Malásia
Com 55 pontos, a Malásia se
classifica na 37ª posição na Classificação da Perseguição Religiosa 2015.
Em 2014, a Malásia classificou-se em 40º lugar com 49 pontos. Embora o
país faça parte da Classificação há apenas quatro edições, sua pontuação
foi aumentando gradativamente, em parte devido a um aumento da violência,
mas, principalmente, por ver crescer a perseguição em outras esferas, como a
familiar, além do extremismo islâmico.
Observadores do país falam sobre a islamização rápida e crescente.
Exemplos disso são as tentativas de introdução do direito penal da lei Sharia
(Hudud), forçado jejum sobre as minorias religiosas durante o Ramadã. Essas ações implicam na
introdução de um índice de planos para a criação dos tribunais islâmicos em pé
de igualdade com os tribunais civis e o tratamento de casos de custódia de
filhos em casamentos mistos e, por último, mas não menos importante, a decisão
da Suprema Corte em negar que um jornal católico utilize a palavra
"Alá" para Deus, pois pode "confundir os muçulmanos e levá-los à
conversões".
O Extremismo islâmico não se limita
ao governo, mas também a famílias e comunidades, bem como grupos islâmicos
radicais, que perseguem especialmente convertidos.
Exemplo de violência relacionada com a fé
foi o bombardeio a uma igreja católica em janeiro de 2014 e a vandalização de
oito sepulturas cristãs, em fevereiro de 2014. Mais de dez igrejas cristãs
foram notificadas pelas autoridades para fechar suas instalações, alegando que
se reuniam em estruturas não dedicadas para fins religiosos. Vários cristãos
convertidos foram levados para um centro de reeducação e enfrentaram o abuso
físico e mental.
Ao saber sobre esses locais, e o que
acontecia aos cristãos ali, vários convertidos preferiram se esconder ou mesmo
até mesmo deixar o país. Apesara de negar a existência desses lugares, muitos cristãos que de lá
conseguiram sair relatam casos de tortura, espancamentos e uso de choque
elétrico a fim de que o cristão negue sua crença e fé. Os que têm sofrido grande
perseguição nesses centros de reeducação são os convertidos do islamismo, a fim
de que retornem à antiga religião.
Em novembro de 2014, ocorreram planos
para colocar tribunais islâmicos em pé de igualdade com os tribunais civis.
Este plano tem sido discutido há, aparentemente, desde 2011, mas agora parece
que foram tomadas medidas para realmente implementá-lo. Um funcionário de alto
escalão islâmico e muito influente, afirmou publicamente que as Bíblias devem
ser queimadas, pois confundem crianças que estão recebendo educação muçulmana.
Em vez de ser repreendido ou acusado por estimular a violência, sua declaração
foi justificada como sendo a sua "opinião particular, defendendo a
santidade do Islã". Não é à toa que os cristãos estão cada vez mais
preocupados.
Última atualização em 7/1/2015
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