quarta-feira, 8 de julho de 2015

30 DIAS DE ORAÇÃO PELO MUNDO MUÇULMANO - INDO-MALÁSIA - TRÊS ONDAS

DIA 21 

INDO-MALÁSIA - TRÊS ONDAS


A PERSEGUIÇÃO AOS CRISTÃOS NO BRUNEI E NA MALÁSIA


Brunei

Com uma pontuação de 58 pontos, Brunei classifica-se na 27ª posição na Classificação da Perseguição Religiosa em 2015, em comparação com a 24ª colocação em 2014.  Nos últimos anos, a situação dos cristãos em Brunei apresentou poucas mudanças, mas deteriorou com o país se islamizando cada vez mais. Brunei tem estado presente na Classificação da Perseguição Religiosa por vários anos, oscilando entre 20º e 30º lugares.
Por decreto, o contato com os cristãos de outros países, a importação de Bíblias e a celebração pública de Natal são proibidos. Pastores e obreiros cristãos são considerados "inimigos". Entrando em uma aldeia tribal serão monitoradas por espiões do governo e da polícia.
Em 1º  de maio de 2014, a lei Sharia foi estendida à lei penal e será introduzida em três etapas. A primeira etapa inclui as multas por comportamento indecente ou não comparecimento às orações da sexta. A segunda fase vai incluir a punição corporal por roubo e outros crimes. A fase final, a ser introduzida em 2015, fará valer a pena capital para crimes como adultério. Incluída na primeira fase está um decreto em que os cristãos que testemunharem sobre a sua fé pode ser, multado, preso ou condenado a ambos. Vários termos (como "Allah" para "Deus") são reservados exclusivamente para os muçulmanos.
As novas penas islâmicas serão introduzidas com o tempo, no mínimo em um ou dois anos, e incluirão, por fim, graves punições corporais como: açoites por adultério, corte de membros por roubo e morte por apedrejamento no caso de estupro e sodomia.
A primeira fase inclui leis por infrações de comer e beber em público durante o mês de jejum do islã, o que é punível com multas e prisões.
Partes da lei também se aplicam a não muçulmanos. Em fevereiro, peritos da Sharia do Ministério de Assuntos Religiosos anunciaram que os não muçulmanos poderiam ser punidos por usar vestimentas indecentes que "desonram o islã". O infrator pode ser preso por até seis meses, receber multa máxima de mil e seiscentos dólares ou ambos. Mesmo agora, já é obrigatório às mulheres de todas as religiões, incluindo as cristãs, usarem o hijab (cobertura para a cabeça) caso trabalhem para o governo ou estejam participando de eventos oficiais. Entretanto, com o código penal da sharia em vigor, uma violação contra essas instruções religiosas será criminalizada.
No passado, os líderes da Igreja afirmavam receber um monitoramento pesado por parte do governo, ao que se espera que o novo código penal acrescente pressão, ansiedade e medo aos cristãos, que constituem 8.7% da população.
Outra restrição que visa os cristãos convertidos de origem muçulmana inclui uma lei que proíbe que pais muçulmanos deixem que não muçulmanos cuidem de seus filhos. O ato é punível com termo de prisão de até cinco anos, multa de até US$ 15.600 (aproximadamente 35 mil reais) ou ambos.
O novo código penal também cita que os não muçulmanos não podem mais compartilhar sua fé com os muçulmanos e ateus. Os infratores correm o risco de serem multados em até US$ 15.600 (aproximadamente 35 mil reais), cumprirem até cinco anos de prisão ou ambos.

Malásia

Com 55 pontos, a Malásia se classifica na 37ª posição na Classificação da Perseguição Religiosa 2015.  Em 2014, a Malásia classificou-se em 40º lugar com  49 pontos. Embora o país faça parte da Classificação há apenas quatro edições,  sua pontuação foi aumentando gradativamente,  em parte devido a um aumento da violência, mas, principalmente, por ver crescer a perseguição em outras esferas, como a familiar, além do extremismo islâmico.
Observadores do país falam sobre a islamização rápida e crescente. Exemplos disso são as tentativas de introdução do direito penal da lei Sharia (Hudud), forçado jejum sobre as minorias religiosas durante o Ramadã. Essas ações implicam na introdução de um índice de planos para a criação dos tribunais islâmicos em pé de igualdade com os tribunais civis e o tratamento de casos de custódia de filhos em casamentos mistos e, por último, mas não menos importante, a decisão da Suprema Corte em negar que um jornal católico utilize a palavra "Alá" para Deus, pois pode "confundir os muçulmanos e levá-los à conversões".
O Extremismo islâmico não se limita ao governo, mas também a famílias e comunidades, bem como grupos islâmicos radicais, que perseguem especialmente convertidos.
Exemplo de violência relacionada com a fé foi o bombardeio a uma igreja católica em janeiro de 2014 e a vandalização de oito sepulturas cristãs, em fevereiro de 2014. Mais de dez igrejas cristãs foram notificadas pelas autoridades para fechar suas instalações, alegando que se reuniam em estruturas não dedicadas para fins religiosos. Vários cristãos convertidos foram levados para um centro de reeducação e enfrentaram o abuso físico e mental.
Ao saber sobre esses locais, e o que acontecia aos cristãos ali, vários convertidos preferiram se esconder ou mesmo até mesmo deixar o país. Apesar de negar a existência desses lugares, muitos cristãos que de lá conseguiram sair relatam casos de tortura, espancamentos e uso de choque elétrico a fim de que o cristão negue sua crença e fé. Os que têm sofrido grande perseguição nesses centros de reeducação são os convertidos do islamismo, a fim de que retornem à antiga religião. 
Em novembro de 2014, ocorreram planos para colocar tribunais islâmicos em pé de igualdade com os tribunais civis. Este plano tem sido discutido há, aparentemente, desde 2011, mas agora parece que foram tomadas medidas para realmente implementá-lo. Um funcionário de alto escalão islâmico e muito influente, afirmou publicamente que as Bíblias devem ser queimadas, pois confundem crianças que estão recebendo educação muçulmana. Em vez de ser repreendido ou acusado por estimular a violência, sua declaração foi justificada como sendo a sua "opinião particular, defendendo a santidade do Islã". Não é à toa que os cristãos estão cada vez mais preocupados.

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