Arábia Saudita
Pela primeira vez na história
da Classificação da Perseguição Religiosa, publicada desde 1993, a Arábia
Saudita não está entre os 10 países que mais perseguem cristãos no mundo. O
motivo é que outros países receberam mais pontos, puxando a classificação saudita
para baixo. Apesar da baixa pontuação, a situação do cristão no país continua
séria e o extremismo islâmico tem feito diversas vítimas ao longo dos anos.
A Arábia Saudita é definida pelo extremismo islâmico, advindo do wahhabismo (uma interpretação estrita da doutrina muçulmana, discidente do islamismo sunita). É proibido praticar abertamente outras religiões. O Estado controla as cidades sagradas de Meca e Medina, respectivamente locais de nascimento e da sepultura de Maomé, profeta do islamismo.
Terreno fértil para o radicalismo islâmico, o país apresenta grandes taxas de desemprego e descontentamento dos mais jovens, incluindo um abismo crescente entre ricos e pobres. O Sistema legal da Arábia Saudita é baseado na lei islâmica (Sharia). A apostasia - conversão à outra religião - é punível com a morte se o acusado não se retratar.
Sem muito resultado, o governo saudita tenta combater o terrorismo islâmico em nível nacional, porque reconhece o sistema como uma ameaça ao poder da família real. No entanto, o financiamento da Arábia ao terrorismo islâmico fora do país, é uma das principais fontes do terrorismo sunita no mundo, por exemplo, no Iraque e na Síria.
Restrições ao Cristianismo
As restrições do governo sobre a liberdade religiosa, em geral, são muito elevadas na Arábia Saudita e as discrepâncias sociais às que os cristãos são submetidos são desproporcionais às outras minorias atuantes no país. Relatórios da Pew Forum apresentam a Arábia como um dos 18 países em que o diálogo para a liberdade de religião é inexistente e não há disposição nem do governo e nem dos legisladores para caminhar no sentido de liberdade de expressão, religião ou culto no país. Isso significa que sentimentos antirreligiosos estão fortemente presentes na maior parte da sociedade. E não apenas os cristãos sofrem com essa violação dos direitos religiosos e de culto, mas também os muçulmanos (xiitas em maior parte), judeus, budistas e hindus.
Última atualização em 7/1/2015
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