A GRANDE COMISSÃO DA IGREJA. UMA
REFLEXÃO.
Na última Escola de
Obreiros da IEADERN ouvi um testemunho que me levou a refletir mais sobre a
chamada grande comissão da Igreja – fazer missões.
A experiência narrada
pelo Pr. Miranda, da AD-Mossoró, veio ao encontro das minhas preocupações em
relação à obra missionária desenvolvida pela Igreja.
Contou-nos o Pr. Miranda
que, ao ouvir as notícias sobre a obra missionária desenvolvida pela Igreja
Assembleia de Deus, em Imperatriz, no Maranhão, foi ele despertado a buscar uma
certeza sobre o que tinha ouvido – a AD-Imperatriz mantinha 400 (quatrocentos)
missionários.
Pensou ele, no primeiro
momento, que havia alguma coisa errada na notícia. Era impossível, para ele,
que uma igreja de porte semelhante à igreja que pastoreia em Mossoró, ter um número
de missionários dezenas de vezes maior que o total de missionários mantidos
pela IEADERN, como um todo.
Buscando uma oportunidade
para “matar” sua curiosidade e para “passar a história a limpo”, resolveu
viajar até Imperatriz acompanhados de outros obreiros. Viajou com um esquema
montado para desvendar toda a verdade.
E, quando lá chegou,
constatou que a notícia era mentira.
A Igreja AD-Imperatriz-MA
mantém mais de 500 (quinhentos) missionários. Glória a Deus.
Como isto é possível?
Ele constatou alguns
pontos que são essenciais para a concretização do “milagre”.
Primeiro, 20% (vinte por
cento) da RENDA BRUTA da Igreja é destinado para MISSÕES.
Segundo, todas as
lideranças da igreja, do porteiro ao pastor, da auxiliar do círculo de oração,
são obrigadas a contribuir para à Secretaria de Missões. Não há um valor
estipulado de contribuição, mas existe o compromisso em contribuir.
Como poderá o dirigente
de Congregação falar de contribuição para a obra missionária se ele próprio não
contribui? Este é o princípio.
Lembro-me de outro
exemplo, a Assembleia de Deus, em Camboriú-SC, mantém 1.321 famílias
missionárias, em projetos espalhados em 42 países e em 19 Estados brasileiros.
Essas igrejas não estão fazendo
nada de extraordinário, mesmo que nos pareça que estão em um patamar espiritual
muito acima das demais.
Apenas estão OBEDECENDO à
ordem que Deus deixou para a Igreja.
E, enquanto OBEDECEM,
Deus honra e ABENÇOA.
É possível fazermos o
mesmo? Claro que sim.
Qualquer empreendimento
só poderá subsistir se dedicar a maior parte dos seus recursos para alcançar o
objetivo, para cumprir sua missão.
O dono da padaria da
esquina ou da quitanda ou do grande parque industrial só prosperará, só crescerá
e buscará objetivos mais desafiadores se dedicar, se empregar seus recursos no
foco do negócio.
Deus quando deixou a
grande comissão para Igreja estava dando esta lição de estratégia empresarial.
A Igreja só pode se
apresentar como representante de Deus se dedicar a maior parte dos seus
recursos para alcançar a sua missão, ganhar almas, fazer discípulos, etc.
O tempo exige uma mudança
de atitude.
Primeiro, é necessário
que de forma transparente,
participativa, objetiva e prioritária se determine um percentual da
arrecadação total da Igreja para aplicação na obra missionária.
Mesmo que, de início, não
se fixe os 20% da renda, a exemplo da AD-Imperatriz, mas, é necessário ter este
compromisso fixado.
Segundo, todas as
lideranças devem passar a contribuir para a obra missionária. Havendo um
controle nominal das contribuições.
Em Natal, com mais de 200
congregações, círculos de oração, comissões de visitas, grupos musicais,
porteiros, auxiliares, diáconos, presbíteros, evangelistas e pastores, professores
de escola dominical, creio, que temos um batalhão de milhares de pessoas.
Por outro lado, é
necessário que os recursos arrecadados sejam aplicados com objetividade, eliminando-se
despesas extravagantes, quando se gasta muito acima das necessidades.
Com tristeza vejo, a cada
dia, os sinais exteriores de “poder” passarem velozes pelas ruas das cidades,
enquanto muitas necessidades dos menos favorecidos não são atendidas.
Quando se realiza uma
despesa com os recursos do erário da Igreja para suprir uma necessidade que,
poderia ser suprida de um modo muito mais econômico e objetivo, tenho prá mim,
que os recursos trazidos para a manutenção da obra do Senhor estão sendo
desperdiçados.
Por fim, a grande
comissão pode ser alcançada não somente através do envio de missionários
transculturais da própria igreja.
Hoje, existem
organizações missionários de credibilidade que atuam em parceria com as igrejas
neste mister.
Por exemplo, a
VEM-Portugal, que tem o Missionário Elieber de Castro, como representante,
apoia missionários nativos na Ásia e na África. Com uma contribuição mensal de
EU 50.00 (cinquenta Euros) pode-se manter um missionário.
A Kairós, a JOCUM, a
Missão JUVEP, Asas do Socorro, MEAP, são exemplo de agências que podem ser
utilizadas como canais pela igreja na obra missionária.
Deixo esta reflexão,
esperando contar com as orações dos irmãos para que haja um despertamento da
Igreja para obra missionária.
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