Tunísia
Os relatos de incidentes violentos
registrados em 2014 na Tunísia foram bem menores, mas o nível de pressão sobre
os cristãos aumentou muito. A nova constituição do país representa um passo
importante para assegurar a estabilidade, mas continua a proteger o islã, em
detrimento de outras religiões.
A Constituição da Tunísia foi
promulgada em janeiro de 2014 e, mesmo não sendo adotada a lei islâmica
(Sharia), muitos dos artigos são fundamentados nela. Mesmo com mudanças nos cenários
político e social, muitos grupos, ligados ao extremismo radical islâmico, têm
perseguido e até agredido a minoria cristã no país. Outros grupos religiosos,
como a comunidade judaica, também sofrem essa perseguição.
No entanto, ainda não se sabe se essa
nova Constituição será na prática uma melhoria para a posição dos cristãos no
país. É provável que
a liberdade religiosa seja apenas concedida às igrejas registradas, e nenhuma
das comunidades de cristãos convertidos de origem muçulmana tem registro. Em termos gerais, ao Estado é
dado muito poder de regular a sociedade tunisiana. O que resta é esperar que o
governo seja capaz de definir o âmbito e conteúdo das disposições
constitucionais para a liberdade religiosa.
Além disso, movimentos fanáticos continuam a
causar muito medo. Por um lado, os salafistas são muito visíveis, e surgem em um contexto
de crescente intolerância contra os cristãos. Por outro lado, as células
jihadistas armadas já estão reforçadas nas regiões fronteiriças do país, o que
causa muita ansiedade também entre os cristãos.
Contudo, a pequena comunidade cristã
continua firme em sua fé e crescendo no amor de Cristo.
Níveis de violência contra os cristãos
Dentre os fatos ocorridos
relacionados à perseguição aos cristãos podemos citar o caso de um cristão ser raptado
por sua fé, vários casos de cristãs que sofreram algum tipo de assédio sexual
(incluindo pelo menos um caso conhecido de casamento forçado durante este
período de inquérito), e muitos casos de cristãos sendo fisicamente
prejudicados e ter sua moradia e lojas vandalizadas. Além disso, muitos deles
tiveram de deixar suas casas e alguns até fugiram do país.
Última atualização em 7/1/2015
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