frente com uma crise financeira em 2015.
1. “A crise vem de fora.”
Esse é o discurso oficial para justificar a recessão técnica em curso no Brasil. O que os dados podem nos dizer sobre isso? Comecemos do mais simples: o crescimento econômico do Governo Dilma será, na média, dois pontos percentuais menor àquele apresentado pela América Latina. Nos governos Lula e FHC, avançamos na mesma velocidade dos vizinhos.
Indo além, há de se lembrar que a economia mundial cresceu 3,9% em 2011, 3% ao ano entre 2012 e 2013, e deve emplacar mais 3,6% em 2014. Nada mal.
Comparando com o pessoal mais aqui ao lado especificamente, Chile, Colômbia e Peru, exatamente aqueles que adotaram políticas econômicas ortodoxas e perseguiram uma agenda de reformas na América Latina, cresceram 4,1%, 4,0% e 5,6% ao ano, entre 2008 e 2013.
Enquanto isso, a evolução média do PIB brasileiro na administração Dilma deve ser de 1,7% ao ano.
A retórica oficial, desprovida de qualquer embasamento empírico, continua ser de que a crise vem de fora. Aquela marolinha identificada pelo presidente Lula, lá em 2008, seis anos atrás, ainda deixando suas mazelas.
 2. “A política neoliberal vai aumentar o desemprego.”
Não há como desafiar o óbvio de que o produto agregado (PIB) depende dos fatores de produção, capital e trabalho. Ora, com o PIB desabando por conta da política econômica heterodoxa, cedo ou tarde bateremos no emprego.
Podemos não conseguir precisar qual a exata função de produção, ou seja, de como o PIB se relaciona com o nível de emprego, mas não há como contestar a existência de relação entre as variáveis.
O crescimento econômico da era Dilma é o menor desde Floriano Peixoto, governo terminado em 1894, subsequente à crise do encilhamento. Há uma transmissão óbvia desse comportamento para o emprego.
Os dados do Caged de maio apontaram a menor geração de postos de trabalho desde 1992. Em sequência, junho foi o pior desde 1998. E julho, o pior desde 1999. O dado de setembro, recém divulgado, foi o pior desde 2001. 
Quem vai gerar desemprego é a nova matriz econômica - não o fez ainda simplesmente porque essa é a última variável a reagir (e a única que ainda não foi destruída).
 3. “A oposição quer acabar com o reajuste do salário mínimo.”
Essa é uma mentira escabrosa por vários motivos. O primeiro é trivial: o candidato da oposição (embora pareça haver dois, há apenas um) já se comprometeu, em dezenas de oportunidades, em manter a política de reajuste de salário mínimo.
Ademais, quando Dilma se coloca como a protetora do salário mínimo, está simplesmente contrariando as estatísticas. O aumento real do salário mínimo foi de 4,7% ao ano entre 1994 e 2002, de 5,5% ao ano entre 2003 e 2010, e de 3,5% ao ano entre 2011 e 2013.
Ou seja, o reajuste do mínimo na era Dilma é inferior àquele implementado por Lula e também ao observado no período FHC. Ainda assim, Dilma se coloca como o bastião em favor do salário mínimo.
 4. “A política neoliberal proposta pela oposição vai promover arrocho salarial.”
Esse ponto, obviamente, guarda relação com o anterior. Destaquei-o mesmo assim porque denota a doença de ilusão monetária ou uma tentativa descarada de enganar a população.
Arrocho salarial já vem sendo promovido pela atual política econômica, por meio da disparada da inflação. O salário nominal, o quanto o sujeito recebe em reais no final do mês, não interessa per se. O relevante é como e quanto esse numerário pode ser transformado em poder de compra - isso, evidentemente, tem sido maltratado pela leniência no combate à inflação.
Precisamos dar profundidade mínima ao debate. Se você consegue aumentos sistemáticos de salário acima da produtividade do trabalhador, a contrapartida óbvia no longo prazo é a inflação, que acaba reduzindo o próprio salário real.
O que os “neoliberais” querem é perseguir aumentos de produtividade maiores e duradouros. Isso permitiria dar incrementos de salário substanciais, sem impactar a inflação.
Caso contrário, aumentos do salário nominal serão corroídos pela inflação.
 5. “O Brasil quebrou três vezes.”
O Brasil quebrou uma única vez, em fevereiro de 1987, no governo Sarney, quando foi decretada a suspensão do pagamento dos juros da dívida externa.
Quebrar é uma definição explícita e até mesmo técnica, ligada à moratória, o que é bem diferente de recorrer ao FMI, grosso modo um acesso a um dinheiro barato, sem mito ou fábula.
Durante o governo FHC, houve três empréstimos do FMI: i) durante a transição do câmbio fixo para flutuante entre 1998 e 1999; ii) durante a crise de 2001, ano especialmente difícil por conta da quebra (verdadeira) da Argentina; e iii) em 2002, por conta da chegada ao poder de Lula, que impusera aos mercados grande incerteza e, por conseguinte, enorme fuga de capitais.
Bom, mas como verdades não são o forte da campanha, logo ouviremos de novo sobre as três vezes que o Brasil (não) quebrou.
 
6. “A política monetária foi exitosa.”
A frase foi proferida por Alexandre Tombini, presidente do Banco Central, em seminário nos EUA sobre política monetária. A inflação brasileira já estourou o teto da meta, de 6,50% em 12 meses, ignorando o princípio básico de um sistema de metas, em que o centro do intervalo deve ser perseguido. A banda de tolerância de dois pontos existe apenas para abarcar choques exógenos.
O IPCA de setembro aponta variação de 6,75% em 12 meses, estourando o limite superior do intervalo.
Transformamos o teto no nosso objetivo e represamos cerca de dois pontos de inflação através do controle de preços de combustíveis, energia e câmbio.
Esse é o tipo de êxito que esperamos da política econômica?
 7. “Precisamos de um pouco mais de inflação para não perder empregos.”
Para ser justo, a frase, ao menos que seja de meu conhecimento, não foi dita ipsis verbis por nenhum membro do Governo. Entretanto, a julgar pelas decisões e diretrizes de política monetária, parece permanecer o racional da administração petista.
O velho trade-off entre inflação e crescimento, em pleno século XXI?
Bom, antes de entrar no debate acadêmico, pondero que poderia até ser verdade se houvesse, de fato, crescimento. Conforme supracitado, não é o caso.
Ignorando esse fato e fingindo que vivemos crescimento econômico pujante, a questão sobre o trade-off entre inflação e crescimento parece apoiar-se numa discussão tacanha sobre a Curva de Phillips.
O debate até faria sentido se estivéssemos nos idos de 1970. Dai em diante, Friedman, Phelps e outros destruíram o argumento de mais inflação, mais emprego.
A partir da síntese de 1976, naquilo que ficou batizado de crítica de Lucas, com trabalhos posteriores sobretudo de Kydland e Prescott, a fronteira do conhecimento passou a incorporar a ideia de que o trade-off entre inflação e desemprego existe apenas a curtíssimo prazo.
Ao trabalhar com uma inflação sistematicamente mais alta, rapidamente voltamos a um novo equilíbrio, com nível de preços maior e o mesmo nível de emprego original.
E, sim, o espaço aqui está aberto para o pessoal da Unicamp rebater o argumento de Lucas (professor Belluzzo incluindo, sem nenhum tipo de enfrentamento aqui; convite educada e genuinamente a um derbi das ideias). Criticam-nos por ouvir apenas a oposição e ignoram que eles declinam nosso convites - só pode haver vozes governistas e/ou heterodoxas em nossos eventos se elas aceitarem participar, certo? Lembre-se: fizemos o convite ao competente Nelson Barbosa, que, infelizmente, não pode comparecer por incompatibilidade de agenda.
 8. “As contas públicas estão absolutamente organizadas. O superávit primário, embora menor do que em 2008, é um dos maiores do mundo. Dizer que há uma desorganização fiscal é um absurdo.”
A preciosidade foi dita pelo ministro Guido Mantega em entrevista ao jornal Valor. O superávit primário do setor público não é somente menor àquele de 2008. No primeiro semestre, foi o menor da história, em R$ 29,4 bilhões. 
Agosto marcou o quarto mês consecutivo de déficit primário, de modo que o acumulado está em R$ 10,2 bilhões. 
O superávit acumulado no ano até agosto é de 0,3% do PIB, enquanto a promessa do governo (para segurar o rating) é entregar 1,9% do PIB.
Essa é a herança que a “absoluta organização das contas públicas está nos deixando.”
 9. “Nunca foi feito tanto pelo pobre neste país.”
Intuitivamente, você já poderia desconfiar da afirmação quando pensa na inflação, que é um fenômeno essencialmente ruim para as classes mais baixas. Os abastados têm um estoque de riqueza aplicada em ativos que remuneram acima da inflação. Logo, estão em grande parte protegidos. A inflação é um instrumento clássico de concentração de riqueza.
Mas há de ser além da simples intuição, evidentemente. Estudos mais recentes indicam que, depois de 10 anos consecutivos em queda, a desigualdade de renda no Brasil parou de cair de forma estatisticamente significativa em 2012. Documento IPEA n 159 é categórico em dizer que a concentração de renda no Brasil cai sistematicamente até 2012; a partir daí, há dúvidas.
O índice de Gini apresenta queda marginal entre 2011 e 2012, enquanto as curvas de Lorenz dos dois anos estão sobrepostas, indicando, grosso modo, estagnação na melhora.
Ainda mais problemático, estudo encomendado pelo IPEA a partir de dados do Imposto de Renda mostra concentração de renda entre 2006 e 2012 - em 2012, os 5% mais ricos do País detinham 44% da renda; em 2006, o percentual era de 40%.
A política econômica heterodoxa não cresce o bolo e também não o distribui de forma mais equitativa.
 10. “A oposição faz terrorismo eleitoral.”
Se você compactua com um dos nove pontos anteriores, você é um terrorista eleitoral, egoísta e interessado apenas em si mesmo. Provavelmente, é financiado por um dos candidatos de oposição.
Enquanto isso, a situação acusa a candidata oposicionista de homofóbica e de semelhanças com Fernando Collor. Sim, ele mesmo, parte da base de apoio da situação.
Seríamos nós, analistas e economistas, os terroristas?
Essa é a herança que fica para 2015. Você tem dois caminhos a adotar: o primeiro é esperar as consequências materiais dessa gestão desastrosa sobre seu patrimônio, e o segundo é começar a se mexer, de modo a proteger ou até mesmo aumentar suas economias.
Publicado por Empiricus