Omã
Tendo os Emirados Árabes Unidos, a
Arábia Saudita e o Iêmen como vizinhos, Omã é uma nação montanhosa localizada
na Península Arábica. Uma área estratégica do Estreito de Omuz, que forma um
"portão de acesso" ao Golfo Pérsico, também pertence ao território
omani.
O isolamento natural que o país tem
por causa da região montanhosa próxima ao Golfo de Omã transformou-o em uma das
mais distintas culturas da região do Golfo Pérsico.
Na Classificação da Perseguição
Religiosa 2015, Omã ocupa o 39º lugar, tendo caído mais de 10 posições em
relação ao ano anterior, que esteve em 27º lugar. Isso não quer dizer que o
país esteja mais tolerante ao cristianismo, mas que outros países anteriores a
ele perseguiram mais e muito além do que o pequeno Omã poderia alcançar. Os cristãos omanis e os convertidos
do islamismo (em particular) enfrentam perseguições em várias esferas da vida.
Já os cristãos expatriados estão
concentrados nas principais áreas urbanas do país (Sohar, Muscat, e Slalah).
Essas cidades são cosmopolitas e, portanto, mais abertas à diversidade. Assim,
os expatriados enfrentam menos restrições que os convertidos ex-muçulmanos.
Os dois fatores de perseguição aos
cristãos são o extremismo islâmico e uma tirania ditatorial que não respeita a
vontade e as necessidades do povo.
O Islã é a religião do Estado, e a
legislação é baseada principalmente na lei islâmica. Todos os currículos das escolas
públicas incluem instrução islâmica. Testemunhar outra fé não é um crime, mas
não é respeitado pelo país que pressupõe que todos os cidadãos são muçulmanos. O próprio conceito de mudança de
fé para um cidadão de Omã é uma heresia. Um convertido enfrenta problemas nos
âmbitos pessoal e familiar. Além disso, existe o Código Legal que proíbe o pai ou a mãe de deter a custódia de seus
filhos se deixarem o Islã.
Esse ano, trabalhadores estrangeiros
foram deportados por suas atividades sociais e cristãs. Apesar disso, não houve
incidentes de violência decorrentes da fé em Cristo.
Perspectivas de futuro
O futuro dos cristãos em Omã é moldado por fatores sociais, políticos e regionais. Olhando para as situações de vários países do Oriente Médio e do Golfo, a agitação social é uma verdadeira bomba-relógio. Omã não é exceção. Se a agitação social acontecer no futuro, o regime pode enfraquecer - o que pode, de fato, levar a uma maior islamização das instituições políticas do país e uma aplicação mais rigorosa da lei Sharia. Há relatos de que a saúde do sultão Qaboos bin Said al Said está se deteriorando. Acredita-se que ele seja a pessoa por trás da segurança e da estabilidade do país. Assim, se ele se ausentar, o país pode cair nas mãos de extremistas. A Arábia Saudita e o Irã têm tentado estreitar relações com Muscat para que, futuramente, exerçam uma influência muçulmana extremista sobre Omã.
Além disso, a situação no Iêmen pode
vir a afetar o país. Por outro lado, também existe uma tendência positiva no
país: O governo tenta desenvolver a cultura da harmonia religiosa e
trabalha para promover o diálogo e a compreensão entre muçulmanos e cristãos na
premissa de que "Não há paz entre as nações sem paz entre as religiões; e
não há paz entre as religiões sem diálogo entre as religiões".
A partir do que está acontecendo, os
dois seguintes cenários são possíveis em médio prazo: Em primeiro lugar, se a
saúde do sultão piorar e ele morrer, o país poderá ser radicalizado, e como
resultado, os cristãos terão de enfrentar problemas. Se o sultão continua no
poder, e a tolerância e o diálogo entre a comunidade continuar, os cristãos, pelo
menos, serão mantidos em segurança e relativa liberdade para servir e honrar a
Jesus.
Última atualização em 7/1/2015
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