segunda-feira, 31 de agosto de 2015

40 DIAS DE ORAÇÃO PELA IGREJA PERSEGUIDA. DIA 11 - ARÁBIA SAUDITA

Arábia Saudita
Pela primeira vez na história da Classificação da Perseguição Religiosa, publicada desde 1993, a Arábia Saudita não está entre os 10 países que mais perseguem cristãos no mundo. O motivo é que outros países receberam mais pontos, puxando a classificação saudita para baixo. Apesar da baixa pontuação, a situação do cristão no país continua séria e o extremismo islâmico tem feito diversas vítimas ao longo dos anos.

A Arábia Saudita é definida pelo extremismo islâmico, advindo do wahhabismo (uma interpretação estrita da doutrina muçulmana, discidente do islamismo sunita). É proibido praticar abertamente outras religiões. O Estado controla as cidades sagradas de Meca e Medina, respectivamente locais de nascimento e da sepultura de Maomé, profeta do islamismo. 

Terreno fértil para o radicalismo islâmico, o país apresenta grandes taxas de desemprego e descontentamento dos mais jovens, incluindo um abismo crescente entre ricos e pobres.  O Sistema legal da Arábia Saudita é baseado na lei islâmica (Sharia). A apostasia - conversão à outra religião - é punível com a morte se o acusado não se retratar.

Sem muito resultado, o governo saudita tenta combater o terrorismo islâmico em nível nacional, porque reconhece o sistema como uma ameaça ao poder da família real.  No entanto, o financiamento da Arábia ao terrorismo islâmico fora do país, é uma das principais fontes do terrorismo sunita no mundo, por exemplo, no Iraque e na Síria. 

Restrições ao Cristianismo

As restrições do governo sobre a liberdade religiosa, em geral, são muito elevadas na Arábia Saudita e as discrepâncias sociais às que os cristãos são submetidos são desproporcionais às outras minorias atuantes no país. Relatórios da Pew Forum apresentam a Arábia como um dos 18 países em que o diálogo para a liberdade de religião é inexistente e não há disposição nem do governo e nem dos legisladores para caminhar no sentido de liberdade de expressão, religião ou culto no país. Isso significa que sentimentos antirreligiosos estão fortemente presentes na maior parte da sociedade. E não apenas os cristãos sofrem com essa violação dos direitos religiosos e de culto, mas também os muçulmanos (xiitas em maior parte), judeus, budistas e hindus.

Última atualização em 7/1/2015


domingo, 30 de agosto de 2015

40 DIAS DE ORAÇÃO PELA IGREJA PERSEGUIDA. DIA 10 - MALDIVAS


Maldivas
Nas Maldivas, todos os cidadãos devem ser muçulmanos e qualquer outra religião é proibida. Os cristãos são discriminados pelo governo e pela sociedade. Não é permitido construir igrejas ou importar materiais religiosos
Apesar de ter caído do 7º para o 11º lugar na Classificação da Perseguição Religiosa em 2015, nada mudou substancialmente para a pequena comunidade cristã no país, tanto para o grupo de expatriados, como para os cristãos nativos. Pelo contrário, o discurso islâmico de opressão continua em ascensão. Os maldivos que se convertem ao cristianismo perdem a sua cidadania. Ser um cidadão maldivo significa ser muçulmano. Então, oficialmente, não existem cristãos maldivos, apenas cristãos expatriados.
O Estado se considera um protetor do Islã e a lei proíbe a conversão para outras crenças; aqueles que assim agem perdem sua cidadania. Há um extenso controle social sobre todos os indivíduos e comunidades. Consequentemente, não há reuniões em igreja ou prédios, e os poucos cristãos maldivos escondem sua fé com medo de ser descobertos. A perseguição por parte da família e da comunidade ainda é muito grande.
Porém o nível de violência física não é alto. Sabendo das consequências de ser seguidora de Cristo, a Igreja maldiva se reúne de forma subterrânea. A pressão, psicológica e moral, é praticada dentro de casa e na comunidade de forma tão eficaz, que nenhuma outra violência se faz necessária para parar o crescimento da comunidade cristã. Alguns cristãos secretos que foram descobertos tiveram de fugir para o exterior.
O governo atual reiterou seu papel como protetor e defensor do Islã e dos valores islâmicos.
“’Jesus, dê-me forças para suportar tudo em seu nome’. Essa é minha oração diária. E por que não devo estar feliz? Eu encontrei a paz por meio de Jesus Cristo. Ele é real e eu acredito nele”, diz um cristão secreto maldivo.

Última atualização em 7/1/2015



sábado, 29 de agosto de 2015

40 DIAS DE ORAÇÃO PELA IGREJA PERSEGUIDA. DIA 9 - NIGÉRIA




Nigéria
O ano de 2014 foi marcado pelos ataques do grupo islâmico radical Boko Haram em seu objetivo de estabelecer a Sharia (lei islâmica) na Nigéria. Notícias de investidas contra as igrejas e casas de cristãos, o sequestro de meninas de uma escola em Chibok e a morte de centenas e centenas de fiéis unicamente por sua fé em Jesus apareceram praticamente todos os meses do ano. Dos cerca de 165 milhões de habitantes do país, mais de 80 milhões são cristãos.
Entretanto, a violência de grupos terroristas islâmicos não é a única forma de perseguição. O governo local e grupos sociais quase não deixam espaço para que os cristãos pratiquem sua fé em liberdade. Muitos vilarejos cristãos têm acesso negado a instalações básicas como poços artesianos e escolas.
O clima de insegurança tem se intensificado. Constitucionalmente, a Nigéria é um Estado laico com liberdade religiosa. Embora exista liberdade para evangelizar, há uma forte oposição dos muçulmanos contra os cristãos que procuram praticar este ministério.

"Na Bíblia, Deus diz que pode conversar com as pessoas, mesmo em seus sonhos. Eu oro para que esses homens encontrem a Deus, sejam perdoados e parem de fazer o que estão fazendo”, jovem cristã nigeriana.

Última atualização em 7/1/2015




sexta-feira, 28 de agosto de 2015

40 DIAS DE ORAÇÃO PELA IGREJA PERSEGUIDA. DIA 08 - ERITREIA






Eritreia
A população da Eritreia é dividida em 40% de cristãos e 60% de muçulmanos. Lá, existem três vertentes do cristianismo: igrejas históricas registradas, ex-muçulmanos e os cristãos independentes. A hostilidade das autoridades locais chegou ao ponto de um funcionário do governo declarar certa vez, em público, que há três inimigos que precisam ser erradicados do país: o vírus da Aids (HIV), o regime da Etiópia e os cristãos independentes. 

Há um sério potencial para o extremismo islâmico. Desde maio de 2002, todas as igrejas evangélicas estão fechadas e precisam de autorização para funcionar. Para o governo, todos os grupos cristãos que não pertençam às igrejas oficiais não podem funcionar de maneira nenhuma. 

A perseguição àqueles que se reúnem ou exercem qualquer outra atividade religiosa sem autorização já causou a prisão de mais de dois mil cristãos. Atualmente, cerca de 1.500 cristãos estão presos por causa de sua fé. Muitos são mantidos em contêineres de metal, onde a temperatura pode chegar a 50 graus Celsius. 

Em 2014, a Portas Abertas recebeu a visita da cantora eritreia Helen Berhane, cristã que esteve presa em um contêiner de metal, na prisão militar de Mai Serwa, por não negar sua fé em Jesus. Após dois anos e meio de prisão, ela foi terrivelmente espancada até ser dada como morta. Depois de uma recuperação milagrosa, ela conseguiu sair do país e hoje vive na Dinamarca, onde recebeu asilo político. Helen denunciou a pressão que os cristãos sofrem na Eritreia e toda a perseguição à qual são submetidos. 

“Logo que me trouxeram preso, pensei que o diabo havia prevalecido sobre a Igreja e sobre mim. Mas não levou sequer um dia para que o Senhor me mostrasse que ele é um Deus soberano e que controla todas as coisas, inclusive aqui na prisão”, pastor eritreu.

Última atualização em 7/1/2015



quinta-feira, 27 de agosto de 2015

40 DIAS DE ORAÇÃO PELA IGREJA PERSEGUIDA. DIA 07 - PAQUISTÃO





Paquistão
Ao longo de 2014, a Portas Abertas e agências de notícias ao redor do mundo noticiaram uma série de ataques contra cristãos no Paquistão. Atualizações do caso de Asia Bibi, a primeira mulher a ser condenada à morte no país, repercutiu na mídia internacional e chamou a atenção para os abusos da lei de blasfêmia, aplicada com frequência.

Em outubro de 2014, a Portas Abertas divulgou que a lei de blasfêmia é o principal mecanismo de perseguição no Paquistão. Grupos extremistas incitam o ódio contra os cristãos, resultando em prisões, agressões, sequestros, estupros e ataques a casas e igrejas.
A Constituição estabelece o islamismo como a religião do Estado, declarando também que as minorias religiosas devem ter condições para professar e praticar sua religião em segurança. Apesar disso, o governo limita a liberdade religiosa.

A comunidade cristã local vive no meio do fogo cruzado entre organizações militantes islâmicas, que alvejam cristãos rotineiramente, e uma cultura islamizada que mantém os cristãos isolados do restante da população. Mulheres de grupos minoritários são particularmente vulneráveis, e ataques sexuais contra meninas cristãs continuam a ocorrer.

Em setembro de 2014, completou um ano do histórico ataque à bomba em uma igreja em Peshawar que deixou 89 mortos. Mais recentemente, em novembro de 2014, um casal foi agredido até a morte, acusado de blasfêmia. Em dezembro do mesmo ano, militantes do Talibã invadiram uma escola e mataram pelo menos 145 pessoas. Muitos outros casos como esses acontecem.

"Nada vai impedir que o evangelho alcance as pessoas. Mesmo que nos ataquem, temos um compromisso firmado com Cristo Jesus”, líder cristão paquistanês.

Última atualização em 7/1/2015




quarta-feira, 26 de agosto de 2015

40 DIAS DE ORAÇÃO PELA IGREJA PERSEGUIDA. DIA 06 - IRÃ






Irã
O Irã é uma das mais antigas nações do mundo. Anteriormente conhecido como Pérsia e antes ainda como Elam, aparece no Antigo Testamento: Daniel foi conselheiro de diversos reis persas – incluindo Dario e Ciro; Ester foi rainha da Pérsia e Neemias serviu como copeiro do rei. De acordo com o Novo Testamento, entre os primeiros cristãos havia iranianos (partos, medos e elamitas). O cristianismo era forte no Irã e muitos missionários iranianos foram enviados a outros países. Após a chegada do islamismo no século VII, a situação dos cristãos no país piorou bastante.
Com a Revolução Islâmica, em 1979, a situação da Igreja mudou drasticamente, resultando na queda do número de cristãos nas igrejas oficiais, principalmente por causa da emigração para outros países. As igrejas oficiais são proibidas de pregar em farsi, a língua oficial do país, e muitas delas têm as reuniões monitoradas pela polícia secreta. Cristãos ativos sofrem pressão: são interrogados, detidos e, às vezes, presos e agredidos. Pelo menos 60 cristãos estão presos por causa de sua fé.
Os cristãos relatam violência física, ameaças e discriminação por causa de sua fé. Muitos cultos têm sido monitorados pela polícia secreta.
Casos mais críticos envolvem até a execução. Muçulmanos convertidos ao cristianismo são considerados apóstatas e rotineiramente interrogados e espancados. Além da violência exercida pelas autoridades, ex-muçulmanos são também oprimidos pela sociedade. Eles têm dificuldade em encontrar e manter um emprego, pois são demitidos quando se descobre que agora seguem a Cristo. Aqueles que começam um negócio próprio têm problemas em fazer clientela. Para esses cristãos, é muito difícil sustentar suas próprias famílias. Mesmo assim, há notícias de que os filhos de líderes políticos e espirituais estão trocando o islamismo pelo cristianismo.
As igrejas oficiais (registradas no governo) têm cerca de 150 mil membros. A maior parte deles é de origem armênia ortodoxa, mas há também alguns milhares de protestantes e católicos romanos, quase todos de famílias cristãs. É difícil dizer exatamente a quantidade de membros de igrejas clandestinas, mas estima-se que há pelo menos 300 mil cristãos secretos, a maior parte de ex-muçulmanos convertidos.  
"Em poucas palavras, há uma tentativa sistemática de privar as igrejas de membresia, literatura, treinamento e desenvolvimento de liderança, comunhão com outros cristãos ao redor do mundo, e o direito à liberdade de religião, garantido por alianças internacionais das quais o Irã é signatário", diz um profissional que atua na defesa dos direitos humanos no Irã.

Última atualização em 7/1/2015


domingo, 23 de agosto de 2015

40 DIAS DE ORAÇÃO PELA IGREJA PERSEGUIDA. DIA 05 - SUDÃO

Sudão
Em 2014, o governo do Sudão foi alvo de críticas e forte repressão por parte da mídia internacional e de grupos ligados à defesa dos direitos humanos, devido ao caso da cristã Meriam Ibrahim, condenada à forca em 15 de maio, por sua fé. Meriam, criada como cristã, era filha de um muçulmano que abandonou sua esposa quando ela ainda era criança. Ela foi condenada pela lei islâmica, que proíbe a conversão para outra religião, depois de ter-se casado com um cristão e de já terem um filho de 20 meses. Meriam, que estava grávida, foi obrigada a dar à luz na prisão, mas mais tarde teve sua pena de morte anulada por um tribunal de recurso, graças à pressão internacional.
Cristãos sudaneses enfrentam muitas ameaças por parte da sociedade, majoritariamente islâmica, e do governo. Líderes das igrejas afirmam que o Estado está endurecendo ainda mais o controle sobre os templos e reuniões de oração e alegam que há um desejo das autoridades de eliminar o cristianismo do país.
O Sudão é uma nação assolada pela pobreza. Quando o território foi separado, em julho de 2011, em Sudão e Sudão do Sul, muitos cristãos mudaram-se para o Sudão do Sul, de maioria cristã e mais rico em reserva de petróleo e recursos naturais que o Sudão, de maioria muçulmana, que sempre lutou pela dominação do território sudanês, defendendo a implantação da sharia (lei islâmica). A soma total de mortos no conflito – encerrado com um acordo de paz entre ambos os Estados – foi de aproximadamente dois milhões de pessoas.
Os líderes do regime sudanês são, em sua maioria, islâmicos radicais e o Partido do Congresso Nacional, que governa o país, tem a intenção de aumentar a agenda islâmica. Incidentes contra os cristãos incluem assassinatos relacionados à fé, danos a propriedades e casamentos forçados, assim como prisões, deportações e invasões a escritórios de igrejas. Cristãos de origem muçulmana sofrem em particular, como o caso da própria família de um ex-muçulmano, que incendiou sua casa quando descobriu que ele se convertera a Cristo.
"Eu sabia que Deus iria me ajudar, que Deus sabia que eu era uma vítima da injustiça. É o meu direito praticar a religião que eu escolher”, disse Meriam Ibrahim.
Última atualização em 22/1/2015 







sábado, 22 de agosto de 2015

40 DIAS DE ORAÇÃO PELA IGREJA PERSEGUIDA. DIA 4 - AFEGANISTÃO


Afeganistão






A Constituição afegã afirma que o islamismo é a religião oficial do país, mas os seguidores de outras religiões têm o direito de professar sua fé e praticar seus ritos e cultos abertamente, desde que dentro dos limites impostos pela lei islâmica (Sharia). O cristianismo ainda é considerado uma religião ocidental e visto como algo hostil à cultura afegã, à sociedade e ao islã.

Não existem templos oficiais de igrejas; os cristãos não podem se reunir em público, nem mesmo os expatriados; os cristãos convertidos mantêm sua fé em segredo, uma vez que quem compartilha sobre sua fé enfrenta violência e ameaças de morte.

Cidadãos do sexo masculino (com idade acima de 18 anos) e do sexo feminino (acima de 16 anos) – de mente sã, que tenham se convertido a outra religião que não o islã – têm até três dias para se retratarem de sua conversão, ou estarão sujeitos à morte por apedrejamento, à privação de todos os bens e posses e à anulação de seu casamento. O mesmo acontece quando o indivíduo é acusado do crime de blasfêmia. A conversão de um muçulmano a outra religião é considerada apostasia, sendo punível com a morte em algumas interpretações da lei islâmica no país.

Mesmo assim, muitos cristãos permanecem firmes em meio à forte perseguição e, apesar de todos os perigos, o cristianismo continua a crescer.

"Eu não posso negar o nome do meu Salvador. A minha vida está a serviço apenas de Jesus Cristo, e se eu morrer irei para o céu, que é onde ele está. Estou 100% pronto para morrer”, diz um cristão afegão.
Última atualização em 22/1/2015


sexta-feira, 21 de agosto de 2015

40 DIAS DE ORAÇÃO PELA IGREJA PERSEGUIDA. DIA 3 - SÍRIA


                    DIA 3                                               SÍRIA (4º)                                                             




Síria

Nos últimos três anos, a Síria ganhou destaque no noticiário internacional devido à guerra civil que assolou o país e foi responsável por mais de 190 mil vítimas fatais, além de milhares de desabrigados e refugiados.

O cenário é quase de cidades-fantasmas. Muitos cristãos perderam propriedades, empregos e entes queridos, alguns devido aos constantes bombardeios, outros, ao caráter religioso que a guerra tomou. O povo está com medo. Acontecem tiroteios e bombardeios 24 horas por dia. Há pessoas que, por medo das explosões, não dormem mais na cama; dormem no corredor da casa, que é o local mais protegido. Assim como acontece no Iraque, na Síria o extremismo islâmico é responsável pela perseguição severa à qual os cristãos são submetidos diariamente.

A oposição síria está se ‘islamizando’ de forma crescente e os cristãos tornaram-se mais vulneráveis em todas as esferas da vida. Fontes locais relatam que muitos deles foram raptados, feridos ou mortos e muitas igrejas foram danificadas e destruídas. Além disso, o grupo radical Estado Islâmico, sediado no país, tem executado categoricamente todo aquele que não se submete ao islamismo, com o objetivo de formar um Califado sob a lei islâmica (Sharia). 

Além disso, ex-muçulmanos sofrem com a desconfiança provocada pela polícia secreta. Eles têm medo de contar sua história às pessoas, mesmo aos amigos. E a Igreja, por sua vez, tem medo de receber esses convertidos, pois desconfia de que possam ser agentes do governo disfarçados – o que não é impossível de acontecer.

Mesmo diante de todo esse contexto, há cristãos firmes em seu propósito de servir ao Senhor.

“A oração é a melhor arma que temos”, diz uma cristã síria.

Última atualização em 22/1/2015

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

40 DIAS DE ORAÇÃO PELA IGREJA PERSEGUIDA - DIA 02 - IRAQUE









Iraque

Em 2014, a liberdade religiosa se deteriorou seriamente para os cristãos sob a influência do estabelecimento de um califado pelo Estado Islâmico (EI), em grande parte do Iraque. Uma de suas metas é esvaziar o país de cristãos.

Prova disso é que, nos últimos meses, milhares de cristãos têm sido forçados a abandonar suas casas somente com a roupa do corpo; a maioria fugiu, principalmente de Mosul, como resultado da violência que se estendeu por essa e muitas outras cidades. Além disso, cristãos de origem muçulmana frequentemente enfrentam oposição não apenas dos extremistas, como também de suas famílias e comunidades (a lei iraquiana afirma que cada cristã nascida no país, mesmo em uma família cristã, sob contexto muçulmano, deve ser registrada como muçulmana).

Desde 1994, a Portas Abertas está no Iraque, servindo esses irmãos. E, hoje, o trabalho é ainda mais urgente e intenso. Cristãos refugiados precisam de auxílio para prosseguir a vida e sustentar sua família onde estão. Os poucos que permaneceram precisam de abrigo, alimento, água e remédios.

Em 2003, havia mais de um milhão de cristãos no Iraque. Hoje, restam menos de 350 mil por causa dos ataques contra a Igreja.

“Eu sonho com o dia em que todos os cristãos voltem para o Iraque, encontrem todas as igrejas abertas e vivam em paz”, diz um cristão refugiado no Curdistão.


Última atualização em 22/1/2015

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

40 DIAS DE ORAÇÃO PELA IGREJA PERSEGUIDA

A PARTIR DE HOJE, ESTAMOS DIVULGANDO A CAMPANHA DE ORAÇÃO, POR INICIATIVA DE PORTAS ABERTAS, 40 DIAS DE ORAÇÃO PELA IGREJA PERSEGUIDA.

A CADA DIA VOCÊ TERÁ UMA MENSAGEM, UM TESTEMUNHO RELATIVO AOS CRISTÃOS PERSEGUIDOS EM DIVERSOS PAÍSES.

JUNTE-SE A NÓS EM ORAÇÃO.









Somália
No segundo país mais opressor dos cristãos, o luto e a dor da perda estão presentes em muitas casas. Há um forte movimento para limpar o cristianismo do país, encabeçado, principalmente, pelo grupo militante islâmico Al-Shabaab, que ataca os cristãos e as comunidades locais. Pais e filhos são mortos unicamente por se identificarem como seguidores de Jesus. Para os somalis, quem abandona a fé islâmica para converter-se ao cristianismo é infiel e merece morrer.

Líderes islâmicos e funcionários do governo reforçam publicamente que não há espaço para cristãos na Somália. Por um longo período, a falta de leis no país abriu espaço para o crescimento do extremismo religioso. Somente em 2012 o povo elegeu seu primeiro presidente, após mais de 20 anos sem um governo central.

A pressão sobre a minúscula comunidade cristã tem aumentado significativamente. Os poucos cristãos – uma soma de aproximadamente mil praticantes em uma população de mais de nove milhões de pessoas – são fortemente perseguidos e devem praticar sua fé em segredo. Alguns foram, inclusive, forçados a fugir para viver em outros países. 

Apesar da forte perseguição, muitos cristãos, mesmo que secretamente, têm guardado sua fé em Cristo e não desistem de segui-lo.

"Sabemos que qualquer um que seja suspeito de ser cristão será torturado e morto, então oramos secretamente. Temos orado ao lado de muçulmanos, de noite ou de dia. Apesar de todo o cuidado, muitos de nossos amigos foram mortos. Vivemos com medo!", diz um cristão somali.
Última atualização em 21/1/2015





Divulgação Autorizada por Portas Abertas. 

terça-feira, 4 de agosto de 2015

AMA MISSÕES? A RESPONSABILIDADE DO PASTOR (Miss. Kelem Gaspar)

Ama missões?

A responsabilidade do Pastor

A igreja só será despertada para a obra missionária, através do seu próprio pastor, pois é para ele que todos os olhos estão voltados e é dele que se esperam todas as decisões relacionadas à obra missionária.
Tenho conhecido pastores altamente comprometidos com a causa missionária, capazes dos maiores sacrifícios pessoais para que a obra avance. Um deles abriu mão do seu aumento de salário e repassou o reajuste ao qual teria direito para os missionários mantidos por sua igreja. Outro adota missionários até de outras denominações simplesmente pelo prazer de ver a obra crescendo. Os exemplos que eu conheço pessoalmente não são muitos, mas são poderosos. Pastores que estão realmente preocupados com a maneira que se apresentarão diante de Deus.
O pastor que simplesmente nomeia um secretário de missões e não se envolve, não participa, não oferta pessoalmente, não colabora, não pode desejar ser levado a sério. A igreja sempre seguirá seu líder. Para o bem e para o mal.
O pastor tem a obrigação e o privilégio de fazer Cristo conhecido em todo o mundo através dos esforços de sua congregação, independente de serem bem sucedidos, ricos ou influentes, cada um tem um quinhão de responsabilidade diante do mundo que geme em agonia e, somente se cada um fizer a sua parte concluiremos a grande tarefa entregue a nós na grande comissão. Ouso afirmar que o pastor da mais pequenina igreja das densas selvas amazônicas pode influenciar o mundo colocando-se à disposição de Deus para esse fim. 


Em uma convenção, ouvi um pastor afirmar que a liderança precisa examinar sua visão para ver em qual categoria ela se enquadra, segundo ele o pastor pode ter:
Uma visão de púlpito: só enxerga até onde seus olhos podem alcançar, seu olhar alcança o último banco de sua congregação. Se a frequência está boa, se estão todos lá, para ele está tudo bem, não há necessidade de ir além. Esse obreiro sente que tem o que precisa.
Uma visão de torre: O Obreiro enxerga apenas, o bairro onde sua igreja está inserida, investe e apoia trabalhos evangelísticos, cultos públicos e cruzadas, desde que os recém convertidos passem a congregar em sua igreja e sejam incorporados ao seu rol de membros.
Uma visão de helicóptero: seu olhar alcança até as divisas de seu estado, investe em trabalhos que ele conhece e pode visitar pessoalmente quando quiser, é até solidário com campos menores e com pastores menos favorecidos, mas, não vai além a seu compromisso.
Uma visão de satélite: essa é a visão de Cristo, uma visão que desconhece fronteiras, divisas, cortinas e obstáculos. O pastor, o qual tem a visão de satélite sabe que a ordem de Deus é universal e investe em sua igreja, em seu bairro, em seu estado, em seu país e além, em lugares que talvez jamais conheça pessoalmente, mas também fazem parte do projeto de Deus.
É por essa visão que devemos clamar, por uma visão não comercial, uma visão que não pergunta quanto irei ganhar com isso, não visa crescimento pessoal ou financeiro, mas objetiva o crescimento do reino de Deus, luta para que almas sejam resgatadas do inferno e não para simplesmente aumentar o número de dizimistas locais.
Certa vez conheci um pastor que havia sido severamente chamado à atenção porque foi fazer compras em um município vizinho e lá foi informado acerca de uma mulher terrivelmente endemoniada há três dias e de que todos os esforços para liberta-la haviam sido infrutíferos, então, tomado de amor e compaixão, dirigiu-se a humilde residência e expulsou o demônio, pregou o Evangelho e orou pela família, que então se decidiu por Cristo. Qual foi sua surpresa, ao retornar ao seu município e receber a visita do pastor vizinho enfurecido, gritando e exigindo que nunca mais suas “fronteiras” fossem desrespeitadas... Não preciso nem comentar que uma visão como essa não privilegia o reino e é uma afronta o Cristo que morreu pelo mundo inteiro. Parafraseando John Wesley: Pastor, acorda, teu campo é o mundo!
Até que haja esse despertamento, pouco adiantará os esforços dos secretários e líderes de missões. O fogo precisa ser aceso no centro do altar e de lá se espalhar no púlpito, na congregação, no bairro, no estado, no país e no mundo. A igreja local tem as pessoas e o dinheiro necessário para evangelizar o mundo, mas tanto um como outro, só aparecerão à medida que o pastor demonstrar interesse e amor pela obra missionária.
O banco segue o púlpito. O banco imita o púlpito. O coração da igreja será alcançado à medida que o coração do seu líder deixar-se alcançar. A responsabilidade do pastor é enorme, porque ele pode ser tanto o facilitador como também, o maior impedimento à obra missionária mundial. Se existem hoje igrejas no Brasil que não oram, não investem e não se interessam por missões é porque seus próprios líderes ainda não estão cumprindo o ide de Cristo.
Todos, sem exceção, precisam entender o quanto a obra missionária deve ser um assunto presente no dia a dia da igreja, não podendo ser reduzida a um departamento, não é “trabalho” de meia dúzia de pessoas, e nem é opcional.
Missões é uma guerra e não é possível ficar neutro. Quem não ama, não ora, não incentiva e não contribui, já escolheu um lado. O pior lado.
Uma das deficiências que tenho notado é a falta de informações e dados confiáveis sobre missões, geralmente, quando estou ministrando seminários sobre esse assunto, as pessoas se surpreendem com as informações apresentadas e muitos tem me procurado nos intervalos para comentar que não tinham ideia do que estava acontecendo no Brasil e no mundo no aspecto missionário e todos nós sabemos que sem informação não há oração, sem oração não há despertamento, sem despertamento, não há candidatos e nem recursos financeiros e sem esses dois últimos, não há missão. Uma igreja informada é uma igreja transformada. A ignorância nesses assuntos tem sido responsável por boa parte dos nossos fracassos.
Não, não estou exagerando, embora muitos leitores possam achar que sim, devido ao fato de missões está ocupando uma posição secundária e até mesmo sendo totalmente ignorada em algumas igrejas, isso não apaga essas verdades. Nossa liderança não será julgada pela quantidade de templos que construiu, pelo crescimento patrimonial, pela grandeza e alcance de suas realizações, mas serão julgados pelos esforços que fizeram ou deixaram de fazer para que outros fossem libertos das trevas e conduzidos à luz.
Oremos para que nossos líderes vejam o mundo em agonia de um lado, e o amoroso Cristo do lado oposto e vejam a si mesmos como pontes entre ambos. Oremos para que tenham uma clara visão das necessidades do mundo, um forte sentimento de amor e compaixão pelas almas perdidas e um profundo senso de dever que resulte em um esforço real e contínuo em favor dos não alcançados. Para saber que não é suficiente entender e apoiar o trabalho missionário, mas compreender que são a chave para o sucesso ou o fracasso dos projetos missionários adequados às necessidades dessa geração.
Mas, e na prática, o que podemos fazer para compartilhar essa visão com a igreja?
Além de simpósios, conferências, cultos temáticos e seminários, (sempre ministrados por pessoas realmente comprometidas com a causa e jamais por conferencistas internacionais cujo único interesse é dinheiro e fama) proponho que tenhamos um momento de intercessão missionária em todas as nossas reuniões e não em um único culto mensal, que ensinemos sobre missões em nossas classes da escola dominical para despertar as crianças e os adolescentes para a importância do trabalho missionário, que organizemos caravanas para visitar missionários enviados ou adotados pela igreja local, que tenhamos um painel com os endereços dos missionários para que os crentes sejam estimulados a escrever cartas e apoiá-los em seus dilemas e dificuldades, que as cartas ou e-mails dos missionários sejam impressos nos informativos da igreja para que todos tenham acesso às informações e pedidos de oração; que cada departamento tenha seu momento de intercessão por missões e seja desafiado a fazer alguma coisa em favor das famílias missionárias adotadas ou enviadas pela igreja, atitudes simples podem ser de grande importância para quem está longe, como o envio de correspondência, de um jornal local, de livros adequados, de brinquedos para os filhos dos missionários, de remédios etc.
Essas ações servem tanto para confortar o missionário que está longe, como para envolver a igreja em uma atmosfera missionária, a qual certamente criará um clima muito propício para o surgimento de novos candidatos. Evidentemente, para tudo isso ser possível, é necessário que a igreja tenha um departamento de missões funcionando, tenha o apoio total do pastor e que vá além do rotineiro, para que a obra missionária passe a fazer parte do cotidiano de cada crente.
Não esquecendo que, ao tratar de missões, devemos sempre começar com oração, pois só através do Espírito Santo teremos discernimento para evitar erros que poderão trazer enormes prejuízos ao reino.
Alguns cuidados devem ser observados pela igreja que deseja iniciar um movimento missionário: 
Em primeiro lugar, não tenha pressa. Não se preocupe com as pressões externas, a primeira coisa a fazer é iniciar um movimento de oração em sua igreja e em seguida começar a informar sobre a atual situação do mundo sem Cristo, através de filmes, palestras, peças teatrais, cultos temáticos, conferências, tudo o que for possível, para fazer com que a igreja desperte para essa realidade. Quando a igreja tiver mais madura em conhecimento e bem envolvida com a intercessão missionária, estará pronta para adotar um missionário que já esteja em campo, cooperando com sua manutenção e levando os relatórios ao conhecimento da igreja. Naturalmente, durante esse processo, Deus levantará pessoas com real ardor e chamada missionária, que se destacarão na igreja local.
Quando surgir, na igreja, o primeiro candidato para missões em tempo integral, é imprescindível observar se candidato não é novo convertido e se ele tem uma boa base teológica e se ele já possui experiência com algum projeto local para conquistar almas, antes de ser enviado ao campo pela primeira vez. Quando enviamos alguém sem preparo ao campo, causamos muitos prejuízos ao próprio candidato e a obra missionária.
Eu mesma sofri muito e desnecessariamente em muitos aspectos por não ter sido treinada na igreja local. Obreiro sem treinamento muitas vezes, atrasa a obra, volta antes do tempo, não se envolve verdadeiramente e às vezes, coloca tudo a perder. É muito melhor investir no candidato antes de sua saída, do que contabilizar os prejuízos, depois de sua volta.
Trabalho com treinamento de jovens chamados para trabalhar com índios, ribeirinhos e quilombolas, bem como com os mais pobres e menos alcançados da terra, aqui no centro de treinamento transcultural Pakau Oro Mon, onde a candidata passa um ano interna, aprende as disciplinas indispensáveis para quem vai realizar um trabalho dessa natureza. Embora o treinamento adequado não seja sinônimo de sucesso, é indispensável.
Outro ponto importante para ter em mente é que, quando se trata de missões, não devemos ter medo de abrir mão do melhor. Digo isso porque alguns pastores veem a obra missionária como uma maneira de se livrar dos maus obreiros. Lamentável.
Certa vez um pastor me ligou acerca de um casal, o qual queria mandar para o treinamento aqui, depois de termos acertado todos os detalhes, ele deixou escapar a seguinte frase: nem acredito que finalmente vou me livrar desse presbítero, ele é um calo no meu sapato, não aguento mais. Obviamente, acabei com o projeto na hora.

Os candidatos para a obra missionária devem ser bem preparados intelectualmente, espiritualmente, psicologicamente e transculturalmente, além de serem excelentes obreiros na igreja local, partindo do princípio de que se não derem frutos nela, não darão em nenhum outro local do mundo. Jamais mande prá longe quem não é uma benção perto.