segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

UM CRISTÃO É MASSACRADO A CADA CINCO MINUTOS

Um Cristão é Massacrado a Cada Cinco Minutos
Raymond Ibrahim
Durante todo o mês de setembro, à medida que mais e mais cristãos foram massacrados e perseguidos por conta da religião, não só pelo Estado Islâmico, mas também pelos muçulmanos "comuns" dos quatro cantos do planeta, um contingente cada vez maior de pessoas e organizações clama para que alguma medida seja tomada. Enquanto isso, aqueles que estão em condições de fazer alguma coisa, particularmente o Presidente dos Estados Unidos Barack Obama e o Papa Francisco nada fazem.

"Por que perguntamos ao mundo ocidental, por que não levantar a voz diante de tanta crueldade e injustiça"? Essa foi a pergunta levantada pelo Cardeal Angelo Bagnasco, Presidente da Conferenza Episcopale Italiana.
Gregory III, Patriarca da Igreja Greco-Católica Melquita disse o seguinte: "Eu não entendo porque o mundo não levanta a voz diante de atos de tamanha crueldade".
Nas palavras da reportagem: "ativistas dos direitos humanos estão vendo o que está acontecendo. Líderes estrangeiros estão vendo. E mais de 80 membros do Congresso dos EUA estão vendo. Juntos eles estão pressionando o líder do mundo livre (Presidente Obama) a declarar que há um genocídio de cristãos em andamento no Oriente Médio".
Em resposta, a Casa Branca disse que estava preparando a liberação de uma declaração acusando o Estado Islâmico de cometer genocídio contra minorias religiosas, dando nome aos bois e identificando diversos grupos, como por exemplo os Yazidis, como vítimas. Aparentemente os cristãos não serão incluídos como vítimas, pelo fato, segundo sustentam funcionários alto escalão da administração Obama, dos cristãos "ao que tudo indica, não se encaixarem no alto padrão estabelecido pelo tratado que trata de genocídio".
Entretanto, o Padre Behnam Benoka, iraquiano, explicou em detalhes em uma carta enviada ao Papa Francisco os horrores pelos quais os cristãos do Oriente Médio estão passando. Para sua empolgação, o Papa telefonou ao padre e lhe disse: "eu jamais o abandonarei". Nas palavras de Benoka "ele me telefonou. Ele me disse de forma bem precisa, é claro que eu estou ao seu lado, jamais o abandonarei... Farei o que estiver ao meu alcance para ajudá-lo".
No entanto, no final de setembro quando o Papa Francisco se encontrava na tribuna das Nações Unidas discursando para o mundo, sua energia mais uma vez foi dedicada em nome da defesa do meio ambiente. Durante todo o seu discurso, que se estendeu por cerca de 50 minutos, o Papa não mais que uma vez se referiu à perseguição dos cristãos, e mesmo assim eles não receberam uma atenção especial, tanto que sem tomar fôlego, na mesma sentença, seus sofrimentos foram mesclados com os sofrimentos supostamente iguais dos "membros da religião majoritária", ou seja, os muçulmanos sunitas (o único grupo que não deverá ser atacado pelo Estado Islâmico, uma organização sunita):
"Eu me sinto na obrigação de reiterar os apelos em relação à dolorosa situação em que se encontra todo o Oriente Médio, Norte da África e outros países africanos, onde cristãos, juntamente com outros grupos culturais ou étnicos e até mesmo membros da religião majoritária que não desejam se envolver pelo ódio e pela insensatez, foram forçados a testemunhar a destruição de seus lugares de culto, patrimônio cultural e religioso, seus lares e suas propriedades, além de se defrontarem com a opção de fugir ou pagar com a própria vida a adesão ao bem e à paz ou então pagarem com a escravidão."
Ainda assim conforme mostra o resumo do mês de setembro, "membros da religião majoritária", no caso os sunitas, não estão sendo massacrados, decapitados e estuprados por conta da sua fé, nem suas mesquitas estão sendo bombardeadas e incendiadas, eles também não estão sendo encarcerados ou assassinados por apostasia, blasfêmia ou proselitismo.

Selvageria e Massacre

Uganda: Três muçulmanos espancaram e estupraram uma cristã de 19 anos de idade. A jovem estudante estava voltando para casa da St. Mary's Teachers College em Bukedea quando ela foi emboscada por três homens mascarados. "Eu tentei gritar, mas um deles tampou a minha boca enquanto o outro me esbofeteava à medida que me arrastavam para fora do caminho", segundo a vítima. "Ouvi um deles dizer aos outros que eu deveria ser morta porque meus pais abandonaram o Islã. Um deles ainda disse: mas nós não temos certeza se essa garota é cristã". Em vez de assassiná-la, eles a estupraram e espancaram com tal violência que ela ainda está sob cuidados médicos em um hospital.
Estados Unidos da América: Freddy Akoa, um cristão de 49 anos de idade, profissional da saúde, em Portland, Maine, foi cruelmente espancado até a morte em sua própria casa por três muçulmanos. Ao lado do corpo de Akoa foi encontrada sua Bíblia manchada de sangue. O falecido apresentava cortes e ferimentos por todo o corpo além de um traumatismo craniano que o levou a morte. Ele teve 22 costelas fraturadas e o fígado dilacerado. O documento oficial da polícia atesta que Akoa "foi espancado e chutado na cabeça, também foi golpeado na cabeça com alguma peça do mobiliário durante o ataque que persistiu sem tréguas durante horas". Akoa foi atacado antes ou durante uma festa que ele estava dando em sua casa. Os três criminosos eram refugiados muçulmanos de origem somali. Ultimamente tanto nos Estados Unidos quanto na Europa ficou-se sabendo que vários "refugiados" eram na realidade terroristas islâmicos, alguns com ligações com o Estado Islâmico (ISIS). (A facção do Al Shabaab, a principal organização jihadista da Somália, recentemente jurou aliança ao ISIS).
Síria: Um cristão do vilarejo de Qaryatain na província de Homs foi executado pelo Estado Islâmico por se recusar a aceitar as condições impostas aos aldeões cristãos, a dhimmi (ser cidadão de segunda classe, ser "tolerado"). O ISIS também assassinou um sacerdote cristão, esquartejou seu corpo e enviou as partes do corpo a sua família dentro de uma caixa. Mais cedo o ISIS tinha sequestrado o padre e exigido o pagamento de um resgate no valor da US$120.000 de sua família, que depois de dois meses conseguiu juntar o dinheiro. Após o pagamento porém, o ISIS não cumpriu sua palavra assassinando o padre com requintes de crueldade.
Paquistão: A família muçulmana de uma mulher que se converteu ao cristianismo e se casou com um cristão assassinou seu marido além de ferir a jovem. Aleem Masih de 28 anos de idade se casou com Nadia de 23 no ano passado depois dela ter se convertido ao cristianismo. Depois do casamento o casal fugiu da aldeia, uma vez que a família da moça queria "vingar a vergonha que a filha lhes trouxe por ela ter desistido do Islã e se casado com um cristão", isso segundo um advogado que cuidou do caso. Com o passar do tempo o pai de Nadia Muhammad Din Meo e seus capangas deram um jeito de sequestrar o casal levando os cônjuges a uma propriedade agrícola perto dali. "Primeiramente os muçulmanos torturaram o casal com chutes e socos, em seguida deram três tiros em Aleem Masih, uma das balas acertou o tornozelo, a segunda pegou as costelas e a terceira teve como alvo seu rosto," segundo o advogado. "Nadia levou um tiro no abdome". Os parentes muçulmanos deixaram o local acreditando que tinham assassinado o casal. "Os agressores retornaram à aldeia e proclamaram publicamente que tinham vingado a humilhação e restaurado o orgulho dos muçulmanos através do assassinato, a sangue frio, do casal". A polícia, contudo, ao chegar à propriedade agrícola encontrou Nadia ainda respirando. "Ela foi levada ao General Hospital em Lahore, onde está lutando pela vida depois de passar por uma cirurgia muito complicada na qual duas balas foram retiradas de seu abdome". Um enorme contingente de muçulmanos estava reunido em frente ao hospital quando a mulher gravemente ferida chegou. "Os baderneiros, alguns deles carregando armas, gritavam furiosamente palavras de ordem anticristãs... Eles também elogiavam Azhar por ele ter restaurado o orgulho da Ummah (comunidade) muçulmana dizendo que ele tinha garantido seu lugar no paraíso por ter assassinado um infiel".
Filipinas: Suspeita-se que terroristas islâmicos do grupo jihadista Abu Sayyaf realizaram o atentado a bomba a um ônibus na cidade predominantemente cristã de Zamboanga em 18 de setembro, que matou uma menina de 14 anos de idade e feriu outras 33. Fontes da inteligência já tinham alertado que o grupo Abu Sayyaf tinha como alvo cidades e comunidades com grandes contingentes de cristãos. Apenas 20% de Zamboanga são muçulmanos, o restante é praticamente todo formado por cristãos (em sua maioria católicos).
Egito: A mãe de um padre copta foi roubada e assassinada na cidade de Fekria em Minya.

Ataques de Muçulmanos contra Igrejas Cristãs

Estados Unidos da América: No Domingo dia 13 de setembro, Rasheed Abdul Aziz de 40 anos de idade foi preso por ameaçar a Igreja Batista Missionária de Corinto em Bullard, Texas. O americano muçulmano carregava uma arma de fogo e estava vestido com traje completo de combate usando capacete com camuflagem, calças de camuflagem, jaquetas e botas táticas, quando ingressou na igreja por volta das 13 horas. De acordo com o Pastor John Johnson, Aziz disse que Alá tinha lhe ordenado a "matar infiéis" e que "gente vai morrer hoje". O pastor acrescentou: "eu acredito que a intenção dele, quando se dirigiu à nossa igreja, era a de matar alguém".
Tanzânia: No espaço de uma semana seis igrejas foram incendiadas e reduzidas a cinzas. Em 23 de setembro três igrejas foram incendiadas: a Living Waters International Church, Buyekera Pentecostal Assemblies of God e a Evangelical Assemblies of God Tanzania Church. Três dias depois, em 26 de setembro mais três igrejas foram incendiadas: a Evangelical Lutheran Church, Kitundu Roman Catholic Church e a Katoro Pentecostal Assemblies of God Church. De acordo com fontes locais, "as pessoas acordaram no dia 27 de setembro e se deparam com seus santuários reduzidos a cinzas... Os cenários são sempre os mesmos, desconhecidos arrombam a porta, empilham objetos no altar, jogam gasolina em cima e ateiam fogo. Eles fugiram sem que ninguém tivesse visto nada, de modo que continuam como desconhecidos". As nações da África Oriental são compostas, em sua maioria por cristãos e muçulmanos, embora haja controvérsias em relação à proporção de cada um deles.
Belém: Muçulmanos atearam fogo no Mosteiro de São Charbel. Sobhy Makhoul, Chanceler do Patriarcado Maronita de Jerusalém disse que se "trata de um incêndio criminoso, não de um incêndio causado por uma falha elétrica (como querem as autoridades locais), trata-se de vandalismo sectário perpetrado por radicais muçulmanos". O fogo não causou fatalidades nem ferimentos, felizmente o edifício estava desocupado e em reformas, mas os estragos são evidentes e a comunidade cristã local obviamente teme mais violência. O líder maronita acrescentou: "o ataque é anticristão, assim como muitos outros incidentes que ocorrem em todo o Oriente Médio. Grupos extremistas operam na região, incluindo células do Hamas".
Iraque: Um relatório que examina o massacre de um cristão a cada cinco minutos no Iraque, complementa que "militantes do Estado Islâmico no Iraque estão utilizando igrejas cristãs como câmaras de tortura, onde cristãos são forçados a se converter ao Islã ou morrer".
Síria: Poucos dias depois de capturar a cidade de Qaryatain, o Estado Islâmico destruiu um mosteiro católico da antiguidade e jogou fora os restos de um santo reverenciado. O grupo terrorista sunita emitiu um ultimato aos cristãos de Qaryatain para que pagassem a jizya (dinheiro da extorsão), se convertessem ao Islã ou deixassem a cidade.
Iêmen: Um dia depois que a igreja católica em Aden foi destruída, um grupo de criminosos não identificados "" em um edifício cristão, segundo palavras de uma testemunha. Das 22 igrejas em funcionamento em Aden antes de 1967, quando a cidade era uma colônia britânica, poucas permanecem abertas, são raramente utilizadas por trabalhadores estrangeiros e refugiados africanos. A Igreja St. Joseph, incendiada, é uma delas.
Indonésia: No Domingo dia 27 de setembro, a Igreja GKI Yasmin em Bogor realizou o centésimo serviço ao ar livre desde 2008, quando os muçulmanos locais começaram a reclamar da existência da igreja. Muito embora a igreja estivesse em situação totalmente regular, as autoridades condescendentemente a fecharam. Em dezembro de 2010, o Supremo Tribunal da Indonésia determinou que a igreja fosse reaberta, mas o prefeito de Bogor se recusou a cumprir a ordem e a manteve fechada. Desde então a congregação realiza os serviços dominicais nas residências dos membros e de vez em quando na rua, diante da zombaria e dos ataques das turbas muçulmanas.

Ataques Muçulmanos contra a Liberdade Cristã (Apostasia, Blasfêmia e Proselitismo)

Uganda: Uma senhora de 36 anos de idade, mãe de oito filhos requisitou uma reza depois que muçulmanos daquela região forçaram-na a retornar ao Islã ou perder os filhos e ser morta. Apesar de Madina ter se mantido fiel ao cristianismo depois que seu marido a abandonou há uma década por ela renunciar o Islã, ela voltou ao Islã em setembro: "os parentes do meu marido ameaçaram me matar e tirar meus filhos de mim se eu me recusasse a voltar ao Islã. Eles disseram: nós não vamos perder nossas crianças para o cristianismo. Preferimos te matar e trazer as crianças de volta... Eu não tenho para onde ir com meus filhos, de modo que resolvi voltar ao Islã para salvar meus filhos e a mim mesma. Eu sei que um dia Issa (Jesus) se lembrará de mim".
Reino Unido: Um paquistanês, sua esposa e seus seis filhos estão passando por "um pavoroso suplício nas mãos dos vizinhos que os consideraram blasfemos". O "crime" deles é terem se convertido ao cristianismo, isso há mais de 20 anos. Apesar de serem "prisioneiros em sua própria casa após serem atacados na rua, terem o para-brisa estilhaçado repetidamente e ovos arremessados contra as janelas" a família cristã disse que tanto a polícia quanto a igreja anglicana não providenciaram nenhum apoio razoável e "relutam em tratar o problema como crime de intolerância religiosa". Nissar Hussain, o padre, disse: "nossas vidas estão sendo sabotadas e isso não deveria acontecer no Reino Unido. Nós vivemos em uma sociedade livre e democrática e o que eles estão fazendo contra nós é abominável".
Turquia: Desde 27 de agosto nada menos que 15 igrejas receberam ameaças de morte por "negarem Alá". Mesmo assim, "ameaças não são nenhuma novidade para a comunidade protestante que vive nesse país e quer educar seus filhos aqui," segundo líderes da igreja. Tanto que ex-muçulmanos, muitos deles participantes desta congregação, apóstatas do Islã, já foram ameaçados com a decapitação. As mensagens acusam os cristãos de terem "escolhido o caminho que nega Alá" e "de terem arrastado outros a acreditarem no mesmo que vocês... Sendo hereges vocês cresceram em número graças a seguidores ignorantes". Uma das mensagens retratava a bandeira do Estado Islâmico com as seguintes palavras: "infiéis pervertidos, a hora em que nós iremos cortar suas cabeças está próxima. Que Alá receba a glória e o louvor".
Paquistão: A polícia prendeu Pervaiz Masih, um funcionário cristão de uma olaria no Distrito Kasur na província de Punjab, depois que um homem de negócios muçulmano, concorrente seu, o acusou falsamente de insultar Maomé, o profeta do Islã. Pervaiz, pai de quatro filhos, incluindo um nenê de sete meses, fugiu de sua casa depois que Muhammad Kahlid prestou queixa, dizendo que ele havia feito comentários ofensivos sobre Maomé durante uma discussão. Os policiais detiveram quatro parentes de Pervaiz, em seguida arrastaram sua esposa para o meio da rua, rasgaram suas vestes enquanto tentavam arrancar informações sobre o paradeiro de seu marido. Os policiais também espancaram cristãos locais e invadiram residências na cidade de Pervaiz para obter informações. No final Pervaiz acabou se entregando à polícia para que seus parentes fossem soltos.
Etiópia: Um grupo de 15 cristãos adolescentes foi atacado e preso por se dedicar à evangelização no leste da Etiópia. Paralelamente seis líderes cristãos foram considerados culpados por incitarem distúrbios, destruírem a confiança do povo nas autoridades governamentais e disseminarem o ódio. Os seis homens, membros do comitê administrativo da igreja, escreveram uma carta à liderança nacional da igreja em 11 de março, descrevendo a perseguição que estavam sofrendo por serem cristãos que vivem na zona Silte de maioria muçulmana. Eles reclamaram da discriminação nas oportunidades de emprego, demissão sem justa causa, tratamento hostil no ambiente de trabalho, incêndio de igrejas, ataques contra a pessoa e ameaças de morte. O teor da carta foi vazada para a mídia local e amplamente difundida, provocando a prisão e condenação dos seis.

Dhimmitude:

Alemanha: De acordo com um relatório, "muitos cristãos refugiados da Síria, Iraque e Curdistão estão sendo intimidados e atacados por refugiados muçulmanos. Em diversos centros para refugiados estabelecidos por autoridades locais, a lei da Sharia está sendo imposta sobre a minoria cristã, vítima de bullying." Gottfried Martens, pastor de uma igreja ao sul de Berlim, disse que "muçulmanos muito religiosos estão espalhando a seguinte ideia nos centros para refugiados: a lei da Sharia rege onde quer que nos encontremos". Martens expressa uma preocupação em especial em relação aos muçulmanos que se convertem ao cristianismo, apóstatas, que de acordo com a lei islâmica podem ser mortos: "há uma chance de 100% que essas pessoas serão atacadas".
Líbano: os cristãos estão sendo ultrapassados em número pelos refugiados muçulmanos da Síria e do Iraque e correm perigo de perderem seu lugar em seu próprio país, segundo o Ministro das Relações Exteriores do Líbano Gebran Bassil: "o que está acontecendo no Líbano é uma tentativa de substituir a população existente pelos sírios e palestinos (muçulmanos)". Pelo fato da população cristã do Líbano ser, e assim tem sido historicamente, minoria, Bassil diz que seus direitos estão sendo ameaçados porque "alguns estão procurando impor os muçulmanos sobre os cristãos" (um cenário que também está ocorrendo nos EUA). Mais cedo em uma entrevista, Bassil disse que a comunidade cristã do Oriente Médio como um todo está sendo corroída "em larga escala": "no Iraque isso aconteceu durante mais de 20 anos e vimos que 90% dos cristãos saíram do Iraque. Na Síria não dispomos de levantamentos atualizados por conta do caos que está acontecendo naquele país. Não temos condições de avaliar. Sabemos que houve e que está havendo muita imigração interna e externa, fora os deslocamentos... Mas o que é certo é que igrejas foram destruídas e muitos já partiram".
Reino Unido: Noureden Mallaky-Soodmand, um iraniano de 41 anos de idade, deveria ser deportado para o Irã após ser preso por fazer ameaças e brandir armas nas ruas de Londres. Mesmo assim ele não foi deportado, ao que tudo indica porque a embaixada iraniana estava fechada. Mas não, ele foi realojado a 400 km em Stockton-on-Tees. Anteriormente, em 2 de abril, empunhando uma faca encurvada ele saiu correndo atacando pessoas, às cegas, feito um louco gritando: "eu sou muçulmano e vou cortar a m*** das suas cabeças , fdp***... Eu sou Isis e minha gente vai cortar seus sa*** fora, cristãos... Eu vou matar vocês, eu vou matar todos vocês. Eu vou cortar a cabeça de vocês e f*** vocês".

Dhimmitude Egípcia

Ataques de muçulmanos contra cristãos foram desencadeados em dois vilarejos separados em Samalout, ao norte do distrito de Minya. Um dos ataques, aparentemente ocorreu em "represália" à construção de uma pequena igreja. Em um vilarejo, cinco coptas ficaram feridos, em outro vilarejo, muçulmanos amontoados em uma série de carros atacaram uma cerimônia cristã de casamento. Três coptas ficaram feridos e nas redondezas mocinhas cristãs sofreram assédio sexual.
Paralelamente, em 20 de setembro, um grupo de muçulmanos do vilarejo de al-Oula, perto de Alexandria, atacou residências cristãs e uma igreja, depois que a polícia tentou devolver terras roubadas por um muçulmano ao proprietário legítimo, um cristão. Assim que a polícia chegou ao local para executar a ordem, ela foi atacada e fugiu. "Após a fuga das forças de segurança", segundo um líder da igreja, "uma enorme multidão cercou a igreja e começou a atirar pedras contra ela. Em seguida atacaran quatro residências de propriedade dos cristãos". Pelo menos dois cristãos ficaram gravemente feridos, um deles teve a coluna vertebral fraturada. "A família El Houty (a família muçulmana que se apropriou de terras cristãs) usou microfones na mesquita local e em vilarejos vizinhos para conclamar os muçulmanos das redondezas, dizendo que a polícia veio para desapropriar as terras e entregá-las aos cristãos".
Mariam, uma estudante cristã copta, que sofreu discriminação, virou manchete na grande mídia egípcia e criou um escândalo. Conhecida como "Estudante Zero", ela foi descrita por ex-professores como uma "estudante brilhante" que tinha planos de se tornar médica. O aproveitamento dela atingiu 97% nos primeiros dois anos de estudo e a expectativa era de resultados semelhantes no último ano, pasma porém, descobriu que tinha fracassado, não tinha passado: sua nota final foi zero. Ela fez questão de ver os resultados das provas, o que lhe foi negado. Quando o caso veio à tona e virou manchete, ela conseguiu ver as provas. Tanto ela quanto outros, incluindo especialistas em caligrafia, disseram que a caligrafia dos exames não era dela.

Dhimmitude Paquistanesa

Uma família cristã foi quase queimada viva em uma tentativa de "grilagem" de sua casa por muçulmanos. Pelo fato de Boota Masih de 38 anos de idade, juntamente com sua esposa e família terem se recusado a abandonar sua casa e propriedade e entregá-la a alguns muçulmanos, eles foram violentamente espancados. Em seguida os muçulmanos derramaram gasolina nos cômodos da casa e atearam fogo, e trancaram Boota e sua família em um quarto. Os Masihs quebraram uma janela e conseguiram escapar através dela. Apesar de haver testemunhas, a polícia local relutou em fazer um boletim de ocorrência e como se isso não bastasse, de acordo com os advogados, prendeu Masih com acusações falsas.
Os trabalhos mais degradantes continuam a ser reservados aos cristãos e a outras minorias. O exemplo mais recente vem de um anúncio de vagas do Instituto de Cardiologia de Punjab em Lahore. Na lista de vagas todos os postos de trabalho estão abertos a todos, menos os de "serviços sanitários", como por exemplo a manutenção de toaletes: somente candidatos não-muçulmanos são qualificados para esse posto de trabalho. De acordo com advogados trabalhistas, "trata-se de uma forma de opressão direta, racismo e preconceito contra as minorias religiosas do país", acima de tudo cristãos, hindus e muçulmanos não-sunitas.
Traduzido por Joseph Skilnik do original em inglês: "One Christian Slaughtered Every Five Minutes"
Divulgação: www.juliosevero.com

terça-feira, 3 de novembro de 2015

40 DIAS DE ORAÇÃO PELA IGREJA PERSEGUIDA. DIA 40 - KUWAIT



Kuwait
A posição dos cristãos no Kuwait não se alterou significativamente durante o ano passado. Tendo obtido uma pontuação de 50 pontos na Classificação da Perseguição Religiosa, o país configura como último colocado. A situação dos cristãos convertidos de origem muçulmana foi especificamente a preocupação com o período do relatório (1 de novembro de 2013 a 31 de outubro de 2014).
A Constituição do Kuwait declara que o Estado protege a liberdade de crença. No entanto, ela também coloca algumas limitações: a prática da religião não deve entrar em conflito com a ordem pública ou à moral e estar de acordo com os costumes estabelecidos (em sua maioria pelo islamismo).
O extremismo islâmico é a principal fonte da perseguição aos cristãos no Kuwait. Segundo a Constituição, o islamismo é a religião do Estado e lei islâmica (Sharia) é uma importante fonte de legislação. O governo exige que o ensino religioso islâmico seja ministrado a todos os alunos de escolas públicas e privadas. Ensinar o cristianismo é proibido, mesmo para os grupos cristãos reconhecidamente registrados.
Um número significativo de kuwaitianos é tolerante para com os residentes não muçulmanos; no entanto, há um grupo de muçulmanos radicais que não quer mais a presença de cristãos no país. A ascensão do Estado Islâmico (EI) na Síria e no Iraque parece ter uma ressonância entre alguns kuwaitianos. Segundo relatos, há cidadãos kuwaitianos lutando ao lado do EI. O país proibiu quaisquer partidos políticos formais. A liberdade de expressão, liberdade de imprensa e liberdade de associação também são severamente restringidas, o que dificulta ainda mais reuniões e cultos cristãos.
Além disso, o governo do Kuwait é reconhecidamente um dos mais restritivos da região. O país é governado por uma família real que, muitas vezes, ignora a vontade e decisão do parlamento. Isso explica porque o país é avesso a qualquer grupo organizado que possa ameaçar sua hegemonia.
A situação no Oriente Médio e na região do Golfo tornou-se mais imprevisível do que nunca. O aumento do radicalismo sunita na forma de Estado Islâmico tem sido uma questão divergente não só para os cristãos na região, mas tornou-se também um dos desafios a serem enfrentados pelos líderes da região.
Países de maioria sunita, incluindo o Kuwait estão em alerta. Internamente, há relatos de que há atritos e separações dentro da família al-Sabah, no poder. Se isso, eventualmente, leva à instabilidade social, os cristãos passam a viver em fogo cruzado. A ascensão do radicalismo sunita na Síria e no Iraque também pode ter uma influência significativa em toda a sociedade, onde o islamismo radical já se tornou um desafio - e isso vai colocar ainda mais pressão sobre os cristãos.
Finalmente, nos próximos anos, enquanto o Kuwait mantiver a sua abertura à economia mundial, os cristãos irão sempre migrar para o país, independentemente da pressão existente. Isso pode eventualmente ajudar o Kuwait e a sociedade a aceitarem a diversidade e desenvolver uma compreensão mútua de uma maneira melhor.
Última atualização em 7/1/2015






COM ESTA POSTAGEM TERMINAMOS A CAMPANHA "40 DIAS DE ORAÇÃO PELA IGREJA PERSEGUIDA", REPRODUZIDA DA AGÊNCIA "PORTAS ABERTAS".

AGRADEÇO PELA VIDA DOS LEITORES/SEGUIDORES DO BLOG QUE TIVERAM A OPORTUNIDADE DE CONHECER UM POUCO SOBRE A IGREJA PERSEGUIDA E SOBRE OS CRISTÃOS QUE VIVEM NOS PAÍSES AONDE A PERSEGUIÇÃO RELIGIOSA E MAIS PRESENTE E INTENSA.

QUE ESTES 40 DIAS DE PUBLICAÇÃO TENHAM SERVIDO PARA UM DESPERTAMENTO ESPIRITUAL E PARA QUE PROSSIGAMOS A INTERCEDER CONSTANTE E DIARIAMENTE PELOS NOSSOS IRMÃOS PERSEGUIDOS.

DEUS VOS ABENÇOE E RECOMPENSE.

Envie um email para porpino@hotmail.com dizendo "Eu participei da Campanha - 40 Dias de Oração pela Igreja Perseguida" e concorra a um livro. Prazo: até 15.11.2015.

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

40 DIAS DE ORAÇÃO PELA IGREJA PERSEGUIDA. DIA 39 - EMIRADOS ÁRABES UNIDOS

 Emirados Árabes Unidos
Apesar de ocupar o penúltimo lugar na Classificação da Perseguição Religiosa, a situação dos cristãos nos Emirados Árabes Unidos (EAU) continua a mesma. Como nos anos anteriores,  os cristãos estão enfrentando perseguição em diferentes esferas da vida são perseguidos em todas as regiões, principalmente excluídos do discurso e debate públicos. 
O islamismo domina a vida privada, pública, bem como o discurso político dos EAU.
Consequentemente, todos os cidadãos são definidos como muçulmanos. A lei do país não reconhece a conversão do islamismo para o cristianismo, e a pena legal é a morte. Para evitar a morte, o estigma social ou outras penalidades, os convertidos podem ser pressionados a voltar ao islamismo, esconder a sua fé ou viajar para outro país onde a sua conversão é permitida.
Além disso, o governo não permite qualquer tipo de educação formal ou informal, que inclui outros que não ensinamentos religiosos muçulmanos. O evangelismo é proibido, mas os grupos não muçulmanos podem adorar livremente em igrejas ou nos lares.
A Primavera Árabe não afetou os EAU, e o governo continuou sem muita resistência e protestos. A ascensão do Estado Islâmico sunita na região é questão que traz preocupação a quase todos os países do Oriente Médio e do Golfo. Há relatos de que os cidadãos dos Emirados Árabes Unidos aderiram ao grupo radical islâmico. Por outro lado, o país também aderiu à coligação contra o Estado Islâmico.
Especialistas ainda observam se o sentimento anticristão propagado pelos sunitas radicais após a ascensão do Estado Islâmico pode afetar a posição dos cristãos no país. Embora a situação dos cristãos continue difícil, o cristianismo nos Emirados Árabes Unidos será tolerado até certo ponto, ainda por algum tempo. 





domingo, 1 de novembro de 2015

40 DIAS DE ORAÇÃO PELA IGREJA PERSEGUIDA. DIA 38 - MAURITÂNIA


Mauritânia
A Mauritânia continua sendo um dos países mais fechados do mundo. Embora a situação no país não tenha mudado muito ao longo de 2014, não foi noticiado, felizmente, nenhum ato de violência relacionada com a fé contra os cristãos.
Apesar disso, a pontuação do país na Classificação da Perseguição Religiosa continua alta, fazendo com que configure em 48º lugar entre os 50 países em que ser cristão pode custar a vida.
O grande fator de perseguição na Mauritânia é o extremismo islâmico, o que é agravado pelas leis de apostasia do país. Essas leis são dirigidas contra as atividades de não-muçulmanos e suas normas culturais que desestimulam fortemente as pessoas de se associar com os não-muçulmanos. A Mauritânia é uma das quatro 'repúblicas islâmicas’ oficiais no mundo, e sua constituição reconhece o islamismo como a única religião de cerca de 3,5 milhões de habitantes do país e designa a Sharia (lei islâmica) como a única fonte reconhecida oficialmente da legislação.
O evangelismo é visto como ofensa criminal e há pena de morte para mauritanos que se convertem ao cristianismo. O governo mauritano deve aprovar todas as reuniões de cristãos e as atividades missionárias no país são restritas a projetos educacionais e de desenvolvimento.
Além disso, a influência da al-Qaeda no Maghreb (AQIM) na Mauritânia tem aumentado. O grupo está ganhando apoio entre os mauritanos locais e também está tentando monitorar a atividade cristã no país. Áreas do norte e leste da Mauritânia estão cada vez mais sob o controle de grupos extremistas muçulmanos que são na sua maioria ligados à rede al-Qaeda. Além disso, os salafistas têm uma influência crescente em suas tentativas para aderir às regras da moralidade islâmica, observa Magharebia, um portal de notícias patrocinado pelos Estados Unidos.
A Mauritânia não está presente no noticiário e parece ter sido esquecida pela comunidade internacional. Quase nenhuma atenção tem sido dada ao sofrimento de sua pequena Igreja local. Por causa de duras restrições do governo, é muito difícil para as missões cristãs e cristãos em geral atuarem no país. De acordo com o índice do Pew Fórum, as restrições do governo mauritano são classificadas como alta, o que significa que crenças e práticas religiosas são severamente restritas por leis nacionais e ações políticas. 
Enquanto grupos islâmicos extremistas se fortalecem, o campo secular também está crescendo em influência e articulação. Há também uma maior abertura a ideias e influências externas. Muitas pessoas tem acesso à TV, livros e acessam os sites mais críticos. Filmes e programas de entretenimento do Ocidente estão tendo uma influência profunda e provocam muitos questionamentos sobre a tradição islâmica.
Além disso, em setembro de 2014, a Mauritânia transferiu seu fim de semana para sábado e domingo, para estar mais em sintonia com os seus parceiros de negócios europeus. Isso pode ser tomado como uma confirmação da existência de forças ocidentais que influenciam o país. Ao mesmo tempo, isso pode causar grandes tensões junto aos conservadores.
Violência contra cristãos

Nenhum incidente violento contra os cristãos foi registrado na Mauritânia durante o período do relatório desta pesquisa (de 1 de novembro de 2013 a 31 de outubro de 2014). Este não é um sinal da ausência de violência relacionada com a fé, no entanto, pelo contrário, deve ser vista como resultado da dificuldade de obter informações para fora do país. De acordo com os nossos relatórios este ano, não houve casos confirmados agressões contra cristãos, mas isso tem acontecido regularmente nos últimos anos. No entanto, a pressão sobre os crentes ainda está presente.

Não há muito tempo, vários casos de perseguição violenta dos cristãos foram registrados no país. Em 2009, um professor de um centro comunitário, gestor norte-americano na Mauritânia, Chris Leggett, foi assassinado por extremistas islâmicos por supostamente difundir o cristianismo. Havia outras alegações de uma jovem cristã convertida do islamismo, que morreu em maio de 2010, depois de ter sido espancada pelo pai e irmãos, porque se recusou a voltar para a fé muçulmana.
Perspectivas de futuro

Isolado do resto do mundo por conta de uma paisagem desértica e um governo opressivo, a Mauritânia ainda não provou qualquer experiência relacionada com a Primavera Árabe, que trouxe grandes mudanças sociais e políticas a países vizinhos.

No entanto, a perspectiva cada vez mais de uma poderosa revolta salafista na Mauritânia está entre as mais graves ameaças para os cristãos no país. A melhoria do acesso à Internet, e grupos salafistas organizados em fóruns de mídia social, combinado com financiamento fora das escolas e ONGs islâmicas, está levando a crescente radicalização da comunidade muçulmana na Mauritânia, que tende a pressionar ainda mais a igreja cristã.
Última atualização em 7/1/2015






sábado, 31 de outubro de 2015

40 DIAS DE ORAÇÃO PELA IGREJA PERSEGUIDA. DIA 37 - INDONÉSIA



Indonésia
A situação em que os cristãos se encontram na Indonésia é diversificada. Enquanto não há muita esperança relacionada com o novo presidente eleito e suas declarações públicas relativas às minorias religiosas, grupos extremistas muçulmanos continuam agindo com violência contra as minorias, especialmente os cristãos, que estão em determinadas regiões do país, em extrema perseguição. Como outros cristãos – que vivem em outras regiões – podem participar e realizar cultos e reuniões livremente, a Indonésia permanece classificada muito abaixo na Classificação da Perseguição Religiosa.
Na maioria dos casos, a perseguição não é impulsionada pelo governo federal, mas por grupos radicais islâmicos que exigem a tomada de medidas contra os cristãos e outras minorias religiosas. As autoridades locais em todo o país tendem a ceder a fim de manter a paz social como os grupos radicais: o Hizb-ut Tahrir Indonésia, a Frente de Defesa Islâmica e a Frente Islâmica.
Estas organizações têm usado interpretações religiosas rigorosas e exclusivas para justificar a aplicação da lei Sharia e da violação dos direitos das minorias religiosas. Alguns desses grupos supostamente contaram com o apoio tácito de políticos e partidos em Jacarta, uma prática que pode continuar. Universidades são conhecidas como focos da radicalização islâmica. Não só os cristãos são afetados por grupos radicais islâmicos, mas grupos minoritários muçulmanos como Ahmadis também.
Além disso, a Indonésia é conhecida por ser um dos países mais corruptos do mundo, apesar de sua posição na lista de Transparência Internacional ter melhorado nos últimos anos. Por conta da falta de vigilância contra a corrupção, os membros da polícia e até mesmo alguns membros dos grupos radicais islâmicos estão supostamente envolvidos no crime organizado. Verdade ou não, as minorias sofrem especialmente nestas circunstâncias, já que tendem a ser excluídas dos sistemas sociais paternalistas e se tornam ainda mais vitimizadas pelo sistema. Isto acontece também com a minoria cristã.
Todos os grupos cristãos estão representados na Indonésia. Os cristãos são encontrados em todas as regiões do país e em algumas províncias até mesmo representam a maioria, como em Papua ou regiões de Sulawesi. Em outras regiões, eles têm de viver sob a Sharia (lei islâmica) ou sob o estatuto social islâmico. A contínua migração de trabalhadores muçulmanos principalmente javaneses representa um desafio para todos cristãos.
Violência contra os cristãos

A violência contra os cristãos permanece em um nível comparativamente elevado e em 2014 mais de trinta igrejas de diferentes denominações foram total ou parcialmente destruídas e fechadas. Com exceção da igreja católica (que pouco sofre com a perseguição religiosa no país) outras igrejas devem ficar fechadas, como a Igreja Yasmin GKI, em Bogor. Apesar de uma decisão da Suprema Corte em 2012, nem o prefeito nem o governo nacional foram capazes ou se dispuseram a fazer valer o direito dos cristãos para prestar culto a Deus. Os cristãos de origem muçulmana, uma vez descobertos, enfrentam o abuso físico e às vezes eles e suas famílias têm de fugir de suas casas, por serem ameaçados de morte ou acusados de proselitismo.
Última atualização em 7/1/2015





sexta-feira, 30 de outubro de 2015

40 DIAS DE ORAÇÃO PELA IGREJA PERSEGUIDA. DIA 36 - AZERBAIJÃO


Azerbaijão

Primeira vez na Classificação

Pela primeira vez na Classificação da Perseguição Religiosa, o Azerbaijão recebe 50 pontos, ficando em 46º lugar. Ele não esteve na classificação anterior, pois só marcou 44 pontos, um a menos do que o 50º Níger.  Em geral, a situação dos cristãos no país continua a ser tão difícil quanto antes, mas este ano a Portas Abertas pode apurar melhor as informações sobre a perseguição, o que representa uma melhor visão sobre a situação do Azerbaijão, o que justifica uma maior pontuação.

Forças de oposição e a imprensa independente estão sob constante pressão das autoridades. A liberdade de imprensa é muito limitada e os jornalistas que se atrevem a falar sobre a corrupção e desemprego elevado se expõem ao perigo real. Alguns deles têm sido presos por criticar o governo. (Oficialmente eles foram acusados de outros crimes).
Em geral, o nível de monitoramento e controle têm aumentado nos últimos anos. O Azerbaijão se esforça para ser um Estado laico. As repartições públicas estão proibidas de expor ou manter em seus espaços, artigos religiosos, como o Alcorão e outros símbolos islâmicos. O Partido Islâmico do Azerbaijão é proibido. O objetivo do governo é manter a estabilidade, por isso tem se preocupado com o potencial aumento do fundamentalismo islâmico. Os grupos religiosos são, portanto, estritamente monitorados.
Discriminação legal aos cristãos

A Constituição do país garante o direito à liberdade de consciência e de religião, mas todas as comunidades religiosas são obrigadas a se registrar. Nos últimos anos, uma série de alterações foi aprovada na Constituição; duas alterações limitam a propagação religiosa. Além disso, o Parlamento aprovou uma emenda de lei sobre a Liberdade de Religião, o que resultou em restrições adicionais para o sistema de registro de grupos religiosos.

Para a minoria cristã, decisões arbitrárias durante o processo dificultam o registro.   Muitas das pequenas igrejas protestantes são oficialmente ilegais, o que restringe suas atividades públicas e a compra e acesso à literatura (Bíblias e outros livros cristãos) o que, em geral, deixa a Igreja cristã no país mais vulnerável ao assédio e à perseguição. Comunidades e cristãs e seus membros são acompanhados de perto pelos serviços secretos, pelo Conselho de Assuntos Religiosos e pelas autoridades civis e religiosas locais.
Cada culto de domingo conta com membros da polícia secreta. Não apenas cultos, mas reuniões de oração e até mesmo estudos bíblicos nos lares, o que é grandemente intimidador. Às vezes, os pastores são parados na rua, para averiguação policial ou apenas para sofrer ameaças. O Comitê de Estado para as Relações com Organizações Religiosas monitora as atividades de organizações ligadas à religião. Ele também é responsável por autorizar a publicação e importação de literatura religiosa, o que é um processo muito difícil no país, pois o material geralmente é confiscado na fronteira ou durante buscas domiciliares. Os que estão envolvidos na distribuição correm um grande risco.
A cultura do país é islâmica e os cristãos convertidos enfrentam perseguição por ter traído a sua cultura, etnia e religião. Cristãos azeris (etnia armênia) são considerados inimigos do Azerbeijão), portanto, sofrem perseguição significativa da comunidade Azeri circundante, mais do que os cristãos ex-patriados (a maioria dos cristãos no país). Além disso, o cristianismo é associado com os armênios odiados e, portanto, há uma hostilidade generalizada em relação ao cristianismo entre os azeris devido a esta ligação étnica.
Muitos cristãos não conseguem encontrar ou manter postos de trabalho e são vigiados de perto pelos serviços secretos. Há também uma Comissão de Assuntos Religiosos, que controla quase tudo.
Violência

São poucos os incidentes de  violência contra os cristãos no Azerbaijão. Há incursões ocasionais em reuniões, e, geralmente, os presentes são detidos, levados para a delegacia de polícia, interrogados e multados. Até onde a Portas Abertas tem conhecimento, não há registros de cristãos que foram mortos ou presos por sua fé. Não houve relatos de agressão física a cristãos neste ano.
Última atualização em 7/1/2015