terça-feira, 3 de novembro de 2015

40 DIAS DE ORAÇÃO PELA IGREJA PERSEGUIDA. DIA 40 - KUWAIT



Kuwait
A posição dos cristãos no Kuwait não se alterou significativamente durante o ano passado. Tendo obtido uma pontuação de 50 pontos na Classificação da Perseguição Religiosa, o país configura como último colocado. A situação dos cristãos convertidos de origem muçulmana foi especificamente a preocupação com o período do relatório (1 de novembro de 2013 a 31 de outubro de 2014).
A Constituição do Kuwait declara que o Estado protege a liberdade de crença. No entanto, ela também coloca algumas limitações: a prática da religião não deve entrar em conflito com a ordem pública ou à moral e estar de acordo com os costumes estabelecidos (em sua maioria pelo islamismo).
O extremismo islâmico é a principal fonte da perseguição aos cristãos no Kuwait. Segundo a Constituição, o islamismo é a religião do Estado e lei islâmica (Sharia) é uma importante fonte de legislação. O governo exige que o ensino religioso islâmico seja ministrado a todos os alunos de escolas públicas e privadas. Ensinar o cristianismo é proibido, mesmo para os grupos cristãos reconhecidamente registrados.
Um número significativo de kuwaitianos é tolerante para com os residentes não muçulmanos; no entanto, há um grupo de muçulmanos radicais que não quer mais a presença de cristãos no país. A ascensão do Estado Islâmico (EI) na Síria e no Iraque parece ter uma ressonância entre alguns kuwaitianos. Segundo relatos, há cidadãos kuwaitianos lutando ao lado do EI. O país proibiu quaisquer partidos políticos formais. A liberdade de expressão, liberdade de imprensa e liberdade de associação também são severamente restringidas, o que dificulta ainda mais reuniões e cultos cristãos.
Além disso, o governo do Kuwait é reconhecidamente um dos mais restritivos da região. O país é governado por uma família real que, muitas vezes, ignora a vontade e decisão do parlamento. Isso explica porque o país é avesso a qualquer grupo organizado que possa ameaçar sua hegemonia.
A situação no Oriente Médio e na região do Golfo tornou-se mais imprevisível do que nunca. O aumento do radicalismo sunita na forma de Estado Islâmico tem sido uma questão divergente não só para os cristãos na região, mas tornou-se também um dos desafios a serem enfrentados pelos líderes da região.
Países de maioria sunita, incluindo o Kuwait estão em alerta. Internamente, há relatos de que há atritos e separações dentro da família al-Sabah, no poder. Se isso, eventualmente, leva à instabilidade social, os cristãos passam a viver em fogo cruzado. A ascensão do radicalismo sunita na Síria e no Iraque também pode ter uma influência significativa em toda a sociedade, onde o islamismo radical já se tornou um desafio - e isso vai colocar ainda mais pressão sobre os cristãos.
Finalmente, nos próximos anos, enquanto o Kuwait mantiver a sua abertura à economia mundial, os cristãos irão sempre migrar para o país, independentemente da pressão existente. Isso pode eventualmente ajudar o Kuwait e a sociedade a aceitarem a diversidade e desenvolver uma compreensão mútua de uma maneira melhor.
Última atualização em 7/1/2015






COM ESTA POSTAGEM TERMINAMOS A CAMPANHA "40 DIAS DE ORAÇÃO PELA IGREJA PERSEGUIDA", REPRODUZIDA DA AGÊNCIA "PORTAS ABERTAS".

AGRADEÇO PELA VIDA DOS LEITORES/SEGUIDORES DO BLOG QUE TIVERAM A OPORTUNIDADE DE CONHECER UM POUCO SOBRE A IGREJA PERSEGUIDA E SOBRE OS CRISTÃOS QUE VIVEM NOS PAÍSES AONDE A PERSEGUIÇÃO RELIGIOSA E MAIS PRESENTE E INTENSA.

QUE ESTES 40 DIAS DE PUBLICAÇÃO TENHAM SERVIDO PARA UM DESPERTAMENTO ESPIRITUAL E PARA QUE PROSSIGAMOS A INTERCEDER CONSTANTE E DIARIAMENTE PELOS NOSSOS IRMÃOS PERSEGUIDOS.

DEUS VOS ABENÇOE E RECOMPENSE.

Envie um email para porpino@hotmail.com dizendo "Eu participei da Campanha - 40 Dias de Oração pela Igreja Perseguida" e concorra a um livro. Prazo: até 15.11.2015.

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

40 DIAS DE ORAÇÃO PELA IGREJA PERSEGUIDA. DIA 39 - EMIRADOS ÁRABES UNIDOS

 Emirados Árabes Unidos
Apesar de ocupar o penúltimo lugar na Classificação da Perseguição Religiosa, a situação dos cristãos nos Emirados Árabes Unidos (EAU) continua a mesma. Como nos anos anteriores,  os cristãos estão enfrentando perseguição em diferentes esferas da vida são perseguidos em todas as regiões, principalmente excluídos do discurso e debate públicos. 
O islamismo domina a vida privada, pública, bem como o discurso político dos EAU.
Consequentemente, todos os cidadãos são definidos como muçulmanos. A lei do país não reconhece a conversão do islamismo para o cristianismo, e a pena legal é a morte. Para evitar a morte, o estigma social ou outras penalidades, os convertidos podem ser pressionados a voltar ao islamismo, esconder a sua fé ou viajar para outro país onde a sua conversão é permitida.
Além disso, o governo não permite qualquer tipo de educação formal ou informal, que inclui outros que não ensinamentos religiosos muçulmanos. O evangelismo é proibido, mas os grupos não muçulmanos podem adorar livremente em igrejas ou nos lares.
A Primavera Árabe não afetou os EAU, e o governo continuou sem muita resistência e protestos. A ascensão do Estado Islâmico sunita na região é questão que traz preocupação a quase todos os países do Oriente Médio e do Golfo. Há relatos de que os cidadãos dos Emirados Árabes Unidos aderiram ao grupo radical islâmico. Por outro lado, o país também aderiu à coligação contra o Estado Islâmico.
Especialistas ainda observam se o sentimento anticristão propagado pelos sunitas radicais após a ascensão do Estado Islâmico pode afetar a posição dos cristãos no país. Embora a situação dos cristãos continue difícil, o cristianismo nos Emirados Árabes Unidos será tolerado até certo ponto, ainda por algum tempo. 





domingo, 1 de novembro de 2015

40 DIAS DE ORAÇÃO PELA IGREJA PERSEGUIDA. DIA 38 - MAURITÂNIA


Mauritânia
A Mauritânia continua sendo um dos países mais fechados do mundo. Embora a situação no país não tenha mudado muito ao longo de 2014, não foi noticiado, felizmente, nenhum ato de violência relacionada com a fé contra os cristãos.
Apesar disso, a pontuação do país na Classificação da Perseguição Religiosa continua alta, fazendo com que configure em 48º lugar entre os 50 países em que ser cristão pode custar a vida.
O grande fator de perseguição na Mauritânia é o extremismo islâmico, o que é agravado pelas leis de apostasia do país. Essas leis são dirigidas contra as atividades de não-muçulmanos e suas normas culturais que desestimulam fortemente as pessoas de se associar com os não-muçulmanos. A Mauritânia é uma das quatro 'repúblicas islâmicas’ oficiais no mundo, e sua constituição reconhece o islamismo como a única religião de cerca de 3,5 milhões de habitantes do país e designa a Sharia (lei islâmica) como a única fonte reconhecida oficialmente da legislação.
O evangelismo é visto como ofensa criminal e há pena de morte para mauritanos que se convertem ao cristianismo. O governo mauritano deve aprovar todas as reuniões de cristãos e as atividades missionárias no país são restritas a projetos educacionais e de desenvolvimento.
Além disso, a influência da al-Qaeda no Maghreb (AQIM) na Mauritânia tem aumentado. O grupo está ganhando apoio entre os mauritanos locais e também está tentando monitorar a atividade cristã no país. Áreas do norte e leste da Mauritânia estão cada vez mais sob o controle de grupos extremistas muçulmanos que são na sua maioria ligados à rede al-Qaeda. Além disso, os salafistas têm uma influência crescente em suas tentativas para aderir às regras da moralidade islâmica, observa Magharebia, um portal de notícias patrocinado pelos Estados Unidos.
A Mauritânia não está presente no noticiário e parece ter sido esquecida pela comunidade internacional. Quase nenhuma atenção tem sido dada ao sofrimento de sua pequena Igreja local. Por causa de duras restrições do governo, é muito difícil para as missões cristãs e cristãos em geral atuarem no país. De acordo com o índice do Pew Fórum, as restrições do governo mauritano são classificadas como alta, o que significa que crenças e práticas religiosas são severamente restritas por leis nacionais e ações políticas. 
Enquanto grupos islâmicos extremistas se fortalecem, o campo secular também está crescendo em influência e articulação. Há também uma maior abertura a ideias e influências externas. Muitas pessoas tem acesso à TV, livros e acessam os sites mais críticos. Filmes e programas de entretenimento do Ocidente estão tendo uma influência profunda e provocam muitos questionamentos sobre a tradição islâmica.
Além disso, em setembro de 2014, a Mauritânia transferiu seu fim de semana para sábado e domingo, para estar mais em sintonia com os seus parceiros de negócios europeus. Isso pode ser tomado como uma confirmação da existência de forças ocidentais que influenciam o país. Ao mesmo tempo, isso pode causar grandes tensões junto aos conservadores.
Violência contra cristãos

Nenhum incidente violento contra os cristãos foi registrado na Mauritânia durante o período do relatório desta pesquisa (de 1 de novembro de 2013 a 31 de outubro de 2014). Este não é um sinal da ausência de violência relacionada com a fé, no entanto, pelo contrário, deve ser vista como resultado da dificuldade de obter informações para fora do país. De acordo com os nossos relatórios este ano, não houve casos confirmados agressões contra cristãos, mas isso tem acontecido regularmente nos últimos anos. No entanto, a pressão sobre os crentes ainda está presente.

Não há muito tempo, vários casos de perseguição violenta dos cristãos foram registrados no país. Em 2009, um professor de um centro comunitário, gestor norte-americano na Mauritânia, Chris Leggett, foi assassinado por extremistas islâmicos por supostamente difundir o cristianismo. Havia outras alegações de uma jovem cristã convertida do islamismo, que morreu em maio de 2010, depois de ter sido espancada pelo pai e irmãos, porque se recusou a voltar para a fé muçulmana.
Perspectivas de futuro

Isolado do resto do mundo por conta de uma paisagem desértica e um governo opressivo, a Mauritânia ainda não provou qualquer experiência relacionada com a Primavera Árabe, que trouxe grandes mudanças sociais e políticas a países vizinhos.

No entanto, a perspectiva cada vez mais de uma poderosa revolta salafista na Mauritânia está entre as mais graves ameaças para os cristãos no país. A melhoria do acesso à Internet, e grupos salafistas organizados em fóruns de mídia social, combinado com financiamento fora das escolas e ONGs islâmicas, está levando a crescente radicalização da comunidade muçulmana na Mauritânia, que tende a pressionar ainda mais a igreja cristã.
Última atualização em 7/1/2015