República Centro-Africana
A República Centro Africana ocupa em
2015 a 17ª posição na Classificação da Perseguição Religiosa. A pontuação
elevada do país pode ser explicada quase que exclusivamente pelo alto grau de
violência contra os cristãos causado pela rebelião do movimento Seleka. Embora
o movimento tenha sido impulsionado fora do sul do país no início de 2014, o
grupo rebelde ainda marca forte presença ao norte do país.
Uma das principais fontes de
perseguição tem sido esse movimento que, mesmo sem o reconhecimento de
instituições islâmicas, é composto em sua maioria por muçulmanos estrangeiros
que têm devastado o país, visando especificamente propriedades cristãs (casas e
igrejas), e prédios do governo. A guerra civil, que culminou na vitória do
Seleka, causou também a deposição do presidente François Bozizé e é responsável
pelo alto grau de perseguição religiosa e violência contra os cristãos.
Em meio ao caos causado pelo
conflito, muitos outros grupos tentaram tirar proveito da ilegalidade e, por
isso, o crime organizado se instaurou fortemente na região e pode ser
considerado uma fonte de perseguição religiosa na República Centro-Africana.
Níveis de violência
Os níveis de violência no RCA são sem precedentes. Na verdade, o país é classificado como perseguidor à medida que a violência contra os cristãos aumenta. Este cenário inclui vilas inteiras de cristãos que foram queimadas, além dos casos isolados em que o Seleka atacou especificamente pastores e adeptos do cristianismo. Muitas vezes, eles os retiravam de campos de refugiados, onde estavam escondidos, e os matavam. Igrejas, como a Notre Dame de Bambari foram bombardeadas e vários fiéis perderam a vida. Na aldeia Bandoro, sete igrejas foram queimadas.. Igrejas em outras localidades do Norte como Dombia, Grevai, Nana Outa, etc. também foram queimadas pelo Seleka e outros grupos armados.
Um relatório, publicado em
setembro pela Human Rights Watch, documenta
muitos tipos de atos violentos horrendos cometidos por membros do Seleka, que
tem como principal alvo os cristãos e outras minorias que ameaçam a
supremacia do grupo.
Última atualização em 7/1/2015
Nenhum comentário:
Postar um comentário