Azerbaijão
Primeira vez na Classificação
Pela primeira vez na Classificação da Perseguição Religiosa, o Azerbaijão recebe 50 pontos, ficando em 46º lugar. Ele não esteve na classificação anterior, pois só marcou 44 pontos, um a menos do que o 50º Níger. Em geral, a situação dos cristãos no país continua a ser tão difícil quanto antes, mas este ano a Portas Abertas pode apurar melhor as informações sobre a perseguição, o que representa uma melhor visão sobre a situação do Azerbaijão, o que justifica uma maior pontuação.
Forças de oposição e a imprensa
independente estão sob constante pressão das autoridades. A liberdade de
imprensa é muito limitada e os jornalistas que se atrevem a falar sobre a
corrupção e desemprego elevado se expõem ao perigo real. Alguns deles têm sido
presos por criticar o governo. (Oficialmente eles foram acusados de outros
crimes).
Em geral, o nível de monitoramento e
controle têm aumentado nos últimos anos. O Azerbaijão se esforça para ser um
Estado laico. As repartições públicas estão proibidas de expor ou manter em
seus espaços, artigos religiosos, como o Alcorão e outros símbolos islâmicos. O
Partido Islâmico do Azerbaijão é proibido. O objetivo do governo é manter a
estabilidade, por isso tem se preocupado com o potencial aumento do
fundamentalismo islâmico. Os grupos religiosos são, portanto, estritamente
monitorados.
Discriminação legal aos cristãos
A Constituição do país garante o direito à liberdade de consciência e de religião, mas todas as comunidades religiosas são obrigadas a se registrar. Nos últimos anos, uma série de alterações foi aprovada na Constituição; duas alterações limitam a propagação religiosa. Além disso, o Parlamento aprovou uma emenda de lei sobre a Liberdade de Religião, o que resultou em restrições adicionais para o sistema de registro de grupos religiosos.
Para a minoria cristã, decisões
arbitrárias durante o processo dificultam o registro. Muitas das
pequenas igrejas protestantes são oficialmente ilegais, o que restringe suas
atividades públicas e a compra e acesso à literatura (Bíblias e outros livros
cristãos) o que, em geral, deixa a Igreja cristã no país mais vulnerável ao
assédio e à perseguição. Comunidades e cristãs e seus membros são acompanhados
de perto pelos serviços secretos, pelo Conselho de Assuntos Religiosos e pelas
autoridades civis e religiosas locais.
Cada culto de domingo conta com
membros da polícia secreta. Não apenas cultos, mas reuniões de oração e até
mesmo estudos bíblicos nos lares, o que é grandemente intimidador. Às vezes, os
pastores são parados na rua, para averiguação policial ou apenas para sofrer
ameaças. O Comitê de Estado para as Relações com Organizações Religiosas
monitora as atividades de organizações ligadas à religião. Ele também é
responsável por autorizar a publicação e importação de literatura religiosa, o
que é um processo muito difícil no país, pois o material geralmente é
confiscado na fronteira ou durante buscas domiciliares. Os que estão envolvidos
na distribuição correm um grande risco.
A cultura do país é islâmica e os
cristãos convertidos enfrentam perseguição por ter traído a sua cultura, etnia
e religião. Cristãos azeris (etnia armênia) são considerados inimigos do
Azerbeijão), portanto, sofrem perseguição significativa da comunidade Azeri
circundante, mais do que os cristãos ex-patriados (a maioria dos cristãos no
país). Além disso, o cristianismo é associado com os armênios odiados e,
portanto, há uma hostilidade generalizada em relação ao cristianismo entre os
azeris devido a esta ligação étnica.
Muitos cristãos não conseguem
encontrar ou manter postos de trabalho e são vigiados de perto pelos serviços
secretos. Há também uma Comissão de Assuntos Religiosos, que controla quase
tudo.
Violência
São poucos os incidentes de violência contra os cristãos no Azerbaijão. Há incursões ocasionais em reuniões, e, geralmente, os presentes são detidos, levados para a delegacia de polícia, interrogados e multados. Até onde a Portas Abertas tem conhecimento, não há registros de cristãos que foram mortos ou presos por sua fé. Não houve relatos de agressão física a cristãos neste ano.
Última atualização em 7/1/2015
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