sexta-feira, 29 de maio de 2015

IDEOLOGIA DE GÊNERO. O CASO DAVID REIMER. UM ALERTA.



DIGA NÃO À IDEOLOGIA DE GÊNERO.
ACOMPANHE O QUE A ESCOLA DE SEU FILHO ESTÁ ENSINANDO.



Conheça a história de David Reimer, a primeira cobaia dos ideólogos de gênero e a prova suficiente de que essa teoria é uma farsa

Está às portas de ser votado o Plano Nacional de Educação. O projeto de lei lança as diretrizes e metas da educação pública para os próximos 10 anos e, não obstante a clara oposição do povo brasileiro a um sistema educacional permissivo e imoral, permanece firme o desejo de alguns grupos políticos em firmar compromisso com a "agenda de gênero", tão querida pelas organizações internacionais e por "intelectuais" engajados em causas revolucionárias.
Só que a tão falada "identidade de gênero", embora receba financiamento pesado de fora, não consegue sustentar-se cientificamente. Às vésperas de um evento tão importante para o futuro das crianças e adolescentes do Brasil, é oportuno recordar uma história recente que põe em xeque não só a autenticidade da "agenda de gênero" como a própria honestidade de seus propagadores.
Esta história começa na famosa universidade Johns Hopkins, na cidade de Baltimore, Estados Unidos. É aí que o médico neozelandês John Money e sua equipe se destacam por sua pesquisa nas áreas de sexologia e por cunhar, em seus trabalhos, termos como "papel de gênero" e "identidade de gênero". A sua teoria é a de que o sexo das pessoas, ao invés de ser dado pela nature["natureza"], é uma questão de nurture ["educação"]. Assim, uma criança em tenra idade, mesmo com o aparelho genital de um sexo, poderia ser criada e educada como sendo de outro sexo. A biologia seria subvertida pela psicologia, ou, dito em outros termos, o projeto do Criador poderia ser arbitrariamente transformado pelo homem.
Até 1967, as ideias de John Money já eram mundialmente famosas, mas permaneciam no papel. É quando a família Reimer decide recorrer ao renomado médico: um de seus filhos gêmeos, Bruce, teve seu órgão genital cauterizado durante uma circuncisão, e a sua mãe, Janet Reimer – interessada após assistir a um programa de televisão sobre a teoria do dr. Money – decide confiar ao médico o problema de seu filho.
Nas mãos de Money, Bruce, com apenas 22 meses de vida, sofre uma intervenção cirúrgica e passa a chamar-se Brenda. Recebendo acompanhamento constante do doutor, a família Reimer era a cobaia de que Money precisava para provar de vez sua teoria. De fato, o médico neozelandês escreve vários estudos usando o caso Brenda como "prova dramática" de que sua "teoria da neutralidade" estava correta: se era possível educar um menino como menina, homens e mulheres não eram mais dados biológicos, mas meras "aprendizagens sociais".
No entanto, à medida que Brenda cresce, sua mãe nota algo de muito errado. "Eu via que Brenda não era feliz como garota, não obstante o que eu tentasse fazer por ela ou como eu tentasse educá-la, ela era muito rebelde, era muito masculina e eu não conseguia convencê-la a fazer nada que fosse feminino", conta Janet Reimer, em um documentário produzido pela BBC. "Brenda não tinha quase nenhum, nenhum amigo enquanto crescia. Todo mundo realmente a matava, chamavam-na de 'mulher da caverna'. Ela era uma garota muito só" [1].
Aos catorze anos, já longe dos olhos de Money e cada vez mais isolada socialmente, Brenda descobre, de sua mãe, que nascera como homem e tinha sido criada como mulher à força. A partir de então, ela muda seu nome para David e tenta, apesar de tantos percalços, levar uma vida comum, como homem. No entanto, a morte de seu irmão por uma overdose de antidepressivos, em 2002, aliada a um casamento conturbado, culmina em uma tragédia: no dia 4 de maio de 2004, David deixa a casa de seus pais pela última vez, vai a uma mercearia e comete suicídio.
Antes desse fim dramático, David Reimer expôs o seu caso à mídia, a fim de tornar públicas a perversidade das ideias de Money e a farsa de sua "teoria de gênero". "Era-me dito que eu era uma garota, mas eu não gostava de me vestir como uma garota, eu não gostava de me comportar como uma garota, eu não gostava de agir como uma garota", confessa David[2]. "Eu não sou um professor de nada, mas você não acorda uma manhã decidindo se é menino ou menina, você apenas sabe".
"Não se acorda de manhã decidindo se se é menino ou menina": essa lição foi aprendida a um alto custo pela família Reimer. É esse o mesmo custo que as famílias brasileiras querem pagar, aceitando que a ideologia de gênero seja implantada em nossas escolas?
Quando se combate a inserção do termo "gênero" no ordenamento jurídico brasileiro, não se está a afirmar uma posição "discriminatória" ou "preconceituosa", como insinuam alguns grupos. Ao contrário, o que se pretende é que o Brasil seja livre de uma teoria comprovadamente mentirosa e ideológica. Ou queremos, por acaso, copiar os experimentos ridículos de Money e repetir o drama da família Reimer no seio de nossas famílias?
"Você vai sempre encontrar pessoas que vão dizer: bem, o caso do Dave Reimer podia ter tido sucesso. Eu sou a prova viva, e se você não vai tomar minha palavra como testemunho, por eu ter passado por isso, quem mais você vai ouvir?" [3]. Que a alma de David Reimer descanse em paz. E que a sua conturbada vida lembre às pessoas o quanto é terrível subverter o plano do próprio Criador inscrito na natureza humana.
Por Equipe Christo Nihil Praeponere

Reproduzido de: https://padrepauloricardo.org/blog/como-a-ideologia-de-genero-destruiu-a-familia-reimer


quarta-feira, 13 de maio de 2015

OUTRO TERREMOTO NO NEPAL. NOVO RELATO DA EQUIPE DA AME.



ATUAÇÃO DA AME NO NEPAL



Não há feridos no vilarejo onde estão, graças a Deus, pois estão muito perto do epicentro.


"Gostaria de avisar a todos que estamos bem até agora... passamos por um grande tremor de 7.4.... estava dentro do ônibus quando tudo começou a tremer... o restaurante onde algumas pessoas do grupo estavam começou a balançar muito, e as pessoas saíram correndo gritando. Mas aqui onde estamos todos estão bem. Estávamos para partir hoje, mas agora vai ser dificil pois esta ainda perigoso e ate agora tem tremores... enquanto escrevi e a terra mexe de um lado pro outro em pequenos abalos. As montanhas ao redor tiveram muitos desmoronamentos e algumas casas caíram. Uma vila em cima da montanha tinha uma nuvem de poeira a cada tremor que dava. O som do tremor pode ser ouvido antes dos tremores começarem então todos sentados olhando para a montanha esperando o som como o de um trovão a distância.

Bom, estamos bem e estou tentando registrar aqui. Estou no distrito de Dolakah, na vila de Malukhola, proximo ao epicentro. Um segundo tremor estava filmando quando aconteceu, pois o primeiro minha bolsa estava dentro do restaurante.
Orem por todos aqui, abraços"

Robson
AME
OREM! CONTRIBUAM! PARTICIPEM! no socorro aos desesperados levando esperança.

Banco BRADESCO,
Ag: 2036-2 C/C 28.738-5 – final 0,11 centavos
Associação Missão Esperança AME – CNPJ 05.066.986/0001-16

DESEJAM SER SOCORRISTA?
PARTICIPEM DO TREINAMENTO DE SOCORRO EMERGENCIAL A SER DADO EM MARINGÁ NOS DIAS 4–7/JUNHO.
NÃO PERCA, SERÁ O ÚNICO DO ANO.
É REQUISITO FUNDAMENTAL PARA PARTICIPAR NAS EQUIPES DE AJUDA EM CATÁSTROFES.

A AME ESTÁ PRESTANDO SOCORRO ÀS VÍTIMAS DO TERREMOTO NO NEPAL. CONHEÇA O RELATO. ORE.



OREM pela equipe que precisa continuar a viagem para outra vila, mas a estrada de terra montanha abaixo está derrapante com a chuva.

O estoque de água que a equipe levou para dois dias foi consumido junto com o povo da vila onde ficaram que estava sem água.

E Deus proveu da forma graciosa dEle.

RELATOS DO CAMPO:

“Estávamos indo para o outro vilarejo e depois de descermos uns 2km da montanha, comecou a chover. A estrada estava escorregadia e o onibus comecou a derrapar. Por segurança interrompemos a viagem pois a estrada é a beira de abismo.
Orem por todos nós. Vamos ter que dormir no ônibus e só podemos descer se parar de chover e secar o chão.
Mas Deus é tão maravilhoso que o que pensávamos que era uma tragédia se tornou uma bênção.
Estávamos sem água e tentamos pegar agua da chuva.
Mas como Deus é lindo, há uns 50m para cima pegamos água cristalina das montanhas!
Aí há uns 50m pra baixo uma casa ofereceu fazer água quente pra fazermos noodles que trouxeram da vila que viemos.
Acabamos de comer noodles e ovo cozido. Aleluia!!!
Sem falar que estamos nos conhecendo bem melhor! Está sendo muito bom esse tempo de comunhão :)
Deus tem as formas dEle de trabalhar!!!
Unidos pelo Reino''
''310 pessoas foram atendidas no 1o. vilarejo. Muitas com ferimentos que deveriam ter recebido pontos, estavam infeccionados como na foto da mão de uma mulher que mandamos ontem.
A noite tivemos uma surpresa. Um senhorzinho de 90 anos, corcunda, pele e osso e usando uma bengala, andou muito para vir até nós buscando atendimento. Depois de atendido pediu para que fossemos a casa dele pois tinha uma esposa cega e precisava ser atendida também.

O médico indiano se ofereceu a ir com um enfermeiro Nepalese e o Robson para registrar. Pedi para um outro rapaz da equipe que fala a língua local para ir com eles e verificar se nas casas vizinhas havia alguém que também precisavam de ajuda médica.

Voltaram depois de 2h felizes da vida. ''Valeu a pena!'' dizia o médico. Caminharam até os pacientes sem condições e atenderam 12 pessoas.
Depois de uma noite difícil e chuvosa, partimos para o nosso próximo destino. Fizemos o percurso a pé pois estava muito arriscado para vir todos dentro do ônibus, parte da estrada comprometida com pedras enormes que rolaram da montanha e também, pela erosão.
Hoje e amanhã estamos em Malukhola no district de Dolakha.
As casas foram destruídas como podem ver nas fotos. A equipe montou a clínica debaixo de uma lona pois não encontramos lugar seguro para trabalhar.
O médico indiano não está passando bem hoje.
Obrigado pelas orações. Continuem firmes em oração para que nós possamos continuar firmes.

Estão sem energia elétrica no local."


Nossa equipe: 7 nações - Brazil. India. Indonesia. Vietnam. Butão. Nepal. Africa do Sul:

OREM! CONTRIBUAM! PARTICIPEM! no socorro aos desesperados levando esperança.

Banco BRADESCO,
Ag: 2036-2 C/C 28.738-5 – final 0,11 centavos
Associação Missão Esperança AME – CNPJ 05.066.986/0001-16

DESEJAM SER SOCORRISTA?
PARTICIPEM DO TREINAMENTO DE SOCORRO EMERGENCIAL A SER DADO EM MARINGÁ NOS DIAS 4–7/JUNHO.
NÃO PERCA, SERÁ O ÚNICO DO ANO.
É REQUISITO FUNDAMENTAL PARA PARTICIPAR NAS EQUIPES DE AJUDA EM CATÁSTROFES.

segunda-feira, 11 de maio de 2015

PARABÉNS, IRMÃO ANDRÉ, O CONTRABANDISTA DE DEUS.

Feliz aniversário, Irmão André!

O holandês Anne van der Bijl, mais conhecido como Irmão André, foi responsável pelos primeiros contrabandos de Bíblias para países da União Soviética e os primeiros passos da atuação da Portas Abertas, presente hoje em mais 60 países, servindo cristãos perseguidos




“Não somos membros de uma religião; nosso papel é tomar nossa cruz e seguir a Jesus. Segui-lo para onde for, até mesmo dentro do mundo muçulmano ou ao lado de terroristas. Jesus Cristo veio do céu para viver entre nós e morreu por nós. Mas ele morreu também pelos muçulmanos. Deus também quer que eles conheçam Jesus. Vivemos numa situação terrível de conflito hoje. Tudo o que a televisão nos mostra é guerra, violência e terrorismo. Cristo é a única solução. Por isso nós, o Corpo de Cristo, não podemos retroceder, nos intimidar ou desistir. Jesus entregou a vida dele por você. Você está pronto para entregar sua vida para Jesus?”
O trecho acima foi retirado do livro Lições de Perseverança, escrito pelo Irmão André. A força e o peso das palavras refletem o espírito e a postura do autor ao longo destes anos: um olhar de amor e compaixão por aqueles que ainda não conhecem a paz sobrenatural daqueles que entregaram sua vida para Jesus; e uma vida de dedicação e serviço aos cristãos que enfrentam perseguição por sua fé.
Mesmo tantos anos depois de ouvir ao chamado do Senhor por meio do texto escrito em Apocalipse 3.2a: “Esteja atento! Fortaleça o que resta e que estava para morrer”, o Irmão André continua a inspirar mais e mais cristãos a servirem à Igreja Perseguida.
Durante todo esse tempo, Deus tem reunido irmãos ao redor do mundo para dar prosseguimento à caminhada, cujo primeiro passo foi dado pelo Irmão André. Celebre conosco os 87 anos desse servo do Senhor, pedindo a Deus que o mantenha firme, e que nada o abale. Que ele seja sempre dedicado à obra do Senhor, pois nós sabemos que, no Senhor, o trabalho dele e nosso não será inútil (com base em 1 Coríntios 15.58).

O livro "O Contrabandista de Deus", publicado no ano de 1967, foi escrito por John e Elizabeth Sherrill e conta a história de Anne van der Bijl, também conhecido como Irmão André. Nascido em 11 de maior de 1928, Anne é um missionário cristão que ficou famoso por realizar o contrabando de Bíblias para países comunistas, durante a Guerra Fria. 
De origem neerlandesa, ele nasceu nos Países Baixos e durante a sua infância viveu os horrores da guerra numa região dividida entre católicos e protestantes. Apesar de vir de uma família religiosa, Anne só se converteu ao Cristianismona vida adulta, após se alistar ao exército colonial das Índias Orientais Neerlandesas.
O exército no qual se alistou combatia rebeliões na Indonésia e durante os anos de combate, Anne sofreu episódios de estresse emocional profundo, até que sofreu um ferimento no tornozelo, que o afastou de vez dos campos de batalha. Durante o seu período de recuperação, começou a ler uma Bíblia que havia ganhado da mãe, sendo essa a porta de entrada para a sua conversão.
Daí para frente a história segue com uma verdadeira transformação na personalidade e na visão de mundo de van der Bijl. De forma sensível e bastante verdadeira, são relatados todos os eventos que fizeram com que se tornasse um missionário e passasse a ajudar cristãos de países comunistas, como Irmão André.

Irmão André,
Deus recompense com a eternidade todo o seu trabalho e dedicação. Deus multiplique os seus dias e dê força física e saúde para continuar batalhando em prol da Igreja Perseguida. Que a Missão Portas Abertas, como herança que o irmão constituiu na terra, continue a realizar a obra que Deus o escolheu como pioneiro.

quarta-feira, 6 de maio de 2015

SILAS, JOGADOR DE FUTEBOL E MISSIONÁRIO. UM TESTEMUNHO.



Publico o testemunho de Alex Dias Ribeiro (ex-corredor de F1 e fundador dos Atletas de Cristo) sobre o ex-jogador Silas.


SILAS




Por Alex Dias Ribeiro

Eu não tinha a menor idéia do que poderia acontecer quando Johnny Monteiro me convidou para fazer uma palestra para os jogadores do São Paulo FC no início da temporada de 1985. Para minha surpresa, encontrei o time inteiro sentado no auditório do Estádio do Morumbi. Fui recebido pelo técnico Cilinho que me apresentou a um elenco de feras: Oscar, Dario Pereyra, Pita, Müller, Careca, Nelsinho e outros. Dei o testemunho de como Deus tinha dirigido minha carreira do Kart até à Fórmula 1, seguido de uma pequena mensagem. Quando terminamos, Cilinho me convidou para almoçar com o time, fez questão que eu sentasse em sua mesa e me apresentou pessoalmente cada um de seus pupilos, chamados de “Menudos do Morumbi”. Foi aí que descobri que, entre tantas feras, havia muitos que já jogavam no time de Cristo: Márcio Araújo, Abelha, Müller, Silas e outros. Logo iniciamos um grupo de Atletas de Cristo na casa do Rodolfo Fraga. Mais de 100 pessoas apareciam nas reuniões, atraídas pela fama dos atletas. Daí, nos tocamos da necessidade de um pequeno grupo de discipulado, só para os atletas e suas esposas. Durante dois anos nos reunimos toda semana em minha casa. Foi um tempo muito legal em que crescemos muito no conhecimento de Deus. De todos os atletas com quem já trabalhei, o Silas foi o que mais alegrias me deu porque sempre colocou em prática tudo que aprendemos juntos na Palavra de Deus (a Bíblia). Tranqüilo e corajoso dentro e fora de campo, Silas nunca pipocou na hora de compartilhar sua fé e anunciar o Evangelho em qualquer situação. Seu comportamento e sua ética cristã sempre endossaram sua pregação. Entre outras aventuras, ele contrabandeou Bíblias para a Rússia durante o Campeonato Mundial de Juniores em que foi eleito o melhor jogador do torneio em 1985. Foi o primeiro atleta de Cristo a disputar uma Copa do Mundo, no México em 1986. Em Interlagos sentou no banco do passageiro de um XR3 envenenado que eu tinha para umas voltas em alta velocidade. Ao contrário dos outros passageiros que quase morriam de medo, Silas começou a cantar: - Quem é salvo e tem certeza bate o pé, tum, tum, tum!, e dava risada batendo com o pé no assoalho do carro enquanto eu arrepiava os pneus nas curvas. Dono de um grande senso de humor, jamais o vi reclamando da vida, muito pelo contrário. Ficou sete meses sem jogar por causa de uma série de contusões, mas não perdeu tempo: aceitou todos os convites para falar em igrejas, clubes ou qualquer lugar onde ele pudesse compartilhar as coisas que Deus fez em sua vida.
Certa vez, perdeu a cabeça em um jogo em Curitiba, revidando uma jogada violenta. Era lance para cartão vermelho. O juiz viu tudo e mesmo assim não o expulsou. Talvez tenha considerado seu caráter e sua boa ficha. Envergonhado, Silas desculpou-se com o adversário antes do fim do jogo. Uma pesquisa de opinião pública realizada no início de 1987 revelou Silas como o cristão mais conhecido e respeitado do país naquela época. Por isso, foi o escolhido para trabalhar gratuitamente como garoto propaganda na campanha de lançamento do livro “Força para Viver”. 3.000.000 de livros foram distribuídos pela Fundação Arthur de Moss e 600.000 pessoas escreveram indicando que receberam Jesus Cristo como seu Salvador depois de lerem o livro, que acabou conhecido como “o livro do Silas”.
Na Copa de 1990, o técnico Sebastião Lazaroni abriu espaço para uma preleção sobre a influência de Deus na união e no desenvolvimento do espírito de equipe. A única condição era que a mensagem só poderia ser apresentada por um dos jogadores. Com medo de serem ridicularizados na frente do grupo, pelas gracinhas de Renato Gaúcho, ninguém quis encarar o desafio. Com muita naturalidade, Silas foi lá e apresentou a palestra que eu havia preparado. Saiu aplaudido pelo grupo inteiro. Ao se tornar um craque internacional, ele foi jogar em outros países e eu pude visitá-lo e constatar que, por onde andou, Silas deixou sua marca e deu bons frutos. Em Lisboa, um pastor me contou emocionado: - “O que o Silas fez pelo progresso de Evangelho em Portugal em um ano, nós pastores, juntos não conseguiríamos realizar em 10 anos.” Na Itália, ele foi um referencial tanto no modesto Cesena quanto no Sampdoria, campeão italiano daquele ano.
Na Argentina, fundou 10 grupos locais de Atletas de Cristo; apresentou durante anos um programa de TV de audiência nacional chamado La Gran Jugada e discursou no Parlamento argentino. Eu vi o estádio do Velez Sarsfield lotado cantar seu nome em coro e o trânsito parar em Buenos Aires para os fãs pedirem autógrafos a um simples garoto de Campinas, que foi o único jogador brasileiro a tornar-se ídolo da torcida na terra de Maradona. No Japão, passei uma semana hospedado em sua casa, em 1999, e vi de perto o bom marido e bom pai que Silas se tornou. Enquanto jogava no Purple Sanga, em Kioto, ele liderava uma reunião semanal em sua casa e, juntos, andamos em alta velocidade no circuito de Suzuka a bordo do Medical Car da FIA. Nesse dia, Silas orou por um dos pilotos de F1 momentos antes da largada para o GP do Japão. O que mais me impressionou em toda sua carreira é que Silas nunca perdeu a visão de multiplicar, no mundo da bola, todos os talentos que Deus lhe confiou, ao invés de enterrá-los dentro de uma paróquia, como é costume de muitos.
Agora, chegou o tempo de Silas pendurar as chuteiras. Não veremos mais em campo seu futebol eficiente. Mas tenho certeza que fora das quatro linhas Silas será ainda mais útil para os interesses do Reino de Deus. Sai Silas e fica a pergunta: Quem irá ocupar o seu espaço nos campos de futebol?

Alex Dias Ribeiro