sábado, 31 de outubro de 2015

40 DIAS DE ORAÇÃO PELA IGREJA PERSEGUIDA. DIA 37 - INDONÉSIA



Indonésia
A situação em que os cristãos se encontram na Indonésia é diversificada. Enquanto não há muita esperança relacionada com o novo presidente eleito e suas declarações públicas relativas às minorias religiosas, grupos extremistas muçulmanos continuam agindo com violência contra as minorias, especialmente os cristãos, que estão em determinadas regiões do país, em extrema perseguição. Como outros cristãos – que vivem em outras regiões – podem participar e realizar cultos e reuniões livremente, a Indonésia permanece classificada muito abaixo na Classificação da Perseguição Religiosa.
Na maioria dos casos, a perseguição não é impulsionada pelo governo federal, mas por grupos radicais islâmicos que exigem a tomada de medidas contra os cristãos e outras minorias religiosas. As autoridades locais em todo o país tendem a ceder a fim de manter a paz social como os grupos radicais: o Hizb-ut Tahrir Indonésia, a Frente de Defesa Islâmica e a Frente Islâmica.
Estas organizações têm usado interpretações religiosas rigorosas e exclusivas para justificar a aplicação da lei Sharia e da violação dos direitos das minorias religiosas. Alguns desses grupos supostamente contaram com o apoio tácito de políticos e partidos em Jacarta, uma prática que pode continuar. Universidades são conhecidas como focos da radicalização islâmica. Não só os cristãos são afetados por grupos radicais islâmicos, mas grupos minoritários muçulmanos como Ahmadis também.
Além disso, a Indonésia é conhecida por ser um dos países mais corruptos do mundo, apesar de sua posição na lista de Transparência Internacional ter melhorado nos últimos anos. Por conta da falta de vigilância contra a corrupção, os membros da polícia e até mesmo alguns membros dos grupos radicais islâmicos estão supostamente envolvidos no crime organizado. Verdade ou não, as minorias sofrem especialmente nestas circunstâncias, já que tendem a ser excluídas dos sistemas sociais paternalistas e se tornam ainda mais vitimizadas pelo sistema. Isto acontece também com a minoria cristã.
Todos os grupos cristãos estão representados na Indonésia. Os cristãos são encontrados em todas as regiões do país e em algumas províncias até mesmo representam a maioria, como em Papua ou regiões de Sulawesi. Em outras regiões, eles têm de viver sob a Sharia (lei islâmica) ou sob o estatuto social islâmico. A contínua migração de trabalhadores muçulmanos principalmente javaneses representa um desafio para todos cristãos.
Violência contra os cristãos

A violência contra os cristãos permanece em um nível comparativamente elevado e em 2014 mais de trinta igrejas de diferentes denominações foram total ou parcialmente destruídas e fechadas. Com exceção da igreja católica (que pouco sofre com a perseguição religiosa no país) outras igrejas devem ficar fechadas, como a Igreja Yasmin GKI, em Bogor. Apesar de uma decisão da Suprema Corte em 2012, nem o prefeito nem o governo nacional foram capazes ou se dispuseram a fazer valer o direito dos cristãos para prestar culto a Deus. Os cristãos de origem muçulmana, uma vez descobertos, enfrentam o abuso físico e às vezes eles e suas famílias têm de fugir de suas casas, por serem ameaçados de morte ou acusados de proselitismo.
Última atualização em 7/1/2015





sexta-feira, 30 de outubro de 2015

40 DIAS DE ORAÇÃO PELA IGREJA PERSEGUIDA. DIA 36 - AZERBAIJÃO


Azerbaijão

Primeira vez na Classificação

Pela primeira vez na Classificação da Perseguição Religiosa, o Azerbaijão recebe 50 pontos, ficando em 46º lugar. Ele não esteve na classificação anterior, pois só marcou 44 pontos, um a menos do que o 50º Níger.  Em geral, a situação dos cristãos no país continua a ser tão difícil quanto antes, mas este ano a Portas Abertas pode apurar melhor as informações sobre a perseguição, o que representa uma melhor visão sobre a situação do Azerbaijão, o que justifica uma maior pontuação.

Forças de oposição e a imprensa independente estão sob constante pressão das autoridades. A liberdade de imprensa é muito limitada e os jornalistas que se atrevem a falar sobre a corrupção e desemprego elevado se expõem ao perigo real. Alguns deles têm sido presos por criticar o governo. (Oficialmente eles foram acusados de outros crimes).
Em geral, o nível de monitoramento e controle têm aumentado nos últimos anos. O Azerbaijão se esforça para ser um Estado laico. As repartições públicas estão proibidas de expor ou manter em seus espaços, artigos religiosos, como o Alcorão e outros símbolos islâmicos. O Partido Islâmico do Azerbaijão é proibido. O objetivo do governo é manter a estabilidade, por isso tem se preocupado com o potencial aumento do fundamentalismo islâmico. Os grupos religiosos são, portanto, estritamente monitorados.
Discriminação legal aos cristãos

A Constituição do país garante o direito à liberdade de consciência e de religião, mas todas as comunidades religiosas são obrigadas a se registrar. Nos últimos anos, uma série de alterações foi aprovada na Constituição; duas alterações limitam a propagação religiosa. Além disso, o Parlamento aprovou uma emenda de lei sobre a Liberdade de Religião, o que resultou em restrições adicionais para o sistema de registro de grupos religiosos.

Para a minoria cristã, decisões arbitrárias durante o processo dificultam o registro.   Muitas das pequenas igrejas protestantes são oficialmente ilegais, o que restringe suas atividades públicas e a compra e acesso à literatura (Bíblias e outros livros cristãos) o que, em geral, deixa a Igreja cristã no país mais vulnerável ao assédio e à perseguição. Comunidades e cristãs e seus membros são acompanhados de perto pelos serviços secretos, pelo Conselho de Assuntos Religiosos e pelas autoridades civis e religiosas locais.
Cada culto de domingo conta com membros da polícia secreta. Não apenas cultos, mas reuniões de oração e até mesmo estudos bíblicos nos lares, o que é grandemente intimidador. Às vezes, os pastores são parados na rua, para averiguação policial ou apenas para sofrer ameaças. O Comitê de Estado para as Relações com Organizações Religiosas monitora as atividades de organizações ligadas à religião. Ele também é responsável por autorizar a publicação e importação de literatura religiosa, o que é um processo muito difícil no país, pois o material geralmente é confiscado na fronteira ou durante buscas domiciliares. Os que estão envolvidos na distribuição correm um grande risco.
A cultura do país é islâmica e os cristãos convertidos enfrentam perseguição por ter traído a sua cultura, etnia e religião. Cristãos azeris (etnia armênia) são considerados inimigos do Azerbeijão), portanto, sofrem perseguição significativa da comunidade Azeri circundante, mais do que os cristãos ex-patriados (a maioria dos cristãos no país). Além disso, o cristianismo é associado com os armênios odiados e, portanto, há uma hostilidade generalizada em relação ao cristianismo entre os azeris devido a esta ligação étnica.
Muitos cristãos não conseguem encontrar ou manter postos de trabalho e são vigiados de perto pelos serviços secretos. Há também uma Comissão de Assuntos Religiosos, que controla quase tudo.
Violência

São poucos os incidentes de  violência contra os cristãos no Azerbaijão. Há incursões ocasionais em reuniões, e, geralmente, os presentes são detidos, levados para a delegacia de polícia, interrogados e multados. Até onde a Portas Abertas tem conhecimento, não há registros de cristãos que foram mortos ou presos por sua fé. Não houve relatos de agressão física a cristãos neste ano.
Última atualização em 7/1/2015






terça-feira, 27 de outubro de 2015

40 DIAS DE ORAÇÃO PELA IGREJA PERSEGUIDA. DIA 35 - TAJIQUISTÃO




Tajiquistão
Nos últimos anos, a situação dos cristãos no país manteve-se relativamente estável em termos de pontuação. A população tadjique como um todo tem se tornado cada vez mais muçulmana e está abraçando mais escolas conservadoras do islã (em oposição à escola Hanafi historicamente moderada do islã sunita que dominou o país), em especial entre os jovens. Esta é, naturalmente, uma preocupação e uma ameaça notável para os cristãos.
Assim, duas fontes de perseguição aos cristãos se destacam no Tajiquistão: o regime ditatorial e o extremismo islâmico.
O estado garante ser laico e, desta forma, justifica a sua perseguição aos cristãos, regulando e limitando os grupos religiosos ativos, bem como prevenindo as operações de grupos não registrados. Na verdade não se trata de laicidade, tanto que existem o controle estatal e preocupação com a proliferação de vários grupos religiosos não registrados. Por lei, todos os grupos religiosos devem se registrar; sem registro, as autoridades locais podem fechar um local de culto (igreja ou casa) e multar seus membros. O governo não tem liberado registro a grupos religiosos há, pelo menos, 10 anos, forçando-os à ilegalidade e à clandestinidade.
Existe uma pressão muito forte da família muçulmana sobre o cristão convertido do islamismo. Os muçulmanos também agem contra qualquer sinal de evangelização por parte dos outros cristãos no país. A preocupação geral do governo é a proximidade do Tajiquistão com o Afeganistão e Paquistão, permitindo que para os jihadistas da Ásia Central encontrem refúgio nesses países. Além disso, o extremismo islâmico está presente, mas com uma capacidade limitada especificamente no Tajiquistão com relatos de atos terroristas no país nos últimos anos, vindos do Afeganistão e do Movimento Islâmico do Uzbequistão (IMU, em inglês) (bem como sua ramificação Jamaat Ansarullah) que tem bases operacionais no país, bem como combatentes tadjiques entre suas fileiras.
No entanto, o governo pretende frustrar possíveis ataques e observa atentamente qualquer possível infiltração de combatentes da Ásia Central. Já há vários anos, o governo tadjique limita o trânsito de guerrilheiros armados vindos do Afeganistão. Além disso, a partir de setembro de 2014, o presidente Rakhmon afirmou que pelo menos 200 tadjiques se juntaram a movimentos islâmicos radicais na Síria e no Iraque.
A Portas Abertas estima que o número de cristãos seja pouco mais de 1% da população. Oficialmente, não há liberdade de religião, mas em um nível local, quem se torna cristão enfrenta ameaças, espancamentos, todo tipo de ataques e outras formas de perseguição de mulás, autoridades locais, vizinhos e parentes.
A identidade tadjique está associada a ser muçulmano. Consequentemente, mudar de religião traz grande vergonha para a família.
Violência contra os cristãos

A violência é um meio habitualmente não utilizado pelo governo, mas de vez em quando há ataques contra igrejas e, por vezes, os cristãos são presos ou são obrigados a submeter-se a tratamento psicológico. Os cristãos convertidos do islamismo estão enfrentando mais violência, especialmente por suas famílias. Há relatos de que uma jovem cristã ex-muçulmana convertida foi obrigada a se casar e outras mulheres foram severamente espancadas e até violentadas por familiares. Às vezes, os cristãos são obrigados a abandonar seus lares e se deslocar.

Última atualização em 7/1/2015


segunda-feira, 26 de outubro de 2015

PROJETO CAMPOS BRANCOS II

PROJETO CAMPOS BRANCOS
Maracanã-PA

Prosseguimos relatando nossa visita ao Projeto Campos Brancos, em Maracanã-PA (Veja o post anterior), liderado pela Missionária Kelem Gaspar.

O Projeto atua em diversas frentes de trabalho, que contribuem diretamente com a evangelização da população da região.

Lá, nós temos as creches Peniel que cuidam de, pelo menos, duzentas crianças e pré-adolescentes.

Todos recebem fardamento, transporte, material escolar e uma refeição. Esta, para muitos, se constitui na única refeição do dia.

É um trabalho árduo e que demanda muita dedicação e que está, em primeiro lugar, na provisão divina.

Sem contar com nenhuma ajuda de órgãos públicos, o Projeto se responsabiliza por todo o suprimento que já mencionamos.

Atualmente, as dificuldades financeiras forçaram a diminuição dos dias de aula das creches Peniel I (na sede do Projeto) e  Peniel II (na Ilha de Derrubadas, aonde está a Missionária Nalvinha, da IEADERN).

As crianças quando chegam à Creche já recebem a refeição preparada pelas Missionárias e, após, vão para as salas de aulas.

As fotos e vídeos a seguir vão mostrar essa parte do Projeto Campos Brancos. 

AUDITÓRIO

ALUNOS AGUARDANDO A REFEIÇÃO





SALA DE AULA

SALA DE AULA

SALA DE AULA

COZINHA COM AS MISSIONÁRIAS EM AÇÃO

SALA DE APOIO PEDAGÓGICO

ALUNOS EM ATIVIDADE

PEQUENINOS EM SALA DE AULA
MOMENTO DA CHEGADA DOS ALUNOS À CRECHE

A SUA CONTRIBUIÇÃO VAI FAZER A DIFERENÇA.

VAMOS CONTINUAR RELATANDO O PROJETO CAMPOS BRANCOS EM NOVAS POSTAGENS.



Banco do Brasil, Ag 1436-2, cc 6993-0.

Bradesco, Ag 0697-1, cc 0523.164-7

CEF, Ag 4684, Op 013, cp 7622-0.


Titularidade: Kelem Gaspar 


PA 127, km 39, Ramal Caiacá, 10. Maracanã-PA. 68710-000

40 DIAS DE ORAÇÃO PELA IGREJA PERSEGUIDA. DIA 34 - BANGLADESH




Bangladesh
Na Classificação da Perseguição Religiosa 2015, Bangladesh assume a 43ª posição, cinco acima em relação a 2014, quando ficou em 48º lugar. O aumento é, em parte, devido a um aumento do nível de violência igualmente distribuído entre esferas da perseguição.
O país insiste em se considerar uma nação laica e sua Constituição garante liberdade a todas as religiões. Em tese, apesar de não ter leis de blasfêmia ou projetos anticonversão, a mesma Constituição estabelece o islamismo como religião oficial e o governo cede constantemente às pressões muçulmanas que exigem a instauração da lei Sharia.
À medida que a minoria cristã cresce, enfrenta mais e mais restrições e desafios. Isso não é impulsionado pelo governo, o que também é demonstrado pelo fato de que o presidente em julho 2014 nomeou uma cristã como sua secretária pessoal. A pressão é conduzida por grupos extremistas islâmicos, líderes religiosos budistas locais e famílias (que pressionam os novos convertidos a voltarem à religião original).
A competição entre os grandes partidos políticos do país também é um fator importante, já que o governo pode ceder a pressões de grupos de pressão islâmicos, a tomar as ruas. Isso também se reflete no fato de que o governo, em 2013 aprovou uma lei para proibir a política baseada na religião, que se destina especificamente a extremistas muçulmanos. Embora isso possa beneficiar as minorias religiosas como cristãos e dar-lhes um pouco de espaço para respirar, grupos islâmicos boicotaram o projeto de lei e protestaram em diferentes formas.
Violência contra os cristãos

A perseguição em Bangladesh tornou-se mais violenta nos últimos anos.
Em janeiro de 2014, Monika Mridha e seu filho Sushil, cristãos, foram mortos a tiros. Embora os motivos sejam obscuros, as suspeitas apontam para vizinhos muçulmanos que supostamente estavam querendo reivindicar o seu pedaço de terra. Seis igrejas cristãs e uma escola foram destruídas; uma igreja teve que fechar e se mudar por causa de falsas acusações de um vizinho. Quatro convertidos do budismo foram sequestrados, pelo menos dezenove foram agredidos fisicamente por suas famílias e por membros da comunidade e tiveram de ser hospitalizados. Vários cristãos tiveram que se esconder devido às ameaças.

O futuro do cristianismo em Bangladesh

Apesar de todos os esforços, o governo não terá êxito no combate a grupos radicais islâmicos. E não é por temor de perder apoio da maioria da sociedade, mas por também enfrentar o desafio de enfrentar radicais islâmicos internacionais e a evasão de cidadãos de Bangladesh, recrutados pelo Estado Islâmico para lutar na Síria e no Iraque. Em setembro de 2014, a polícia prendeu dois jovens recrutas tentando sair do país para a Síria. Algumas semanas antes, em uma mensagem de vídeo, a Al Qaeda havia anunciado a criação de uma sucursal do sul da Ásia, incluindo Bangladesh.

Última atualização em 7/1/2015



domingo, 25 de outubro de 2015

PROJETO CAMPOS BRANCOS



PROJETO CAMPOS BRANCOS
Maracanã - PA

Talvez você não tenha ouvido falar do Projeto Campos Brancos. Porém, da Missionária Kelem Gaspar é mais provável.

Juntando as duas coisas. Kelem Gaspar é a responsável, criadora, coordenadora do Projeto Campos Brancos.

O que é o Projeto Campos Brancos? 

O Projeto é uma obra missionária, evangelística e assistencial que está implantada no município de Maracanã, no Pará.

Nos dias 23 e 24 de setembro nós fomos conhecer o Projeto Campos Brancos. E, sobre esta visita, quero contar e mostrar para meus leitores/seguidores um pouco do Projeto Campos Brancos.

No dia 23.09 saímos de Belém-PA pela BR-316 (Belém-Brasília) em direção à Maracanã. Após a cidade de Castanhal, tomamos a Rodovia estadual PA-127 e, quase 3 horas de viagem, chegamos no Projeto Campos Brancos.

Estas imagens e vídeo revelam meu primeiro contato. Acompanhe. Venha comigo.

PLACA DE BOAS VINDAS AO PROJETO

PRÉDIO PRINCIPAL. AQUI FUNCIONA A ADMINISTRAÇÃO E SECRETARIA, SALAS DE AULA DA CRECHE, SALÃO PARA REUNIÕES, COZINHA DA CRECHE.

PORTÃO PRINCIPAL DE ACESSO AO PROJETO

VISÃO DO PRÉDIO PRINCIPAL E PORTÃO

ALOJAMENTOS DAS MISSIONÁRIAS (DUAS POR QUARTO)

EM PRIMEIRO PLANO, A BIBLIOTECA. DEPOIS, SALA DE RECEPÇÃO À VISITANTES.

ALOJAMENTO



O Projeto Campos Brancos não se mantém através de verbas públicas, de nenhuma das esferas de governo. Depende exclusivamente das doações recebidas , quer de igrejas, quer de mantenedores.

Os mantenedores (particulares ou igrejas) são responsáveis pelo sustento das missionárias.

Para fazer parte deste ministério você pode contactar a Miss. Kelem Gaspar, pode acessar o blog e, ainda, caso queira fazer uma contribuição voluntária, se utilize das contas bancárias informadas.

Na próxima postagem falaremos mais sobre o Projeto Campos Brancos.



Banco do Brasil, Ag 1436-2, cc 6993-0.

Bradesco, Ag 0697-1, cc 0523.164-7

CEF, Ag 4684, Op 013, cp 7622-0.


Titularidade: Kelem Gaspar 


PA 127, km 39, Ramal Caiacá, 10. Maracanã-PA. 68710-000


40 DIAS DE ORAÇÃO PELA IGREJA PERSEGUIDA. DIA 33 - CAZAQUISTÃO




Cazaquistão
Na 42ª colocação na Classificação da Perseguição Religiosa, a situação dos cristãos no país continua tão difícil quanto antes, e piorou ainda mais.  Isso se explica, principalmente, pelo fato de que o regime do presidente Nursultan Nazarbayev continua a dificultar a vida social e religiosa dos cristãos.
O Estado promete ser tão secular quanto possível e, desta forma, justifica a sua perseguição aos cristãos, regulando e limitando os grupos religiosos de praticarem sua fé dentro do país. O temor do Governo é a perda de controle sobre os segmentos religiosos existente no país, em especial a evangelização protestante. O governo restringe o registro de igrejas, proíbe a evangelização, o direito de associação e reunião.
Outro grande fator de perseguição do Cazaquistão é a legislação que dá ao Estado direitos amplos de violar direitos humanos e a liberdade de culto, incluindo multas e suspensão de funcionamento de igrejas. Além disso, arbitrariamente, o governo através do Departamento de Luta, deteve e multou vários cristãos por atividade missionária clandestina.
Já o extremismo islâmico tem capacidade muito limitada no país, com alguns relatos de ataques terroristas nos últimos anos e alguns atentados abortados. A sua atividade limitada geralmente tem como alvo o governo, visto como inimigo do Islã.
A pressão sobre os cristãos vindos de círculos islâmicos é particularmente destinada aos cristãos convertidos de origem muçulmana (a partir deste ponto em diante referidos como convertidos). Se os povos indígenas se convertem ao cristianismo, enfrentam pressão e violência física, ocasionalmente, de suas famílias, amigos e comunidade local para forçá-los a se arrepender e voltar para sua antiga fé. 
Alguns convertidos são presos por períodos mais longos. Os cristãos cazaques enfrentam maior pressão na esfera da igreja, graças a "A Lei sobre a atividade religiosa e associações religiosas" e "A Lei sobre a introdução de alterações e aditamentos a vários atos jurídicos, questões religiosas e Associações Religiosas" introduzida em outubro de 2011. A execução foi dura e deixou os cristãos e outras minorias religiosas inseguras e com um forte sentimento de arbitrariedade.  A aplicação rigorosa é mais bem ilustrada por um veredito do tribunal de março de 2013, ordenando a destruição de 121 livros religiosos, incluindo Bíblias. Depois de um protesto público internacional, um tribunal regional finalmente ordenou que parassem com a destruição.
Outra esfera onde os cristãos são fortemente pressionados é a esfera privada. Novos convertidos são severamente pressionados por seus parentes e vizinhos a negar sua fé. O governo ainda patrocina uma organização que se oferece a aconselhar famílias de ex-muçulmanos a resgatar seus parentes das ‘seitas novas’, como é considerado o cristianismo no país.
Violência
Embora a violência não seja muito alta, alguns incidentes violentos foram registrados. O pastor Bakhytzhan Kashkumbayev, que lidera a Igreja da Graça, em Astana, foi preso no início da noite de 17 de maio de 2013, e condenado a nove meses de prisão preventiva. Em fevereiro de 2014, o tribunal informou que o pastor “recebeu uma pena suspensa de quatro anos na prisão com um período probatório de três anos”. Ele foi liberado e deu sua garantia por escrito de não sair da cidade e de se comportar adequadamente.
Em novembro de 2013, o também pastor Karim Kashkumbayev (o filho do Pastor Bakhytzhan Kashkumbayev) foi forçado a deixar sua família e país e se refugiar nos Estados Unidos. Ele atualmente reside em Nova York e está aguardando a decisão de concederem a ele asilo político.
Os cristãos protestantes são frequentemente multados por causa da sua fé e por razões legais relativamente arbitrárias. Esta é uma das piores formas de perseguição que os cristãos enfrentam no país. Pelo menos 71 pessoas, só em 2014 foram multadas por se reunirem e adorarem em locais não registrados e igrejas subterrâneas. Além disso, cada vez que não puderam pagar as multas, os membros da igreja foram presos por curtos espaços de tempo (quatorze pessoas foram presas no ano passado).

Última atualização em 7/1/2015


quinta-feira, 22 de outubro de 2015

40 DIAS DE ORAÇÃO PELA IGREJA PERSEGUIDA. DIA 32 - TURQUIA

Turquia
Primeira vez na Classificação

Em 41º lugar na lista da Classificação da Perseguição Religiosa 2015, a Turquia aparece pela primeira vez como um país no top 50 da perseguição, com 52 pontos. Em 2014, o país marcou apenas 32 pontos. O último país da lista no ano passado, Níger, marcou 45 pontos.

A combinação da persistência de restrições legais e comentários negativos de alguns funcionários do governo para com os cristãos, hostilidades sociais e a ascensão do islamismo, continuam a limitar os cristãos. Há pouca esperança de que a situação melhore em breve.

Motivos de perseguição

O principal motivo de perseguição na Turquia é o “extremismo islâmico”. O “Nacionalismo religioso” também desempenha um grande papel no aumento da perseguição. Isso afeta especialmente os cristãos ex- muçulmanos. Este grupo é tão pequeno, que a pressão desse nível se torna quase insuportável. Família, amigos e comunidade pressionam com veemência esses novos cristãos, para que voltem ao islamismo, alegando ser a fé dos seus pais.
Quando a família se opõe à conversão, eles se tornam secretos aos demais parentes, vizinhos ou conhecidos, por tratar-se de desonra à família muçulmana. Isso faz com que, muitas vezes, o novo cristão não professe abertamente sua fé para seus familiares e amigos, mas participem secretamente de cultos e reuniões com outros cristãos.
Uma característica latente na Turquia é o alto nível de nacionalismo religioso. A opinião geral é que um turco nasce muçulmano. O Nacionalismo turco foi adotado ao extremo. De muito longe é possível ler enormes mosaicos de pedra nas encostas das montanhas turcas que proclamam "Ne mutlu Türküm diyene" (Quão feliz é aquele que diz "Eu sou um turco”). Como resultado, a atitude em relação ao cristão convertido é muito hostil e quase sempre resulta em acusações de "insultar a identidade turca". Este é considerado um delito grave e o cristão turco tem de enfrentá-la diariamente.
Contexto histórico e político

A Turquia se divide em dois continentes: Europa e Ásia. O país tem muitas conexões com ambos, com o mundo ocidental, mas também com o Oriente Médio. A Turquia foi estabelecida como um Estado laico, mas o islã é a maior religião oficial em 98 por cento da população (inclusive na Europa). A Turquia é um país moderno, com setor de turismo em pleno desenvolvimento. Desde 2002, o secularismo está sob pressão, com organizações governamentais e de iniciativa privada apoiando o desenvolvimento do islamismo.
O país vê-se como a principal nação do mundo turco (Azerbaijão, Turcomenistão, Uzbequistão, Cazaquistão, Quirguistão), e quer desempenhar um papel proeminente na cena diplomática no mundo árabe. Mas não tem sido muito bem-sucedido nesta medida. Apoio político do governo à Irmandade Muçulmana no Egito fez com que muitos países árabes considerassem a Turquia uma parte do mundo turco.
A Turquia também tem buscado a adesão à União Europeia ao longo de décadas, mas o entusiasmo e apoio para este projeto praticamente desapareceram nos últimos anos. A Europa tem criticado severamente a Turquia sobre as restrições que havia imposto na mídia, nos Direitos Humanos e na liberdade de religião. Isto levou a uma reação muito negativa por parte do governo turco.
Além disso, a violência tem aumentado no país, considerado um dos mais tranquilos do mundo turco e até mesmo entre os países que praticam o islamismo. Quatro igrejas foram atacadas e destruídas na Turquia. A trama para assassinar o patriarca Greco-ortodoxo Bartolomeu foi descoberta, em maio de 2014. Em dois de julho um grupo de homens invadiu uma igreja, em Istambul, insultou e assediou os cristãos ali reunidos. Um oficial da igreja pediu à polícia (que estava nas proximidades) para ajudar, mas foi ignorado.
Grupos de cristãos afetados

Na Turquia, quatro grupos de cristãos são afetados pela perseguição em algum ponto.
Os grupos de cristãos que são mais severamente perseguidos são: grupos tradicionais (armênio, grego, siríaco e igrejas católicas) são todos monitorados regularmente e sujeitos a certos controles e limitações por parte do governo. Seus membros são considerados "estrangeiros" em muitos assuntos de responsabilidade pública.
O grupo de recém-convertidos que, são cristãos convertidos de origem muçulmana, suporta um dos maiores pesos da perseguição na Turquia. A pressão vem da família, amigos, comunidade e até mesmo das autoridades locais. Eles são considerados traidores da identidade turca. Grupos evangélicos se encontram em lares, por não poder pagar um lugar para encontros. Isso gera uma tensão muito grande, pois a qualquer momento, o grupo pode ser entregue às autoridades turcas.




Última atualização em 7/1/2015