Turcomenistão
A posição do país na Classificação da
Perseguição Religiosa 2015 manteve-se estável em relação a 2014. A situação da
minoria cristã é praticamente a mesma, o que não pode ser considerado bom, uma
vez que a pressão exercida pela sociedade e pelo Estado tendem a aumentar.
Considerado um dos países mais restritos
do mundo, o Turcomenistão não possui liberdade de informação ou de imprensa, o
que gera grande dificuldade em obter informações por agências de fora do país.
O governo se opõe a cada grupo que não consegue controlar e, como regime
secular, opõe-se, sobretudo à religião. A polícia e o serviço secreto mantêm a
Igreja sob forte vigilância. As igrejas não registradas são invadidas, o
material é confiscado e se torna impossível discipular jovens ou treinar
líderes de maneira aberta. Apesar de não existirem grupos extremistas
muçulmanos, o islã tem um importante papel na vida da comunidade e as famílias
reagem fortemente contra os parentes que mudam sua fé.
A elite no poder, em torno do
presidente Berdymukhamedov, faz o que julga necessário para permanecer no
poder, reprimindo todos os grupos que acredita ser perigosos, principalmente, o
cristianismo. Como em outros países da Ásia Central, várias formas de controle
destes grupos têm origem no comunismo e outro recurso para o controle de
crescimento é que ‘sem suborno, nada pode ser feito’. Assim, além da pressão
religiosa por vias políticas, existe ainda a pressão de crime organizado.
O nível de violência relacionada com
a fé no Turcomenistão ainda é considerado baixo. Um único incidente
registrado pela Portas Abertas Internacional, foi a invasão da casa do cristão
Begjan Shirmedov (nome trocado por motivos de segurança), que teve sua casa
invadida durante um culto doméstico com 15 membros. O idoso de 77 anos foi
arrastado para fora de casa pelo colarinho e espancado na frente dos membros,
esposa e filhos. Os 15 membros foram levados à delegacia, interrogados e
presos.
Última atualização em 7/1/2015
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