Irã
O Irã é uma das mais antigas nações
do mundo. Anteriormente conhecido como Pérsia e antes ainda como Elam, aparece
no Antigo Testamento: Daniel foi conselheiro de diversos reis persas –
incluindo Dario e Ciro; Ester foi rainha da Pérsia e Neemias serviu como
copeiro do rei. De acordo com o Novo Testamento, entre os primeiros cristãos
havia iranianos (partos, medos e elamitas). O cristianismo era forte no Irã e
muitos missionários iranianos foram enviados a outros países. Após a chegada do
islamismo no século VII, a situação dos cristãos no país piorou bastante.
Com a Revolução Islâmica, em 1979, a
situação da Igreja mudou drasticamente, resultando na queda do número de cristãos
nas igrejas oficiais, principalmente por causa da emigração para outros países.
As igrejas oficiais são proibidas de pregar em farsi, a língua oficial do país,
e muitas delas têm as reuniões monitoradas pela polícia secreta. Cristãos
ativos sofrem pressão: são interrogados, detidos e, às vezes, presos e
agredidos. Pelo menos 60 cristãos estão presos por causa de sua fé.
Os cristãos relatam violência física,
ameaças e discriminação por causa de sua fé. Muitos cultos têm sido monitorados
pela polícia secreta.
Casos mais críticos envolvem até a
execução. Muçulmanos convertidos ao cristianismo são considerados apóstatas e
rotineiramente interrogados e espancados. Além da violência exercida pelas
autoridades, ex-muçulmanos são também oprimidos pela sociedade. Eles têm
dificuldade em encontrar e manter um emprego, pois são demitidos quando se
descobre que agora seguem a Cristo. Aqueles que começam um negócio próprio têm
problemas em fazer clientela. Para esses cristãos, é muito difícil sustentar
suas próprias famílias. Mesmo assim, há notícias de que os filhos de líderes
políticos e espirituais estão trocando o islamismo pelo cristianismo.
As igrejas oficiais (registradas no
governo) têm cerca de 150 mil membros. A maior parte deles é de origem armênia
ortodoxa, mas há também alguns milhares de protestantes e católicos romanos,
quase todos de famílias cristãs. É difícil dizer exatamente a quantidade de
membros de igrejas clandestinas, mas estima-se que há pelo menos 300 mil
cristãos secretos, a maior parte de ex-muçulmanos convertidos.
"Em poucas palavras, há uma
tentativa sistemática de privar as igrejas de membresia, literatura,
treinamento e desenvolvimento de liderança, comunhão com outros cristãos ao
redor do mundo, e o direito à liberdade de religião, garantido por alianças
internacionais das quais o Irã é signatário", diz um profissional que
atua na defesa dos direitos humanos no Irã.
Última atualização em 7/1/2015
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