terça-feira, 3 de junho de 2014

A GRANDE COMISSÃO DA IGREJA. UMA REFLEXÃO.



A GRANDE COMISSÃO DA IGREJA. UMA REFLEXÃO.

Na última Escola de Obreiros da IEADERN ouvi um testemunho que me levou a refletir mais sobre a chamada grande comissão da Igreja – fazer missões.
A experiência narrada pelo Pr. Miranda, da AD-Mossoró, veio ao encontro das minhas preocupações em relação à obra missionária desenvolvida pela Igreja.
Contou-nos o Pr. Miranda que, ao ouvir as notícias sobre a obra missionária desenvolvida pela Igreja Assembleia de Deus, em Imperatriz, no Maranhão, foi ele despertado a buscar uma certeza sobre o que tinha ouvido – a AD-Imperatriz mantinha 400 (quatrocentos) missionários.
Pensou ele, no primeiro momento, que havia alguma coisa errada na notícia. Era impossível, para ele, que uma igreja de porte semelhante à igreja que pastoreia em Mossoró, ter um número de missionários dezenas de vezes maior que o total de missionários mantidos pela IEADERN, como um todo.
Buscando uma oportunidade para “matar” sua curiosidade e para “passar a história a limpo”, resolveu viajar até Imperatriz acompanhados de outros obreiros. Viajou com um esquema montado para desvendar toda a verdade.
E, quando lá chegou, constatou que a notícia era mentira.
A Igreja AD-Imperatriz-MA mantém mais de 500 (quinhentos) missionários. Glória a Deus.
Como isto é possível?
Ele constatou alguns pontos que são essenciais para a concretização do “milagre”.
Primeiro, 20% (vinte por cento) da RENDA BRUTA da Igreja é destinado para MISSÕES.
Segundo, todas as lideranças da igreja, do porteiro ao pastor, da auxiliar do círculo de oração, são obrigadas a contribuir para à Secretaria de Missões. Não há um valor estipulado de contribuição, mas existe o compromisso em contribuir.
Como poderá o dirigente de Congregação falar de contribuição para a obra missionária se ele próprio não contribui? Este é o princípio.
Lembro-me de outro exemplo, a Assembleia de Deus, em Camboriú-SC, mantém 1.321 famílias missionárias, em projetos espalhados em 42 países e em 19 Estados brasileiros.
Essas igrejas não estão fazendo nada de extraordinário, mesmo que nos pareça que estão em um patamar espiritual muito acima das demais.
Apenas estão OBEDECENDO à ordem que Deus deixou para a Igreja.
E, enquanto OBEDECEM, Deus honra e ABENÇOA.
É possível fazermos o mesmo? Claro que sim.
Qualquer empreendimento só poderá subsistir se dedicar a maior parte dos seus recursos para alcançar o objetivo, para cumprir sua missão.
O dono da padaria da esquina ou da quitanda ou do grande parque industrial só prosperará, só crescerá e buscará objetivos mais desafiadores se dedicar, se empregar seus recursos no foco do negócio.
Deus quando deixou a grande comissão para Igreja estava dando esta lição de estratégia empresarial.
A Igreja só pode se apresentar como representante de Deus se dedicar a maior parte dos seus recursos para alcançar a sua missão, ganhar almas, fazer discípulos, etc.
O tempo exige uma mudança de atitude.
Primeiro, é necessário que de forma transparente, participativa, objetiva e prioritária se determine um percentual da arrecadação total da Igreja para aplicação na obra missionária.
Mesmo que, de início, não se fixe os 20% da renda, a exemplo da AD-Imperatriz, mas, é necessário ter este compromisso fixado.
Segundo, todas as lideranças devem passar a contribuir para a obra missionária. Havendo um controle nominal das contribuições.
Em Natal, com mais de 200 congregações, círculos de oração, comissões de visitas, grupos musicais, porteiros, auxiliares, diáconos, presbíteros, evangelistas e pastores, professores de escola dominical, creio, que temos um batalhão de milhares de pessoas.
Por outro lado, é necessário que os recursos arrecadados sejam aplicados com objetividade, eliminando-se despesas extravagantes, quando se gasta muito acima das necessidades.
Com tristeza vejo, a cada dia, os sinais exteriores de “poder” passarem velozes pelas ruas das cidades, enquanto muitas necessidades dos menos favorecidos não são atendidas.
Quando se realiza uma despesa com os recursos do erário da Igreja para suprir uma necessidade que, poderia ser suprida de um modo muito mais econômico e objetivo, tenho prá mim, que os recursos trazidos para a manutenção da obra do Senhor estão sendo desperdiçados.   
Por fim, a grande comissão pode ser alcançada não somente através do envio de missionários transculturais da própria igreja.
Hoje, existem organizações missionários de credibilidade que atuam em parceria com as igrejas neste mister.
Por exemplo, a VEM-Portugal, que tem o Missionário Elieber de Castro, como representante, apoia missionários nativos na Ásia e na África. Com uma contribuição mensal de EU 50.00 (cinquenta Euros) pode-se manter um missionário.
A Kairós, a JOCUM, a Missão JUVEP, Asas do Socorro, MEAP, são exemplo de agências que podem ser utilizadas como canais pela igreja na obra missionária.
Deixo esta reflexão, esperando contar com as orações dos irmãos para que haja um despertamento da Igreja para obra missionária.


Nenhum comentário:

Postar um comentário