Comores
Apesar da queda constante na
Classificação da Perseguição Religiosa nos últimos anos, o relatório deste ano
indica que Comores (um arquipélago contendo as ilhas Grande Comores, Anjouan e
Moheli) está retrocedendo no que se refere à liberdade religiosa. Vale lembrar
que o país já pertenceu à lista dos 10 países que mais perseguem cristãos no
mundo, do início da década de 90 até 1998. Porém, nos últimos anos, Comores
voltou a crescer na perseguição aos cristãos e à Igreja, afetando, sobretudo os
ex-muçulmanos convertidos do islamismo.
Isso se deve ao fato do principal
fator de perseguição no país ser o extremismo islâmico, que utiliza da
legislação vigente contra o cristianismo. Desde 2009, o islã é considerado a
religião do Estado, o que restringe severamente a existência de outras
religiões. Além disso, o radicalismo islâmico ganhou adeptos e simpatizantes
entre grupos de jovens muçulmanos, líderes religiosos não cristãos e
funcionários do governo, causando ainda mais temor e ansiedade entre os
cristãos.
A dinâmica de perseguição em Comores
indica uma prevalência muito limitada de violência relacionada com a fé. No
entanto, um pesquisador de campo da Portas Abertas informou que pelo menos
alguns cristãos foram agredidos em público devido a sua fé cristã,
posteriormente, causando-lhes danos físicos e emocionais. Além disso, sugere-se
que a vigilância liderada pelo governo aos cristãos e suas atividades também
aumentou - levando a uma intensificação dos interrogatórios e restrições de
viagens de cidadãos que se acredita serem cristãos. O mesmo pesquisador também
relatou que os cristãos estão enfrentando problemas no exército. De acordo com
o relatório, "Por lei, se alguém se afasta do islã, fatalmente será
dispensado do exército e pode até ser condenado à corte marcial." Como
resultado, os cristãos no exército têm de manter sua fé em sigilo o quanto for
possível.
Última atualização em 7/1/2015
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